Reinventada pela tecnologia, a profissão de motorista mantém sua nobre missão: impulsionar o progresso do Brasil
25 de julho de 2025
O transporte rodoviário é disparadamente o modal mais relevante do Brasil, responsável por 65% da movimentação de cargas e 95% do deslocamento de pessoas. Isso só se tornou possível porque no comando de cada caminhão, ônibus, van, táxi ou carro de aplicativo há um profissional dedicado à missão de conduzir o veículo de um ponto a outro com o máximo de segurança e eficiência.
Hoje, Dia do Motorista, é o momento de reconhecer essa atividade tão essencial para a sociedade – e falar também sobre os problemas e dilemas que a profissão enfrenta.
Um desses problemas é a dificuldade de renovação do exército de caminhoneiros no Brasil. De acordo com levantamento da consultoria Ilos, com base na análise de dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o Brasil tem quase 4,4 milhões de motoristas habilitados de caminhão e carreta – uma queda considerável em relação a 2015, quando o número de habilitados era de 5,6 milhões.
Isso quer dizer que, em média, ao longo da última década, 10 mil motoristas de caminhão e carreta deixaram a profissão por mês sem ser substituídos.
Nos últimos 15 anos, a idade média da categoria subiu de 47,6 para 54,2 anos. Do total de motoristas habilitados de caminhão e carreta atualmente, apenas 18% têm menos de 40 anos. Não por acaso, a Confederação Nacional dos Transportes (CNT) identificou, em uma pesquisa com representantes de 50 federações, sindicatos nacionais e entidades associadas, que a escassez de mão de obra qualificada é vista como o terceiro maior risco para o setor no Brasil.
Questionados sobre o nível de gravidade que enxergam em 29 ameaças potenciais às operações e à infraestrutura de transporte, 60,9% dos entrevistados consideraram haver “risco extremo” de escassez de mão de obra*, percentual que só não superou os 61,2% de “alterações ou insuficiências nas políticas legais, normativas, tarifárias, fiscais e/ou tributárias” e os 63% do item “crime organizado nacional/transnacional”.
“Entende-se que existe a necessidade de reforçar a atratividade do setor transportador em relação à mão de obra, assim como a valorização dos trabalhadores e do serviço prestado”, comentou a CNT ao publicar a pesquisa.
Exemplos nesse sentido, destacou a entidade, são iniciativas como o programa Mais Motoristas, executado pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), que lança editais periódicos para a formação gratuita de motoristas profissionais qualificados em todo o Brasil.
Os candidatos selecionados têm custeio integral da formação especializada – na Escola de Motoristas do Sesc Senat ou em cursos homologados pela instituição – e também do processo de mudança de categoria da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A redução no número de caminhoneiros pode estar relacionada à revolução tecnológica no transporte que fez surgir uma nova e relevante atividade profissional ao longo da última década: motorista de aplicativo. De acordo com pesquisa que acaba de sair do forno realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), o Brasil tem 1,7 milhão de motoristas trabalhando com aplicativos, 35% a mais do que na edição anterior da pesquisa, feita há dois anos.
A pesquisa é especialmente confiável por ser a única a utilizar diretamente os dados fornecidos pelos principais aplicativos de transporte, integrantes da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), fundada em 2018.
* “Corresponde a restrições à operação causadas pela dificuldade para contratar e/ou manter mão de obra qualificada em decorrência da baixa atratividade do setor e/ou do não atendimento, pelos candidatos, das competências exigidas”, descreveu a CNT.
A data foi escolhida por ser o dia de São Cristovão, padroeiro dos motoristas. De acordo com a tradição católica, esse santo é considerado protetor dos viajantes por ter ajudado o Menino Jesus a atravessar um rio. No início do século passado, quando a profissão de motorista começou a se disseminar por conta da industrialização dos automóveis, a devoção foi automaticamente transferida para o novo grupo profissional – até a criação oficial do Dia do Motorista por decreto presidencial, em 1968.
Flexibilidade é a maior vantagem dos aplicativosMotoristas valorizam acima de tudo a possibilidade de fazer o próprio horário, adaptando o cotidiano às preferências e às necessidades pessoais.
Boas histórias de quem vive ao volanteDe motoristas de aplicativo a caminhoneiras, passando por condutores de pets, celebridades e até músicos em turnê: conheça as trajetórias de quem faz da estrada um modo de vida, enfrentando desafios, reinventando caminhos e acumulando experiências.
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