Marcas Conectadas: Marcos Bedendo

O Estadão Blue Studio convidou uma seleção de publicitários e executivos de mercado para darem sua visão de mercado na Série de Entrevistas: Marcas Conectadas. #aproveiteoconteúdo

1. Qual o maior obstáculo para construção de marca no cenário atual?
Saber definir qual é a essência da marca e como ela interage com todos os stakeholders e momentos de contato. Com a essência definida, é mais fácil definir o que deve ser feito e como a marca deve ser mensurada. Definir a essência orienta todas as ações da empresa, diminui desperdícios de recursos e engaja as pessoas nesse nosso mundo desordenado. Mas muitas empresas se preocupam com muitas métricas e experiências, mas deixam de definir a essência. E isso dificulta muito o trabalho de branding.

2. Considerando a solidez das comunidades nas plataformas, o Marketing de Influência é hoje a principal estratégia de comunicação?
A estratégia de comunicação deve estar sempre alinhada à essência da marca. E nem sempre a marca precisa usar marketing de influência para construir a lembrança correta na cabeça dos consumidores. Muito menos imaginar que será a principal estratégia de comunicação. Eu diria que a principal estratégia de comunicação é a capacidade das empresas de gerar experiências, e isso tem muito mais a ver com o produto e o Customer Experience e Business Experience do que marketing de influência.

3. Olhando para as novas gerações e o crescimento dos e-sports, quem não está nos games estará fora do ‘game’?
As marcas são muito diversas e estão em todos os mercados, com propostas muito distintas entre si e momentos e micro momentos de consumo específico, que demandam experiências que nem sempre passam pelo e-sports. Então não dá para generalizar. Mas, é inegável que esse e-sports tem importância crescente e que especialmente grandes marcas que trabalham com públicos mais amplos e marcas que focam em tipos específicos de jovens devem ter interesse em investir nos e-sports. A tendência é crescer.

4. Qual a maior oportunidade para as marcas com a massificação da Inteligência Artificial e Web3?
As marcas querem ser cada vez mais individualizadas, conhecer cada vez melhor os seus consumidores e poder se conectar com eles num nível cada vez mais pessoal. É a possibilidade de se relacionar com as pessoas com intimidade. Pense no seu cabeleireiro e o quanto ele conhece a sua vida, seus interesses, e do seu cabelo. Agora imagine que você pode ter o mesmo tratamento por qualquer tipo de empresa, em função da gestão de informação que a IA e Web3 permitem. Assustador em partes, mas uma experiência potencialmente única.

5. O que torna uma marca relevante para o consumidor moderno?
A capacidade que a marca tem de estar envolvida com um momento ou micro momento importante da vida do consumidor. A convivência com o consumidor, naquele momento em que ela se propõe a ser uma solução para um problema ou a satisfação de um desejo. E a ideia de que ela é a melhor solução para aquela situação. Isso faz com que a marca se torne relevante e crie uma enorme conexão com os consumidores.