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Motorista encontra no volante a chance de superar problemas de saúde

Motorista encontra no volante a chance de superar problemas de saúde

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 30 de agosto de 2021

Por Agência 99

Encontrar no trabalho a oportunidade de superar problemas de saúde como o estresse e a depressão, deixar para trás antigas incertezas sobre a escolha profissional e ter a chance de conhecer novas pessoas e lugares todos os dias. Não são poucos os motoristas parceiros de aplicativos que, mesmo em meio ao desafio diário de lidar com o trânsito, creditam à atividade uma razão a mais para superar traumas, achar novos caminhos e ter motivos para sorrir.
Um exemplo vem de São Paulo. Jaqueline Ramos da Silva, de 42 anos, atua tanto na capital paulista quanto no litoral. A motorista parceira da 99 afirma que superou a depressão e a falta de autoestima dos tempos em que era produtora audiovisual a partir do momento em que arregaçou as mangas e decidiu ganhar a vida no volante.
Para ela, a escolha representou muito mais do que uma nova fonte de renda: mudou o modo como encara a vida. “Eu não queria mais exercer a minha profissão de produtora audiovisual devido a algumas escolhas erradas que fiz profissionalmente e que acarretaram uma enorme depressão e baixa autoestima”, relata.
Com o desejo de mudar, Jaqueline avaliou as possibilidades para que conseguisse se manter financeiramente. “Comecei a pensar no que eu fazia de melhor. Todos sempre me elogiaram pela minha maneira de dirigir e diziam como se sentiam seguros e confortáveis quando eu estava na direção. Alguns até exageram e dizem que parecem estar flutuando, pois realmente sou uma pessoa muito calma dentro do carro”, frisa.
E foi assim que, em 2017, ela mergulhou no setor de transporte e vem se reencontrando e achando espaço para buscar novos caminhos – não só a bordo do carro. Com o tempo, encontrou diferentes caminhos nos estudos e até na área de audiovisual, que tanto problema lhe causou anos atrás.

Razões

Segundo Jaqueline, há várias razões para gostar de trabalhar como motorista parceira da 99. Entre elas: estar a cada hora em um local diferente, conhecer lugares que nunca sonhou existir e o contato com os usuários do transporte por app. “Ser motorista me ajudou a lidar com a depressão. Eu me senti novamente no controle da minha vida. E cada passageiro que entra no carro traz um mundo inteiro junto com ele”, observa.
Para ela, a atividade mostrou uma outra grande habilidade: ser uma ouvinte empática. “Comecei a estudar psicanálise e outros tipos de terapias. Hoje, faço atendimentos terapêuticos em um dia da semana. E depois que minha autoestima melhorou, consegui voltar a fazer alguns trabalhos como produtora e ser convidada para falar na Universidade Columbia, de Nova York, para os alunos de cinema e arquitetura sobre um filme que eu produzi”, pontua.

Mudança necessária

Do Rio de Janeiro surge mais um exemplo. Cláudia Gurgel dos Santos, de 34 anos, atua na cidade de Rio Bonito (RJ) e na região dos lagos fluminense desde 2018. Antes, trabalhava como contadora. Entretanto, decidiu mudar de profissão após um problema de saúde que impactou sua rotina: falhas na memória motivadas pelo estresse.
Após trilhar carreira em instituições financeiras, ela optou por dar um tempo no que lhe fazia mal. Durante a recuperação, percebeu que não conseguia ficar parada. Entretanto, não poderia voltar para trás.
Foi aí que surgiu a ideia de se tornar motorista parceira de aplicativo. “Para o futuro, eu penso sim em retornar de alguma forma à minha atividade como contadora. Mas só quando eu estiver recuperada de vez. Até lá, certamente seguirei como motorista, graças à oportunidade que a 99 me deu”, diz.

Felicidade no trabalho

Dinheiro é importante e paga as contas. Entretanto, o trabalho precisa trazer satisfação para o profissional. Caso contrário, a saúde do colaborador pode ser comprometida, prejudicando também a própria empresa.
Fundadora e diretora da Reconnect Happiness At Work, empresa brasileira especializada em felicidade corporativa, Renata Rivetti explica que ainda há muitas corporações que não conhecem ou não entendem o conceito de felicidade no trabalho, aumentando os desafios ao trabalhador.
“O primeiro passo é sempre desmistificar e educar o mercado em relação ao tema. Felicidade no trabalho não é ter pessoas sorrindo ou a empresa dar muitos benefícios, mas sim como as pessoas sentem. É o quanto elas se consideram empoderadas, reconhecidas, valorizadas, possuem relações positivas e também quando o trabalho é significativo e desafiador”.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o cenário piorou. É o que aponta uma pesquisa da Harvard Business Review, realizada em 2020 com 1.500 pessoas em 46 países. “Dos entrevistados, 89% das pessoas sentem que sua vida profissional piorou, principalmente em relação ao excesso de trabalho e à distância nas relações. Por mais que tenha seu lado muito positivo, o home office foi um desafio a muitos. Após todo tempo, as pessoas se consideram sobrecarregadas, emocionalmente exaustas e solitárias”.
Em meio a esse cenário, Renata conta que o cargo de diretor de felicidade começa a ganhar corpo no setor corporativo e sua presença tende a crescer cada vez mais nas empresas, de todos os portes e setores. A Reconnect lançou uma certificação internacional de CHO (Chief Happiness Officer) no Brasil em 2020 e, até o momento, já formou mais de 110 profissionais no País.
A quem está em dúvidas sobre a fase profissional que vive, Renata elenca os sinais que devem deixar todo trabalhador alerta e o que fazer se eles forem identificados. “Sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia, aumento do distanciamento mental do próprio trabalho ou sentimentos de negativismo relacionados ao próprio trabalho e redução da produtividade com certeza são sinais”, elenca a especialista.
Ao perceber isso, a especialista afirma que é importante conversar com os gestores e mostrar o que está acontecendo. “Não precisamos ser super-heróis. Todos estamos vulneráveis a esses problemas, ainda mais em um mundo desafiador. O importante é reconhecer o problema e entender que algo precisa ser modificado. Não podemos banalizar o sofrimento e a exaustão”, finaliza.

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