Governo de SP tira do papel sonho centenário da Baixada Santista: o primeiro túnel imerso do Brasil

Projeto pioneiro do Governo de SP vai ligar Santos a Guarujá em 5 minutos, gerar 9 mil empregos, fortalecer a economia da Baixada Santista e beneficiar diretamente 2 milhões de pessoas

3 de outubro de 2025

Governo de SP tira do papel sonho centenário da Baixada Santista: o primeiro túnel imerso do Brasil

Percorrer um trajeto que poderia levar mais de 1 hora em apenas 5 minutos. É isso o que irá acontecer com o projeto pioneiro do Túnel Imerso Santos-Guarujá, que está há mais de 100 anos esperando para sair do papel, mas que, agora, com o Governo de São Paulo, está ganhando forma.

O leilão que marca o início da implantação deste, que é um dos projetos de mobilidade mais emblemáticos do país, aconteceu em setembro.

Quem venceu o leilão foi a empresa Mota-Engil Latam Portugal, que ficará responsável pela execução da obra, com proposta de desconto de 0,5% sobre a contraprestação pública máxima anual, fixada em R$ 438,3 milhões.

Com tecnologia inédita no Brasil e que vai beneficiar diretamente 2 milhões de pessoas, o túnel imerso terá 1,5 km de extensão, sendo 870 metros imersos no leito do canal portuário, por meio de módulos de concreto pré-moldados, técnica já consolidada em países da Europa e da Ásia.

A estrutura contará com três faixas por sentido, sendo uma reservada ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), além de passagem para pedestres e ciclistas e uma galeria de serviços.

Para se ter uma ideia, hoje, a ligação entre as duas cidades do litoral paulista é feita principalmente por balsas, que levam em média 15 a 18 minutos por travessia, sujeitas a filas e condições climáticas, ou por estradas, com deslocamentos que podem ultrapassar 1 hora. Com o túnel, o trajeto será realizado em até 5 minutos.

Modelo inédito no Brasil

As obras do empreendimento terão um investimento de R$ 2,6 bilhões do Governo de São Paulo e serão realizadas no modelo de Parceria Público-Privada (PPP). O contrato abrange a construção, operação e manutenção do túnel. Além disso, o Estado também será responsável pela contraprestação à concessionária, que é de R$ 438,3 milhões anuais, pago em 24 anos ao longo da concessão de 30 anos.

Do ponto de vista econômico e social, a obra prevê a geração de aproximadamente 9 mil empregos diretos e indiretos, além de capacitação de trabalhadores locais. A obra também terá reflexos na integração logística e no turismo regional.

O secretário estadual de Parcerias em Investimentos de São Paulo, Rafael Benini, destacou que o empreendimento vai reduzir significativamente o tempo de deslocamento, desafogar o trânsito, integrar modais e impulsionar a logística do Porto de Santos. “É um projeto estratégico que vai gerar empregos, atrair investimentos e transformar a mobilidade e a economia da região.”

Habitações no entorno

Além da relevância para a mobilidade, o projeto do Governo de São Paulo também impulsiona o desenvolvimento urbano no entorno. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) lançou um empreendimento habitacional e de uso misto no bairro Macuco, em Santos, prevendo 1.769 unidades, comércio, serviços, equipamentos públicos e áreas de convivência.

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de Governo de São Paulo.