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“Eletrificação da frota é irreversível”, diz vice-presidente da ABVE

“Eletrificação da frota é irreversível”, diz vice-presidente da ABVE

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 26 de julho de 2022

Por Agência 99

“No Brasil e no mundo, a eletrificação da frota é algo irreversível”. A afirmação é do vice-presidente de Veículos Leves da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Pedro Bentancourt.
Para que esse processo promova reais benefícios para a sociedade, o dirigente acredita que cada vez mais são necessárias políticas públicas específicas para essa demanda. “São medidas a serem tomadas em favor do planeta”, completa.
Para o dirigente da ABVE, os mitos estão diminuindo gradativamente. Prova disso é a oferta de veículos elétricos não suprir a demanda atual. “Não há tantos quanto o mercado pode absorver. Para aqueles que estão comprando carros no segmento premium, não faz mais sentido ter carro a combustão”, diz.

Números

De acordo com a ABVE, o Brasil emplacou em junho deste ano 4.073 veículos leves eletrificados. Somente no primeiro semestre o total foi de 20.427, um crescimento de 47% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o segmento registrou 13.899 unidades.
Se o segundo semestre mantiver a atual tendência, a estimativa da associação é que o Brasil conquiste um novo recorde. Com isso, a previsão é chegar a mais de 40 mil eletrificados emplacados em 2022, ou, no mínimo, 17% acima de 2021 (34.990).
No mundo, 6,6 milhões de veículos elétricos foram comercializados em 2021, ou 9% das vendas globais de veículos. O crescimento foi de 109% sobre as aquisições de 2020. Hoje, 16 milhões de automóveis e comerciais leves elétricos circulam em todo o mundo, além de 600 mil ônibus elétricos.

Barreiras

Pedro Bentancourt admite que os carros elétricos ainda são caros. No entanto, conforme caem os preços das baterias e há aumento de demanda, eles ficarão mais em conta. Com isso, as mudanças estruturais e culturais serão cada vez maiores. O impacto causado ao meio ambiente dos carros a combustão será levado em conta. De acordo com o executivo, há, por exemplo, oito estados em que há isenção de IPVA para elétricos. “Esses estímulos são importantes para a eletrificação”, pontua.
Outras medidas que também podem ajudar são a liberação de rodízio para os carros elétricos, como acontece em São Paulo, e os estacionamentos específicos para esses carros.

Debate

A expansão do segmento no Brasil, com a criação de políticas públicas e ações privadas, também passa pela união de ideias e iniciativas. O Instituto de Engenharia e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, por exemplo, promovem nos dias 28 e 29 de julho de 2022 um debate sobre a eletromobilidade no Brasil e no mundo.
Nos dois dias, especialistas e lideranças políticas discutirão os efeitos do transporte limpo e sustentável para o futuro da indústria brasileira, a geração de empregos, a qualidade de vida nas grandes cidades e a mitigação das mudanças climáticas globais.
Ao final do evento, os organizadores divulgarão a Carta da Eletromobilidade no Brasil, documento-síntese sobre o tema, que será enviado aos principais candidatos a presidente da República, governos estaduais e Congresso Nacional nas eleições de outubro.
Outra iniciativa importante para a rápida expansão da eletromobilidade no País é a formação da Aliança pela Mobilidade Sustentável, fundada e liderada pela 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência.
Recentemente, o grupo ganhou mais um integrante: a BYD, líder mundial no mercado de veículos elétricos. A coalizão começou as atividades em abril deste ano com a participação de outras importantes empresas do setor: CAOA Chery, Ipiranga, Movida, Unidas, Raízen, Tupinambá Energia e Zletric.
Entre as metas da 99 para a Aliança, estão: aumentar a participação dos veículos elétricos entre carros novos para 10% das vendas até 2025 (hoje em 2%); criar 10 mil estações públicas de carregamento em todo o Brasil até 2025 (atualmente existem cerca de 1.500); zerar a emissão de carbono pela 99 até 2030; colocar em circulação 300 automóveis elétricos da 99 ainda esse ano e chegar a 10 mil até 2025.

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