AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 4 de junho de 2024

Uso da identidade digital confiável, verificada por biometria facial, é indicada para casas de apostas que ainda não atuam de forma legítima no Brasil

Está em peso na TV, no futebol, nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp. Se ainda não ouviu falar de Bet – termo em inglês para aposta – você está por fora de um setor que, segundo o Instituto de Desenvolvimento, Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente (IDT-CEMA), movimentará cerca de R$ 100 bilhões em três anos no Brasil.

E o governo está tomando medidas para tornar mais seguro o ambiente para usuários e empresas com o uso de tecnologia. A proposta é combater as tentativas de golpe ao evitar o uso indevido e até mesmo o vazamento de dados dos brasileiros, além de promover mais “saúde” aos jogos com perfis devidamente habilitados e verificados. Em um caso divulgado recentemente, o CPF do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi cadastrado em um site de forma irregular. A situação ilustra a necessidade das casas de apostas online atuarem com rigor, trabalhando com soluções modernas para promover a segurança dos usuários e a transparência das transações.

Até o final do ano, por exemplo, as empresas terão de implementar mecanismos de autenticação dos apostadores para cadastro e entrada no sistema via biometria facial. A diretora executiva de Vendas na Unico, empresa brasileira líder em Identidade Digital, Fernanda Beato explica que a tecnologia auxiliará na confiabilidade e na usabilidade dos sites. “Tecnologias como a prova de vida – que traz a segurança que aquela pessoa está em tempo real realizando a autenticação – , trazem uma importante camada de segurança, evitando que rotinas costumeiras do mundo de fraudes sejam aplicadas”, afirma. Hoje, as soluções da companhia já são usadas pelos setores bancários, varejo, e-commerce, entre outros, e validam mais de 30 milhões de transações por mês.

“Este é um ambiente inovador e de alto potencial de crescimento, o que desperta a atenção dos fraudadores e pode colocar em risco as empresas e os usuários. O uso de uma identidade digital confiável, verificada por biometria facial, trará para o setor camadas de proteção, sem gerar uma experiência ruim para o usuário, já acostumado com as selfies em outros aplicativos nos celulares. Sem contar que facilitará a implementação da normativa na operação das Bets”, afirma.
Entre os problemas que a solução combate, estão golpes como: foto de foto, máscaras realistas, deepfake (técnica realista que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial) e até mesmo fraudes por injection, executada a partir da inserção de códigos maliciosos para burlar sites e aplicativos.

Portaria regulamenta o mercado Bets

Aliás, o investimento das casas de apostas em tecnologia de autenticação segura é necessário e obrigatório. Portaria Nº 827 do Ministério da Fazenda estabeleceu condições para as empresas interessadas obterem autorização para exploração comercial no país da modalidade lotérica de apostas de quota fixa, mais conhecida como Bets.
Data Protection Officer (DPO) na Unico, Diana Troper explica que a portaria trouxe em alguns artigos a necessidade de observância à Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD) para obtenção e manutenção da autorização.

Em conjunto com outros dispositivos já adotados, a portaria reflete a preocupação para que a operação e exploração do mercado de apostas respeitem a privacidade dos apostadores.
“De acordo com as últimas portarias publicadas, os sistemas de gestão, por exemplo, poderão ativar a conta do apostador somente após a concordância do usuário com as políticas de privacidade e termos e condições para a realização de apostas e com o monitoramento e registro dos seus dados pelos operadores e pela Secretaria de Prêmios e Apostas, disposições essas que refletem a preocupação com a transparência e legalidade do tratamento dos dados pessoais dos apostadores”, finaliza Diana.

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