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Agência Minera Brasil

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 23 de janeiro de 2024

Os números cresceram 12% em relação ao ano anterior; 39% das importações são da China e governo brasileiro busca calibrar a competição com a indústria nacional

As importações de produtos de ferro e aço movimentaram 9 bilhões de dólares no Brasil em 2023, registrando aumento de US$ 944 milhões em relação ao ano anterior. Em termos percentuais, o crescimento foi de 12%, enquanto o peso importado teve alta de 39%. Os dados foram levantados pela Vixtra, fintech de comércio exterior, a partir de informações disponibilizadas pela Secretaria de Comércio Exterior.

De acordo com o levantamento, os produtos com maior destaque são os laminados de ferro ou aço (14%), parafusos e fixadores (10%), tubos e perfis (10%), peças de aço ou ferro diversas (8%), e acessórios para tubos (5%). Vale destacar que esses materiais são essenciais para diversos setores da economia brasileira, como construção civil, infraestrutura, manufatura e indústrias de base. Portanto, o aumento das importações pode ser um reflexo do crescimento contínuo destes segmentos no país, exigindo uma demanda cada vez maior por produtos siderúrgicos.

Liderança Chinesa

Grande parte dessas importações são provenientes da China. No período analisado – de janeiro a dezembro de 2023 -, a china foi responsável por fornecer 39% dos produtos de ferro e aço que chegaram no território brasileiro, seguido pela Alemanha com 9%, Estados Unidos com 8%, além de Itália e Japão, ambos com 4%.

“A liderança chinesa pode ser atribuída ao baixo valor de mercado praticado pelo exportador, o que é um estímulo forte para quem importa, sobretudo, em grandes quantidades”, afirma Leonardo Baltieri, CEO da Vixtra. “Entre as razões que explicam esses preços, podemos destacar a crise do mercado imobiliário e a desaceleração da economia no país. Com o aço de sobra no mercado interno, as produtoras se veem obrigadas a exportar e para isso, contam com o apoio do próprio governo chinês”, diz.

Redução da tarifa de importação

Outro estímulo que contribuiu para aumento das importações, segundo Baltieri, foi a redução da tarifa de importação de itens siderúrgicos em 10%, que entrou em vigência em 2022. “Nesse cenário, as soluções voltadas para crédito, financiamento e câmbio também entram em jogo para auxiliar o importador a fechar negócios e não perder oportunidades. Essas condições, juntamente com uma maior demanda do setor, foram cruciais para o crescimento das importações no Brasil”, avalia o executivo.

Em outubro do ano passado, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) determinou a exclusão de 12 produtos siderúrgicos da redução da tarifa, visando estimular a competitividade do aço brasileiro no mercado interno.

“É uma ação que busca estimular a competitividade no mercado interno, sem criar empecilhos às importações para as empresas que desejarem seguir comprando do mercado externo. O Brasil possui um grande mercado consumidor e acreditamos haver espaço suficiente para a produção local, bem como para a importação”, destaca Baltieri.

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