Educação técnica ganha força como caminho para o ensino superior e o mercado de trabalho

Especialistas debatem sobre como o ensino médio técnico amplia oportunidades, fortalece a permanência dos jovens na escola e os prepara para o futuro

9 de dezembro de 2025

Educação técnica ganha força como caminho para o ensino superior e o mercado de trabalho

Thelma Tavares Dias, especialista da Editora Moderna, Luiz Fernando Melques, coordena­dor técnico educacional do Sesi-SP, e Natália Santana, especialista em edu­cação profissional do Senai-SP, foram os convidados do último episódio do podcast É Sobre Educação, produ­ção do Estadão Blue Studio em par­ceria com o Sesi-SP.

Durante o bate-papo, eles falaram sobre como a formação técnica e a acadêmica se complementam e forta­lecem a trajetória dos jovens.

Vale destacar que, durante muito tempo, o ensino técnico foi visto como um caminho limitado, voltado apenas à inserção rápida no mercado de trabalho, mas que, hoje, essa percepção muda à medida que escolas e famílias percebem que essa formação pode abrir múltiplas portas — inclusive para o ensino su­perior e para carreiras internacionais

“O curso técnico não é um ponto final. Ele é um ponto de con­tinuidade”, afirma Melques, em relação à parceria en­tre Sesi-SP e Senai-SP. Ele reforça, ainda, o fato de que a integração começa no 9º ano, quando escolas e famílias são envolvidas para desconstruir o mito de que esse tipo de formação limita o acesso à univer­sidade.

Para Thelma, o modelo tem sido decisivo para reduzir a eva­são escolar. “O ensino médio integra­do ao técnico é uma possibilidade de manter o aluno na escola”, destaca a especialista, que explica que, além da formação acadêmica, o formato cria oportunidades de inserção no merca­do local, valorizando as necessidades produtivas de cada região.

Já Natália descreve o modelo de ensino voltado à autonomia e à resolução de problemas reais. “O aluno é o protagonista da sua aprendizagem e o docente entra na mediação.”

Os números revelam a importância do tema. O Senai­-SP mantém alta empregabilidade: 88,6% dos alunos estão empregados seis meses após a conclusão dos cursos, e 92,1% das empresas afir­mam preferir contratar egressos da instituição.

Além disso, atualmente, 54 alunos formados pelo Sesi-SP e Senai­-SP estudam no exterior. Isso porque, como parte desse processo, os diplomas técnicos também somam pontos e são valori­zados pelas universidades estrangei­ras, ampliando as oportunidades de ingresso.

Clique aqui para ler a matéria completa, produzida pelo Estadão Blue Studio, com patrocínio de Sesi-SP.