Em 12 de outubro de 2023, o Comitê de Padrões e Petições da IUCN aceitou a petição inicial da NABR contestando a designação de 2022 da IUCN de macacos-de-cauda-longa como “em perigo”. A petição inicial da NABR, protocolada na IUCN em 11 de setembro de 2023, concluiu que a justificativa científica subjacente ao registro de ameaçados de extinção é “tendenciosa” e “não se baseia nas mais precisas informações científicas disponíveis”.

Antes de julho de 2022, os macacos de cauda longa eram designados como “vulneráveis” pela IUCN. Em 2022, a IUCN revisou sua designação para “em perigo” com base em uma revisão científica publicada por Hansen et al. (2022).¹ A petição ampliada da NABR agora solicita que a IUCN retire os registros “em perigo” e “vulnerável” até que “uma nova avaliação do status do M. fascicularis seja conduzida por cientistas verdadeiramente independentes que não estejam envolvidos em funções de defesa da espécie-alvo”.

A petição ampliada da NABR segue uma recente publicação no The American Journal of Primatology, uma revista científica proeminente, que revisa informações científicas usadas para determinar o status de conservação do macaco-de-cauda-longa.² Esta publicação conclui que “nenhuma das literaturas publicadas citadas para apoiar o registro da IUCN como Em Perigo apresenta dados para sustentar o declínio hipotético, nem estabelece que a espécie esteja em risco de extinção”.

“A equipe de revisão científica da NABR está satisfeita com fato o Comitê de Normas e Petições da IUCN agora revisar objetivamente este assunto”, afirmou o Dr. Ray Hilborn, cientista mundialmente renomado e membro da equipe de revisão científica da NABR. 

“Dada a deturpação dos dados que ocorreu nas avaliações de 2022 e 2020, esperamos que o Comitê de Padrões e Petições da IUCN concorde com nossas conclusões”, acrescentou o Dr.

A apresentação da petição ampliada da NABR inicia um processo formal com o Comitê de Padrões e Petições da IUCN para revisar as informações científicas disponíveis sobre o status da espécie sob os protocolos da IUCN.

Os macacos-de-cauda-longa são as espécies não roedoras mais amplamente utilizadas para o desenvolvimento de medicamentos, como também para testes de segurança e eficácia de medicamentos. Eles também são amplamente utilizados na pesquisa sobre câncer, na ciência da imunologia, na medicina regenerativa e na pesquisa sobre doenças genéticas.

Os macacos-de-cauda-longa são considerados uma espécie invasora em muitos países e regiões incluindo Hong Kong³, Indonésia^4,5, Ilhas Maurício⁶, Papua Nova Guiné,⁷ e Tailândia⁸. Há décadas, países asiáticos e africanos criam macacos-de-cauda-longa livres de patógenos específicos e os exportam para os Estados Unidos e outros países para pesquisas biomédicas em laboratórios. 

“A petição da NABR e o artigo de 2023 publicado no The American Journal of Primatology demonstram que os macacos-de- cauda-longa não estão nem em perigo nem vulneráveis, mas sim uma espécie altamente invasora que prospera na maioria dos países onde vivem”, afirmou Matthew R. Bailey, presidente da National Association for Biomedical Research.

“Solicitamos ao Comitê de Normas e Petições da IUCN que revogue o registro inadequado dessa espécie como “em perigo” ou “vulnerável” e realize uma nova avaliação o status dessa espécie por cientistas independentes.”

Mais informações sobre a petição da NABR estão disponíveis on-line em www.nabr.org. 

Sobre National Association for Biomedical Research
Fundada em 1979, a National Association for Biomedical Research (NABR) é a única associação sem fins lucrativos 501(c)(6) dedicada a políticas públicas sólidas para o uso humano de animais em pesquisa, educação e testes biomédicos. Os membros incluem mais de 340 universidades, faculdades de medicina e veterinária, hospitais-escola, empresas farmacêuticas e de biotecnologia, grupos de pacientes e sociedades acadêmicas e profissionais que dependem da pesquisa animal humanitária e responsável para promover a saúde global humana e animal. Saiba mais sobre nós em www.nabr.org.

¹ Consulte Hansen, M. F., Ang, A., Trinh, T. T. H., Sy, E., Paramasivam, S., Ahmed, T., Dimalibot, J., Jones-Engel, L., Ruppert, N., Griffioen, C., Lwin, N.,Phiapalath, P., Gray, R., Kite, S., Doak, N., Nijman, V., Fuentes, A., & Gumert, M. D. (2022). Macaca fascicularis (amended version of 2022 assessment). The IUCN Red List of Threatened Species 2022. https://www.iucn.org/resources/conservation-tool/iucn-red-list-threatened-species

² See Hilborn, R., & Smith, D. R. (2023). Is the long-tailed macaque at risk of extinction? American Journal of Primatology, e23590. https://doi.org/10.1002/ajp.23590

³ https://www.afcd.gov.hk/english/conservation/con_fau/con_fau_mon/con_fau_mon_wild/con_fau_mon_wild.html

⁴ https://cites.org/sites/default/files/ndf_material/NDF_MEP_Indonesia_2023%20%281%29.pdf

⁵ https://www.researchgate.net/publication/346803479_Human_and_long-tailed_macaque_conflict_in_Central_Java_Indonesia 

⁶ https://link.springer.com/article/10.1007/s10764-022-00324-9

⁷ http://www.indopacific.org/wp-content/uploads/2017/02/papuamacaques-English-Version.pdf

⁸ https://www.thainationalparks.com/species/crab-eating-macaque

Logotipo – https://mma.prnewswire.com/media/1138543/4526597/NABR_Logo.jpg

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FONTE National Association for Biomedical Research