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Mesmo com a alta demanda por talentos em TI, mulheres ainda são minoria no setor
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Mesmo com a alta demanda por talentos em TI, mulheres ainda são minoria no setor

ThisIs Engineering/Pexels/Agência Unico

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 30 de novembro de 2023

Especialistas indicam que investir em formação e ter iniciativas para aumentar representatividade nas empresas são caminhos para mudar esse cenário

De acordo com dados do estudo de 2021 da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), estima-se uma demanda de 530 mil profissionais até 2025, somente no Brasil. Ainda sim, as mulheres representam 39% dos profissionais desse setor.
Mas qual o caminho para mudar esse cenário? Isadora Gabriel, Diretora de PeopleX (Recursos Humanos) da Unico – empresa especializada em empresa especializada em identidade digital – acredita que uma saída é investir em educação.

Para a profissional, isso é possível tanto apoiando ações sociais de formação de profissionais quanto criando programas internos de atração e formação na base nas empresas, trazendo e qualificando jovens.  “Além disso, é preciso criar um caminho objetivo de encarreiramento, prevendo novas posições na estrutura para dar oportunidades de promoções e mobilidade interna”, diz Isadora.

Desafio na educação

Ainda segundo o levantamento da Brasscom, apesar de oferecer salário acima da média do mercado, a área de tecnologia não está entre as mais desejadas pelos jovens. A cada ano, cerca de 57 mil estudantes são graduados na área – um número muito inferior ao que o mercado de trabalho demanda. Dos estudantes, apenas 14,8% são do gênero feminino.

Isadora avalia que, em geral, as carreiras de engenharia de software, machine learning, inteligência artificial e data analytics são bastante técnicas e, assim como outras mais associadas às exatas, historicamente não são tão associadas às formações e ocupações das mulheres. O próprio cenário de falta de representatividade acaba alimentando o menor interesse delas e isso se torna um ciclo vicioso.

Por isso, fomentar o interesse desde cedo pode ajudar a despertar a atenção, melhorando os indicativos do setor. “O desafio é estabelecer um currículo escolar que já familiarize e desperte desejo em conhecer mais e se aprofundar. Já na universidade, as empresas podem fazer parcerias para fomentar programas de aceleração de carreiras técnicas, apadrinhando jovens, aproximando projetos universitários dos projetos corporativos, dando mentorias”, diz a diretora de PeopleX da Unico.

Barreiras para superar

O consultor de TI e professor universitário da UNIP e FMU, Cláudio Boghi, reforça que o estereótipo de gênero e a falta de exemplos femininos e de representatividade nas universidades são razões importantes para o setor ser ainda predominantemente masculino.

“A ideia de que TI é um campo ‘para homens’ ainda prevalece em muitas culturas, o que pode desencorajar as mulheres a considerarem essas carreiras. Ambiente de trabalho hostil também interfere. Algumas mulheres relatam enfrentar discriminação de gênero, assédio e falta de inclusão em ambientes de trabalho em TI, o que pode tornar o setor menos atraente para elas”, diz o professor.

Por sua vez, a professora e pesquisadora de TI da Universidade São Judas, Maria Inês Brosso, ressalta o preconceito como um fator que expulsa a mulher do mercado de trabalho.

“Elas são ótimas profissionais para qualquer tipo de tarefa em TI, mas infelizmente encontram preconceitos e obstáculos na área e ainda hoje ganham menos que os homens. O mercado, muitas vezes, ainda vê gravidez e a maternidade como empecilho. Muitas precisam de ajuda para deixar os filhos pequenos para irem trabalhar. O formato de trabalho híbrido facilitou a vida das profissionais, mas em alguns casos expôs a carga exagerada da dupla jornada”.

Exemplo positivo

Fomentar o ingresso de mulheres tem sido um dos compromissos da Unico. Segundo Isadora, o foco é empoderá-las para investirem mais em suas carreiras e em seus planos profissionais de desenvolvimento.

“Temos um programa de formação de mulheres em tech que fizemos em parceria com a Fundação Estudar, com foco em acelerar carreiras de mulheres para que cheguem a cargos de liderança. Criamos ainda um programa de mentoria feminina, liderado por mulheres de tech da própria Unico”.

Ela explica que foi criado também um programa educacional, o Ser Nota 10 Edu, que dá direito a um valor em reais por ano para desenvolvimento. “Ampliamos o impacto dele para cobrir 100% do investimento para mulheres aprovadas em cursos de tecnologia. Contamos com o apoio do Instituto Papo de Homem para letramento da nossa liderança masculina no tema de inclusão, equidade e segurança psicológica”.

Valorizar a diversidade e promover a inclusão é essencial não apenas para as empresas, mas para a sociedade como um todo. Para isso, é preciso que mais mulheres encontrem histórias de sucesso para se inspirar, acredita a executiva da Unico. “Se não criarmos isso logo, mais difícil será revertermos esse cenário futuro. Precisaríamos que muitos e muitas profissionais migrem de carreira para atender as necessidades de mercado e fazer esse “reskilling” leva tempo e tem um custo alto tanto para a empresa quanto para a própria pessoa, que muitas vezes precisa dar um passo atrás”.

Números e ações

Na Unico, há uma proporção de 47,5% mulheres e 52,5% homens, conforme o último censo da empresa, aplicado no primeiro semestre deste ano. Já na área de tecnologia, o indicador apurou 21% de colaboradoras em fevereiro de 2023.

Com o compromisso de chegar a 25% até o final de dezembro, atualmente a companhia soma 24,3%, bem perto da meta estabelecida. Até por conta da quantidade de vagas em aberto, vale destacar que isso amplia o número absoluto de contratação de mulheres até o fim do ano.

Para a empresa, esta evolução ocorre por uma combinação de fatores, como as ações intencionais de contratação e desenvolvimento interno, assim como o olhar dedicado para a liderança. Isso porque o papel do líder inclusivo é fundamental para o êxito na construção de um ambiente diverso

Outro ponto importante é tratar diversidade, equidade e inclusão como um tema transversal, que permeia diferentes áreas, discussões e decisões. Todas as ações precisam de sustentação para serem de fato absorvidas pela organização. Para isso, devemos seguir com iniciativas ao longo dos próximos anos.

Descoberta

Atual diretora de Engenharia, Gabriela Dias conta que a tecnologia não era a primeira opção quando decidiu entrar na universidade. A ideia era fazer pedagogia, mas acabou se apaixonando pela área e acabou se formando em Licenciatura da Computação.

“Quando ouvi uma palestra sobre esse curso, decidi encarar o desafio, pois me pareceu uma espécie de ‘pedagogia com tecnologia’ e eu tinha zero conhecimento em tecnologia. Costumo dizer que a tecnologia me escolheu, pois caí de paraquedas e, depois de alguns obstáculos superados, foi amor à segunda vista”, brinca a executiva.

Hoje ela comanda uma área chamada Reliability, setor responsável por manter os sistemas e produtos cada vez mais confiáveis, disponíveis e seguros para os clientes da Unico.

Durante a trajetória, desafios não faltaram para chegar onde está, principalmente em razão de gênero, conta ela. “Encontrei cenários não muito favoráveis, como ser uma das cinco mulheres no curso de graduação em uma sala com 30 alunos, ou ser a única mulher de um departamento inteiro de tecnologia de uma empresa, só ter sido liderada por homens, não ter tantas referências femininas em cargos mais executivos, por exemplo”.

Determinação e foco nos estudos são pontos que podem fazer a diferença quando as oportunidades surgem. E essa foi a estratégia escolhida pela executiva.

“Um ponto que vejo como um diferencial para estar onde estou é que sempre investi na minha carreira como professora, seja dando aula em cursos em empresas especializadas ou em instituições de ensino. Isso não só me ajudou a desenvolver meu lado técnico, mas também foi a base para soft skills bem importantes como comunicação, visão estratégica, entre outras”.

Por conta disso, Gabriela reforça a importância da educação para ampliar os números de mulheres em TI. “Se eu tivesse que escolher um dos pilares seria fazer um apelo às famílias e instituições de ensino sobre o pouco incentivo que damos desde a infância para que as meninas explorem cada vez mais seu lado das ciências exatas”.

Lição que ela coloca em prática em casa. “Tenho uma filha de 6 anos, a Gigi, e desde sua primeira infância até hoje me educo para garantir que ela esteja experimentando de tudo, sem rótulos ou recortes que possam limitá-la lá na frente”.

E a aluna, professora e executiva deixa um recado especial para quem precisa de um empurrãozinho para realizar sonhos e conquistar seu espaço: “Uma coisa que eu sempre falo para as meninas e mulheres que estão iniciando a carreira é: não seja você a pessoa a colocar obstáculos, rótulos, medo, insegurança a ponto de te bloquear. Se são as outras pessoas (colegas, família, professores, chefes) que estão colocando esses ‘muros’, você terá total capacidade para destruí-los, mas, se for você mesma, será muito difícil achar forças para seguir em frente”, finaliza.

Para conhecer mais a Unico e as vagas abertas na empresa, acesse https://jobs.lever.co/unico/.

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