As perspectivas das organizações sobre a crise climática

Realizado na última quarta (5), o debate online “As perspectivas das organizações sobre a crise climática”, realizado pelo Estadão Blue Studio com patrocínio da Deloitte, contou com a participação de Anselmo Bonservizzi, sócio-líder de Risk Advisory da Deloitte, e Eduardo Aranibar, CEO da AYA Earth, com mediação do jornalista Daniel Gonzalez.  Mais de 80% dos […]

6 de abril de 2023

Realizado na última quarta (5), o debate online “As perspectivas das organizações sobre a crise climática”, realizado pelo Estadão Blue Studio com patrocínio da Deloitte, contou com a participação de Anselmo Bonservizzi, sócio-líder de Risk Advisory da Deloitte, e Eduardo Aranibar, CEO da AYA Earth, com mediação do jornalista Daniel Gonzalez

Mais de 80% dos executivos acreditam que as iniciativas climáticas trazem resultado a longo prazo, enquanto 74% concordam que a sua organização pode continuar a crescer à medida que reduzem suas emissões de carbono. Esses dados foram ressaltados por Bonservizzi durante o bate-papo. “Então, o otimismo continua valendo, nesse momento, e a gente vê que as pessoas entendem que isso pode fazer parte da estratégia do seu negocio. Mas, ainda nessa pesquisa, 48% investiram nas tecnologias necessárias.”

O executivo da Deloitte também destacou que há duas vertentes quando o assunto são as transformações climáticas “A primeira é aquela onda em que eu transformo os meus produtos de uma forma ambientalmente um pouco mais responsável, um pouco mais amigável: transformo as embalagens, eu mudo um pouco a minha matriz energética aqui e ali. Com alterações mais simples, eu consigo fazer [a mudança] em um tempo pequeno e colocar isso em prática. Agora, as transformações estratégicas e estruturais, essas requerem um recurso maior, requerem tempo maior e também uma estratégia para que sejam implementadas.”

Eduardo Aranibar concorda com a visão de que há, sim, um otimismo muito grande das empresas e dos executivos, de que o crescimento é possível com o desenvolvimento econômico sustentável, mas que, a partir do momento que observamos quem de fato está tomando ações, o cenário vai ficando um pouco menos otimista. 

“Um dos principais desafios é garantir que isso entre na pauta da liderança e que seja prioridade estratégica da empresa, e não uma área subsidiária ou uma pauta secundária”, pontua. “Porque, senão, infelizmente, a gente vai continuar vendo, ano após ano, um otimismo grande, de que esse desenvolvimento pode ser feito, ligado ao meio ambiente, mas não vai ver isso acontecendo no mundo real. Porque as ações são complexas, a área industrial exige um investimento, um planejamento que não vai envolver apenas a área de sustentabilidade, mas também a diretoria de operação, a área de engenharia.”

Clique aqui para ver o debate na íntegra.