‘Há fila de europeus interessados em investimento verde no Brasil’, diz presidente da Eurocâmaras

Investidores buscam oportunidades em energia sustentável e mercado de carbono; europeus foram responsáveis por 62,9% do investimento direto no Brasil em 2021

2 de junho de 2023

‘Há fila de europeus interessados em investimento verde no Brasil’, diz presidente da Eurocâmaras

O novo representante da Eurocâmaras no Brasil, Graziano Messana, destaca o alto interesse de investimento dos europeus no país, principalmente nas áreas de energia sustentável e mercado de carbono. Ele afirma que a matriz energética renovável do Brasil e melhores condições de retorno financeiro são atrativos para os investidores europeus. Messana assumiu a liderança da instituição que representa 15 câmaras de comércio e 5 mil empresas europeias no Brasil, incluindo Alemanha, Espanha, França e Itália. A preocupação ambiental, especialmente em relação ao desmatamento na Amazônia, mobiliza parte da sociedade, política e empresas europeias.

No entanto, Messana menciona que há uma percepção de que o desmatamento ilegal na Amazônia está controlado atualmente. As recentes medidas ambientais aprovadas pelo Congresso brasileiro tiveram pouca repercussão na Europa, de acordo com Messana. Ele destaca o interesse dos investidores europeus em energia eólica, tecnologias sustentáveis para a agricultura e no mercado de carbono, onde a Eurocâmaras defende mudanças na legislação que regula a compra de terras por estrangeiros. Messana afirma que há uma fila de investidores estrangeiros na Europa interessados em entrar no mercado de crédito de carbono no Brasil.

Ele também menciona a necessidade de uma regulação por parte do Banco Central para facilitar a transferência de créditos de carbono emitidos no Brasil para outros países. Os dados do Banco Central mostram que a Europa é a principal região investidora no Brasil, sendo responsável por 62,9% do investimento direto no país em 2021.

Messana acredita que o cenário internacional e nacional favorece o aumento dos investimentos europeus no Brasil em 2023, devido à resiliência da economia, independência do Banco Central, redução das polêmicas sobre a Amazônia e a taxa de câmbio favorável para os europeus.

Matéria produzida pelo jornalismo do Estadão e otimizada por IA. Fonte: www.estadao.com.br