Mercado fonográfico defende a criatividade humana

Artistas e produtores se mobilizam por regras claras no uso da IA generativa

5 de setembro de 2024

Mercado fonográfico defende a criatividade humana

A inteligência artificial generativa é a principal preocupação, atualmente, de representantes dos setores de música, dramaturgia, audiovisual e editorial. Isso porque a tecnologia permite a criação de textos, imagens e sons a partir do processamento de referências já existentes.

Paulo Rosa, presidente da Pro-Música Brasil Produtores Fonográficos Associados, explica a visão do setor. “Os criadores abraçam as inovações em inteligência artificial que capacitam artistas humanos e os ajudam a alcançar novos horizontes, mas rejeitam ferramentas que substituem pessoas reais por máquinas.”

Segundo a entidade, a IA generativa é um recurso com alto potencial de desrespeito aos direitos autorais e conexos, já que utiliza extensas bases de dados para o processo de “aprendizado” e “criação” dos algoritmos.

A Pro-Música faz parte de um grupo de entidades representativas do setor criativo no País que encaminhou ao Senado uma carta de recomendações para o Projeto de Lei 2.338/2023, que trata do marco civil para inteligência artificial e pode entrar em votação a qualquer momento.

Recebidas pelo senador Eduardo Gomes, relator da proposta na comissão do Senado que trata da matéria, o documento propõe a inclusão de dispositivos que assegurem os direitos dos criadores e intérpretes sobre obras artísticas, obras intelectuais e produções protegidas.

Vale ressaltar que a Pro-Música também integra a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), que está coordenando a resposta internacional do segmento de música gravada aos desafios da IA, além de participar da Human Artistry Campaign, movimento internacional pelo uso responsável da IA.

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de Pró-Música.