O executivo destaca inovação, sustentabilidade e parceria como pilares para transformar o sistema de saúde no país
22 de julho de 2025
Inovação e colaboração são palavras-chave para enfrentar as barreiras do sistema de saúde no Brasil. Para Sylvester Feddes, CEO da Novartis, essa combinação — aliada a uma visão estratégica de negócios e ao compromisso com o impacto social — é fundamental para ampliar o acesso a tratamentos, tanto no setor privado quanto no SUS. Na entrevista a seguir, ele destaca ainda a importância de modelos sustentáveis e da capacitação de centros de referência como elementos essenciais para viabilizar terapias de alta complexidade no país.
Sylvester Feddes, CEO da Novartis Brasil. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Blue Studio
Acho que um estudo em economia realmente ajuda a entender os diferentes ecossistemas, especialmente em um país complexo como o Brasil. A economia ajuda a entender quais decisões precisamos tomar para garantir que vamos, de fato, capitalizar essas oportunidades. Ao mesmo tempo, é fundamental pensar não apenas no aspecto dos negócios, mas também na nossa responsabilidade com o sistema de saúde e com um país que enfrenta importantes desafios socioeconômicos. Acredito que uma carreira diferente pode realmente ajudar a desenvolver essas técnicas e, ao mesmo tempo, oferecer um entendimento mais robusto.
Na Novartis, nossa missão é reimaginar a medicina para prolongar e melhorar a vida das pessoas. Tudo o que fazemos na Novartis é em função da inovação. Não só inovamos em produtos e terapias, mas também na forma como trazemos essas terapias ao Brasil. Somos responsáveis por um sistema de saúde sustentável e, por isso, devemos também inovar nas formas como criamos parcerias e acordos, para que mais pacientes possam aproveitar esse tipo de inovação. Afinal, não inovamos para um pequeno grupo no Brasil, mas para toda a população do país.
Temos três plataformas inovadoras que possuem uma visão completamente diferente para tratar doenças complexas, que são a terapia radioligante, terapia gênica e a terapia celular. Hoje em dia, vejo que os tratamentos do futuro são mais precisos e personalizados.
O Brasil é um país grande, complexo e com grandes desafios, mas ao mesmo tempo é um lugar com grandes oportunidades. Um país que tem um ecossistema de saúde muito robusto, que traz inovação para os brasileiros, com grandes profissionais e excelentes hospitais e infraestruturas. Quando trazemos inovação, devemos pensar não somente no mercado privado, mas também no mercado público. Por isso, é tão importante criar uma plataforma em que possamos fomentar parcerias entre os atores do ecossistema, sejam médicos, governos, atores e provedores de saúde, indústria farmacêutica, em que possamos trabalhar em conjunto para criar parcerias e acordos, como, por exemplo, o Acordo de Risco Compartilhado. Acho que essa parte da sustentabilidade é um grande desafio no Brasil.
Quando pensamos em trazer tratamentos de alta complexidade, devemos trabalhar, primeiro, um modelo que permita que essa tecnologia possa ser sustentável. Também devemos seguir investindo em infraestrutura, pois nem todos os centros de referência têm capacidade de usar essa tecnologia. Investir em capacitação e também na parte de pesquisa clínica, que é fundamental no desenvolvimento de novos produtos. No Brasil, temos mais de 90 estudos e pesquisas ativas. Isso é fundamental para trazer novos produtos e criar capacidades para esses centros.
Estamos focados em cinco áreas terapêuticas: cardiovascular-renal-metabólica, imunologia, neurociências, oncologia e hematologia. São áreas com grandes necessidades e, por isso, estamos dirigindo maior atenção, assegurando que mais produtos cheguem ao Brasil, para que os pacientes possam viver mais e melhor. Sinto orgulho, pois somos a única empresa investindo de forma estrutural e sistêmica em enfermidades tropicais ou negligenciadas, como doença de Chagas, hanseníase, malária e dengue.
Temos um grande desafio, que é o diagnóstico precoce, para tratarmos mais cedo e de forma mais agressiva a doença. Grandes avanços foram realizados nos últimos anos no Brasil, mas ainda falta muito. Não vamos solucionar esse problema sozinhos; vamos solucionar se trabalharmos juntos com um ecossistema de saúde focado no paciente. Vamos reimaginar a medicina para que os pacientes vivam melhor e por mais tempo.
Dê o play e inspire-se com os insights dessa conversa!
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