Para especialista, escolas devem usar ChatGPT para potencializar aquisição de conhecimento

A inteligência artificial generativa, que tem o ChatGPT como seu principal expoente, consegue entregar um serviço complexo, com uma conversa fluida, marcada por enorme articulação e repertório, algo nunca visto em interações com chatbots ou outras soluções de inteligência artificial. E o desafio, agora, é compreender como isso deve ser aplicado. E é por isso […]

29 de abril de 2023

Para especialista, escolas devem usar ChatGPT para potencializar aquisição de conhecimento

A inteligência artificial generativa, que tem o ChatGPT como seu principal expoente, consegue entregar um serviço complexo, com uma conversa fluida, marcada por enorme articulação e repertório, algo nunca visto em interações com chatbots ou outras soluções de inteligência artificial.

E o desafio, agora, é compreender como isso deve ser aplicado.

E é por isso que, lançada há menos de seis meses, a tecnologia tem aberto novas oportunidades e, com seu uso se disseminando na sociedade, forçará adaptações de instituições de ensino e mudanças nas profissões para unir as capacidades das máquinas com as dos humanos.

Segundo Luís Guedes (foto), professor da FIA Business School e pós-doutorando em Inteligência Artificial na USP, “a escola é baseada na interação social e no esforço para alcançar objetivos, um cenário que agora precisa ser colocado sob nova perspectiva”. Ele diz que é preciso que a escola se adapte a esse contexto, como uma ponta de lança para o conhecimento aplicado. “A pandemia trouxe a ilusão de que dá para aprender de modo eficaz estando sozinho e online. Ocorre que aprendemos muito mais quando o fazemos por meio da interação com outros alunos e com o professor. Aprende-se muito nas trocas. A tecnologia, sozinha, apequena as relações.”

Ainda de acordo com o especialista, os estudantes precisam ficar atentos para não trocar a oportunidade de adquirir conhecimento pela resposta fácil. “O ChatGPT é uma ameaça quando empurra o aluno para a superficialidade, apenas acelerando a solução de um problema. O problema é, ele mesmo, uma oportunidade de autoestudo”, diz Guedes. “O esforço é parte do aprendizado. A IA generativa pode, então, limitar o esforço, limitando o aprendizado. Na escola, o mais importante é o percurso”, acrescenta.

Na prática do dia a dia, também será preciso dar um peso diferente para a prova, encontrando outras formas de mensurar a aquisição de conhecimentos, que podem ser encontrados por meio de uma pergunta simples ao ChatGPT, mas não necessariamente absorvidos desse modo.

Clique aqui para ler a reportagem completa, produzida pelo Estadão Blue Studio e publicada no Estadão