Agência EY
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 6 de julho de 2022
Por Agência EY
Mudanças corporativas bem-sucedidas dependem de ações e decisões totalmente racionais, sendo que a emoção pode comprometer o sucesso da empreitada. Certo? Não é bem assim. Priorizar as emoções pode ser a chave para o sucesso da transformação nos negócios.
Pesquisa feita pela EY e Universidade de Oxford apontam que o sucesso ou o fracasso de uma transformação de negócios dentro de uma empresa são baseados em emoções humanas. A pesquisa, divulgada na semana passada, foi realizada com 935 líderes de companhias e 1.127 trabalhadores de escalões inferiores, distribuídos em 23 países e 16 setores da indústria.
Os resultados mostram que os líderes que priorizam as emoções da força de trabalho em suas transformações têm 2,6 vezes mais chances de serem bem-sucedidos do que aqueles que não priorizam o lado emocional. Além disso, mais da metade dos entrevistados (52%) afirmou que suas empresas prestaram todo o apoio emocional em decisões e mudanças complexas nas organizações. Por outro lado, em situações em que os resultados foram negativos, foi verificado um forte aumento na tensão emocional das pessoas.
A transformação bem-sucedida é fundamental para a prosperidade e o desenvolvimento das organizações. A pesquisa constata que o impulso pelas mudanças está crescendo nos últimos anos, com 85% dos entrevistados envolvidos em duas ou mais grandes transformações nos últimos cinco anos. Ao mesmo tempo, o índice negativo para projetos de transformações permanece alto, sendo que 67% dos entrevistados tendo vivenciado pelo menos uma transformação de baixo desempenho nesse ciclo de cinco anos.
“Em uma transformação bem-sucedida, os líderes investem desde o início na construção de condições para o sucesso, tanto em nível racional quanto emocional. Em contrapartida, a tensão emocional que líderes e funcionários experimentam em uma transformação fracassada acarretam um alto custo humano”, afirma Errol Gardner, vice-presidente global da EY. “A chave para transformar o fracasso da transformação em sucesso depende da capacidade das organizações e de seus líderes redesenharem completamente as transformações tendo como centro as pessoas”, completa Gardner.
Opinião semelhante tem Andrew White, diretor da Universidade de Oxford: “Trazer emoções para o coração da transformação aumenta significativamente a chance de sucesso e protege o bem-estar das forças de trabalho.”
A pesquisa conclui que o sucesso da transformação em uma empresa, independentemente do porte, depende de seis fatores. São eles:
Adaptar e nutrir habilidades de liderança: A força de trabalho classifica a liderança como o principal motor, independentemente do sucesso ou fracasso da transformação.
Criar uma visão inspiradora na qual a força de trabalho possa acreditar: Quase metade (49%) dos entrevistados que estiveram presentes em uma transformação de alto desempenho afirmou que os objetivos colocados para eles eram claros e convincentes. Para se ter uma ideia, em uma transformação de baixo desempenho, o mesmo índice cai para apenas 27% dos entrevistados.
Construir uma cultura que abrace e empodere a opinião de todos: Os líderes precisam aproveitar as emoções certas para manter os trabalhadores engajados e motivados, ao mesmo tempo em que fornecem apoio emocional suficiente para prevenir problemas relacionados à ansiedade e estresse no trabalho.
Estabelecer responsabilidades claras: A corporação deve fornecer a estrutura e a disciplina, bem como a liberdade criativa de explorar e inovar, ao mesmo tempo em que criam autonomia para a organização executar as transformações.
Usar a tecnologia para conduzir a ação visível: Os líderes devem provar o valor de novas abordagens habilitadas para a tecnologia precocemente e recrutar influenciadores iniciais para trazer a força de trabalho junto.
Encontrar as melhores maneiras de se conectar e cocriar: É necessário que as corporações criem um espaço seguro onde novas formas de trabalho possam surgir para aumentar a inovação, o engajamento e o trabalho satisfatório.
“Os líderes sabem que suas organizações precisam se transformar, mas muitos estão inquietos com a perspectiva de mudança. Ao aproveitar o poder racional e emocional de suas pessoas, eles podem garantir um sucesso mensurável das transformações de sua organização”, afirma Norman Lonergan, líder global de Gestão de Pessoas da EY. “Os resultados positivos surgem quando há boa comunicação, visão compartilhada, gerenciamento das jornadas emocionais e capacitação das pessoas para transformação da visão em realidade”, completa.
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