Propósito de Marca: Leonardo Zalcman
Vice-presidente da PlayTv
18 de dezembro de 2024
“Consumidores estão exigentes e desejam saber que as marcas das quais compram têm valores claros”
A frase é de Leonardo Zalcman, vice-presidente da PlayTV; nesta entrevista ele fala também que cada marca precisa definir o seu propósito com clareza
Toda marca tem um propósito? Na opinião de Leonardo Zalcman, vice-presidente da PlayTV, as marcas têm compreendido a importância de ter um propósito. “Porém, percebemos que muitas empresas ainda não definiram claramente o seu propósito ou apresentaram algo genérico apenas para não perderem o trem da história”, diz.
Antes de assumir o cargo, Zalcman organizou e palestrou em mais de 90 eventos sobre temas como autoconhecimento, liderança e carreira. Na Wework, foi um dos cem primeiros funcionários no Brasil e foi responsável pela expansão na zona oeste de São Paulo. Após retornar de um dos maiores cursos de Inovação do mundo na Suécia, ele iniciou a produção de um podcast semanal chamado “@Zalcast”, focado em inovação, empreendedorismo e estilo de vida.
Confira a entrevista que ele concedeu para o Estadão Blue Studio sobre propósito de marca, inclusive se é bom divulga-lo ou não.
1) Ter um propósito é moda, detalhe ou fundamental?
Fundamental é o adjetivo certo para definir o propósito de uma empresa. Todas as marcas precisam ter uma razão de ser, pois, somente assim, poderão se posicionar de forma competitiva no mercado. Por meio do propósito, a marca passa a ter mais clareza sobre seus produtos e serviços, além de entender com qual público deseja dialogar.
O propósito também contribui para atrair talentos e para proporcionar mais coesão entre os colaboradores da empresa. As pessoas querem saber se a empresa em que trabalham tem uma razão de ser e se atua com um norte bem definido.
2) Toda marca tem um propósito?
A cada ano, mais marcas têm compreendido a importância de ter um propósito. Porém, percebemos que muitas empresas ainda não definiram claramente o seu propósito ou apresentaram algo genérico apenas para não perderem o trem da história. Com isso, as marcas que se dedicam de verdade à definição do seu propósito e sabem comunicá-lo ao mercado acabam tendo uma importante vantagem competitiva.
3) Como uma companhia descobre e difunde seu propósito?
A palavra “descoberta” talvez não seja a mais adequada para definir o propósito, já que passa a ideia de obra do acaso. Para uma marca encontrar o seu propósito e estabelecê-lo com clareza e convicção, é preciso olhar para dentro, entender os seus valores e a sua história. Além disso, a definição do propósito passa também pela observação do mercado e, principalmente, pelo entendimento do seu público-alvo.
Uma vez estabelecido o propósito da marca, é preciso trabalhar para difundi-lo internamente e, com isso, criar uma cultura da marca. Somente assim cada colaborador funcionará como propagador do propósito da empresa. É fundamental, ainda, estabelecer um planejamento de comunicação que permita que o seu potencial consumidor entenda como a marca se posiciona e qual é o seu propósito.
4) Quem não tem um propósito claro está perdendo competitividade?
Marcas que não têm um propósito ou que definiram um propósito genérico e inconsistente tendem a ficar para trás em mercados cada vez mais competitivos. Os consumidores estão mais exigentes e desejam saber que as marcas das quais compram têm valores muito claros.
Por isso, ter um propósito permite a criação de conexões com os consumidores e ajuda na fidelização e na consolidação dos resultados.
5) Uma empresa que torna público o seu propósito se torna mais forte ou vulnerável?
A propagação do propósito de uma empresa é essencial para fortalecê-la diante do mercado e dos seus potenciais consumidores. À medida que o propósito está consolidado e diferencia a marca de suas concorrentes, é muito saudável difundi-lo para diferentes públicos. Isso tende a elevar os resultados e fortalecer a imagem da marca.
________
Esperamos que tenha gostado deste conteúdo!
A Série de Entrevista: “Propósito de Marca” é um espaço editorial para convidados compartilharem suas visões, experiências e inspirações com o mercado. As informações e opiniões formadas neste artigo são de responsabilidade única do autor. Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Estadão.
Leia também
-
Mercado
-
3 de abril de 2025
Empreendimento residencial de alto padrão revela ‘mar verde’ no coração financeiro de SP
-
3 de abril de 2025
Uso de dados ajuda Wyda a ganhar participação e aumentar faturamento no Sul
-
31 de março de 2025
Girl Power: Thais Nicolau, da Nomad, destaca o poder da tecnologia e da liderança feminina no Talks Estadão Mídia & Mkt
-
Aspas
-
3 de abril de 2025
IA nos Negócios: QUINTOANDAR | Lucas Lima e Paulo Golgher
-
25 de março de 2025
IA nos Negócios: OAB – SP | Leonardo Sica
-
11 de março de 2025
IA nos Negócios: POTTENCIAL | Carlos Ferreira Quick e Mário Santiago
-
Eventos
-
20 de dezembro de 2024
Estadão Summit Imobiliário 2024: debates estratégicos marcaram a 9ª edição do evento
-
19 de dezembro de 2024
Fórum Estadão Reconstrução da Educação
-
5 de dezembro de 2024
Prêmio Estadão Finanças Mais 2024
-
Publicações
-
18 de dezembro de 2024
Guia de Pós + MBA 2024
-
11 de dezembro de 2024
Estadão apresenta: Guia da Faculdade 2024
-
5 de dezembro de 2024
Prêmio Estadão Finanças Mais 2024
-
Podcast
-
12 de maio de 2023
Minha Canção #12 – Marcelo D2 (Parte 01)
-
5 de maio de 2023
Por Aí, com Patrícia Ferraz – 10ª edição do ‘Paladar Cozinha do Brasil’
-
3 de maio de 2023
Som a Pino Entrevista BNegão: ‘Eu gosto da possibilidade de viver tudo’
-
Vídeos
-
21 de agosto de 2023
Mochila da ‘raposinha’: conheça a marca Fjällräven, que virou febre no verão europeu e na Faria Lima
-
19 de agosto de 2023
‘Quero ser um jogador global’, diz Neymar sobre decisão de jogar no Al Hilal, da Arábia Saudita
-
2 de agosto de 2023
BRADESCO SEGUROS E TADEU SCHMIDT TRAZEM ‘TADEUZINHO’ PARA CONSCIENTIZAR POPULAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO SEGURO AUTO