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Tecnologias e Linchamento Digital: O Preço Invisível na Carreira e Saúde Mental de Profissionais da Medicina.

Tecnologias e Linchamento Digital: O Preço Invisível na Carreira e Saúde Mental de Profissionais da Medicina.

Por SAFTEC DIGITAL

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 19 de maio de 2025

Na era digital, a conexão global trouxe avanços sem precedentes para a medicina, desde diagnósticos remotos até a democratização do conhecimento. No entanto, essa mesma tecnologia que salva vidas também carrega um lado sombrio: o fenômeno do “linchamento digital” ou “cancelamento”, que ameaça carreiras consolidadas e a saúde mental de médicos e médicas. Em um mundo onde um único post nas redes sociais pode destruir reputações em minutos, profissionais da saúde enfrentam um desafio duplo: cuidar de pacientes enquanto navegam em um ambiente virtual implacável.

O cancelamento digital refere-se à prática de expor, criticar massivamente ou boicotar indivíduos com base em acusações, muitas vezes sem contexto ou comprovação, amplificadas por algoritmos de redes sociais. Para médicos, cuja profissão exige confiança pública, isso pode surgir de mal-entendidos sobre tratamentos, denúncias infundadas de negligência, ou até campanhas de desinformação (como durante a pandemia de COVID-19).

Um exemplo hipotético, mas plausível: um cirurgião é filmado em um momento de estresse no hospital, e o vídeo, editado fora de contexto, viraliza como “prova” de incompetência ou um profissional no filmado no seu horário do almoço como abandono de posto de trabalho como vem acontecendo com vários candidatos a carreira política em busca de algoritmos ou seguidores.

O Impacto na Carreira desses profissionais pode ser devastadora.

A reputação é um dos pilares da medicina. Plataformas de avaliação online, como Doctoralia ou Healthgrades, podem ser úteis, mas também armadilhas. Críticas agressivas ou falsas, mesmo que posteriormente refutadas, deixam marcas permanentes. Casos reais incluem médicos processados por pacientes insatisfeitos que mobilizaram redes sociais, resultando em perda de empregos e contratos. Para profissionais autônomos, o prejuízo financeiro é direto: uma pesquisa do Journal of Medical Ethics (2021) indica que 40% dos médicos relatam queda em consultas após ataques online.

Saúde Mental:

A Crise Silenciosa sofrida por profissionais da saúde já é alta, mas o assédio virtual adiciona camadas de ansiedade e isolamento. Um estudo da Associação Médica Americana (2022) revelou que 58% dos médicos cancelados online desenvolveram sintomas de depressão, enquanto 35% relataram pensamentos suicidas. O medo constante de ser alvo gera autocensura: muitos evitam divulgar pesquisas, opinar sobre vacinas ou até atender casos complexos por temor a retaliações.

Não podemos subestimar a vulnerabilidade dos médicos dado visibilidade Pública que alguns Profissionais que atuam em emergências ou mídias sociais têm maior exposição. Sensibilidade Temática quando as discussões sobre saúde envolvem emoções intensas (ex.: erros médicos, custos de tratamentos, etc).

Os caminhos para a resiliência passam pelo:

1.Educação Digital dos Hospitais e universidades que deve fazer parte dos treinamentos em comunicação online e gerenciamento de crises.

2. As instituições devem oferecer apoio criando comitês de suporte jurídico e psicológico para profissionais atacados, como faz a British Medical Association.

3. Congresso nacional precisa discutir a Regulação de Plataformas, exigindo que a verificações de fatos antes de viralizar acusações e limitar o anonimato em críticas a profissionais registrados.

4. Entidades médicas precisam denunciar publicamente casos de perseguição injusta, como fez o Conselho Federal de Medicina brasileiro durante a pandemia e quando alguns políticos invadem o ambiente de trabalho do médico expondo o profissional em busca de algoritmos.

O cancelamento digital não é apenas uma “questão de influencers”. Quando atinge médicos, prejudica todo o sistema de saúde: profissionais temem inovar, pacientes perdem acesso a especialistas calados. É urgente equilibrar a responsabilidade ética com a preservação da dignidade humana. Como sociedade, devemos perguntar: quem cuidará de nós se quem nos cura está sendo destruído online?

A solução requer colaboração entre plataformas digitais que devem priorizar a moderação ética, as instituições que precisam oferecer redes de apoio, e o público que precisa lembrar que por trás de cada post viral há um ser humano que amanhã poderá ser qualquer um de nós.

Por: Lawrence Aseba Tipo

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