Agência Unico
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 17 de maio de 2023
Estudo demonstra que brasileiros gastam até R$ 830,00 por ano para provar a identidade por meios tradicionais e, ainda assim, são vítimas de fraudes.
Para vender um carro e alugar um imóvel, Luciano Canadas, 42 anos, teve de ir várias vezes ao cartório para reconhecer firma e comprovar que era ele mesmo quem estava à frente dessas operações. “Precisei reconhecer firma para tudo. O preço deste serviço não é tão elevado. Mas você tem de incluir nessa conta combustível e tempo também”.
E Canadas não está sozinho. Cada brasileiro gasta entre R$ 497,00 e R$ 830,00 por ano para provar a própria identidade em processos tradicionais e analógicos, ou seja, que demandam a presença física e/ou documentos físicos. Esse valor desembolsado anualmente equivale de 41% a 68% de um salário mínimo.
Realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) a pedido da Unico, empresa especializada em identidade digital, o estudo Custo Brasil da Identificação (CBI) apontou que os processos de identificação não-digitais custam ao país algo entre R$ 37,3 bilhões a R$ 72,2 bilhões – o que representa entre 1,2% e 2% do PIB (Produto Interno Bruto).
Todo esse processo analógico traz ineficiência e custos para governo, empresas e pessoas. São exemplos: custos com contratação de pessoas, R$ 14,6 bilhões; solicitar financiamento, R$ 9,7 bilhões; ir ao banco assinar documentos ou retirar cartão, R$ 2,5 bilhões perdidos. Mas o desperdício mais elevado é com fraudes que acontecem nesse processo e que poderiam ser reduzidas por meio da identificação digital das pessoas: R$ 37,3 bilhões por ano.
“A identificação digital garante o uso regular da documentação disponibilizada pela população, o que torna seu uso indevido mais custoso e, portanto, menos frequente”, explica o mestre em Economia pela Escola de Economia de São Paulo da FGV, Renan Pieri.
Mesmo em processos digitais, é necessário cuidado porque fraudes também podem ocorrer devido a ineficiências no processo, conforme destaca o professor. “A participação ativa da sociedade em serviços digitais bancários, de transporte ou de alimentação, por exemplo, fica sujeita à exposição dos próprios dados pessoais para fins escusos quando o processo de identificação em cada um desses serviços não garante a segurança do usuário”, salienta Pieri. “O brasileiro erra em não buscar maneiras comprovadamente seguras de proteger seus dados pessoais no momento em que são compartilhados”, complementa o professor.
Investimento necessário
Em outra pesquisa realizada pela Unico no ano passado, o setor financeiro foi líder entre os segmentos que mais registraram tentativas de fraudes e, até por esse motivo, tem investido em tecnologias cada vez mais robustas e seguras.
Para reverter a situação, de acordo com o especialista da FGV, é preciso justamente investir em infraestrutura tecnológica confiável, incentivar a digitalização de serviços públicos e privados e desburocratizar processos para facilitar a vida dos cidadãos e das empresas. Ou seja, acelerar a digitalização dos processos de identificação, mas com mecanismos que garantam a segurança das informações e privacidade dos usuários.
Produtos de identidade digital que utilizem tecnologias seguras, como a biometria facial, têm se destacado por impedir fraudes, reduzir erros, gerar mais eficiência e segurança nas transações, além de aumentar a confiança dos consumidores com relação às empresas. Para se ter uma ideia, a Unico, por meio dessa solução tecnológica, barrou mais de 4,4 milhões de transações fraudulentas, dentre mais de 230 milhões de autenticações biométricas, em 2022.
“Processos de identificação que envolvam algum score de identificação e tokens biométricos entregam maior acuracidade nos processos de autenticação e, portanto, se apresentam como soluções mais seguras”, finaliza Pieri.
Dessa forma, é possível entender que a tecnologia apropriada traz benefícios significativos tanto na parte de segurança contra fraudes quanto na redução de custos e também na economia de tempo.
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