Propósito de Marca: Cathyelle Schroeder
Diretora de Marketing da Riachuelo
23 de maio de 2024
O propósito de marca é um elemento fundamental na construção de uma identidade empresarial sólida e relevante no cenário atual. Compreender como as marcas se conectam com seu propósito e o universo tecnológico é essencial para se manterem relevantes e competitivas. Nesta nova série de entrevistas, o Estadão Blue Studio reuniu uma seleção exclusiva de executivos do mercado para compartilharem suas perspectivas sobre como as marcas estão alinhando seu propósito com as demandas e oportunidades oferecidas. Prepare-se para mergulhar em insights valiosos. #aproveiteoconteúdo
1) Ter um propósito é moda, detalhe ou fundamental?
Existe uma pesquisa feita pela McKinsey que mostra que 82% dos colaboradores ouvidos acham importante que uma companhia tenha um propósito. Ao mesmo tempo, existe aquela máxima de “quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”. Para mim, pensar no propósito vai além do tema teórico que ele pode apresentar. É sobre parar para refletir o porquê de fazer o que se faz. É o início da reflexão de entender o motivo que sua organização existe e assim conseguir levar de dentro para fora a sua narrativa, posicionamento e imagem – conseguindo guiar o seu time, seu negócio e, consequentemente, o seu público para esse mesmo caminho. Tem uma frase do Simon Sinek que resume bem o que quero dizer: “as pessoas não compram o que você faz, elas compram porque você faz isso!”.
2) Toda marca tem um propósito?
Ainda é difícil falar sobre esse tema, pois existem diferentes visões sobre propósito, e até pela seriedade do tema. Refletir sobre suas crenças, causas e possíveis impactos é profundo, exige tempo, escolhas e consistência, afinal, ao escolher o seu propósito de marca, ele deve te guiar diariamente nas suas tomadas de decisões – e ninguém pode ser tudo ao mesmo tempo.
3) Como uma companhia descobre e difunde seu propósito?
Vivemos um momento onde os consumidores estão mais atentos do que nunca ao posicionamento das marcas e como elas se mostram ativas, consistentes e coerentes com o que dizem e praticam – o famoso “walk the talk”.
Existem diversas metodologias e estudos para chegar em um propósito de marca, mas para quem está no momento de começar a refletir sobre o tema, vale alguns pensamentos:
- Olhar de mundo, impacto e necessidades – e qual pode ser o seu papel nisso;
- Paixão: qual é a vontade / o mobilizador de fazer o que se faz e o que mobiliza a sua marca e as pessoas que fazem parte dela;
- Saber com muita clareza que seu negócio é bom e possui diferencial. Olhe para seus ativos, pense o que é único na sua marca e qual a maneira que só você pode fazer;
- Considerar a equação de geração de valor na cadeia, no negócio e como o propósito será capaz de mobilizar todo seu ecossistema para gerar resultados relevantes e de impacto.
4) Quem não tem um propósito claro está perdendo competitividade?
Acredito que ao saber para onde vai, você automaticamente dedica seus esforços e foco naquilo que irá mexer o ponteiro, afinal, nem toda tendência é para sua marca – mas para saber disso é importante que você entenda os motivos do porquê você está fazendo o que está fazendo.
5) Uma empresa que torna público o seu propósito, se torna mais forte ou vulnerável?
Depende da maneira que isso é sustentado. Ter um propósito claro e ser coerente com ele nas suas ações do dia a dia, interna e externamente, é um caminho para o reconhecimento, diferencial e inclusive para criar conexões genuínas com o seu público.
Porém, o contrário também é válido. Um propósito vazio ou que não se sustenta em atitudes e consistência – e que não está profundamente conectado com suas ações – possui grandes chances de gerar atritos, distanciamento e até possíveis crises onde o que se diz não é o que se pratica, e conforme falei anteriormente, vivemos em um mundo que está mais atento do que nunca a tudo que dizemos e fazemos.
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Esperamos que tenha gostado deste conteúdo!
A Série de Entrevista: “Propósito de Marca” é um espaço editorial para convidados compartilharem suas visões, experiências e inspirações com o mercado. As informações e opiniões formadas neste artigo são de responsabilidade única do autor. Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão.
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