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Brasil corre risco de ficar para trás na nova geopolítica dos minerais críticos, alerta ABPM

Brasil corre risco de ficar para trás na nova geopolítica dos minerais críticos, alerta ABPM

Warley Pereira / Agência Minera Brasil

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 23 de abril de 2025

Associação Brasileira de Pesquisa Mineral defende ação coordenada dos Três Poderes para garantir soberania e protagonismo global do país na transição energética.

Enquanto os Estados Unidos avançam com medidas concretas para impulsionar a produção de minerais estratégicos, o Brasil ainda caminha sem uma política nacional robusta para transformar sua imensa riqueza mineral em desenvolvimento e protagonismo global. Essa é avaliação da Associação Brasileira de Pesquisa Mineral (ABPM), que publicou nesta semana um posicionamento firme sobre o tema.

A preocupação aumentou após o anúncio feito no último dia 18 de abril pela Casa Branca, que oficializou ações imediatas para ampliar a autossuficiência americana na produção de minerais críticos. O pacote prevê mais agilidade no licenciamento ambiental, segurança jurídica e apoio a empreendimentos estratégicos de setores como mineração, energia, tecnologia, defesa e agricultura.

A iniciativa já contempla dez projetos prioritários nos segmentos de cobre, lítio, potássio, carvão e ouro – considerados essenciais para a transição energética e para reduzir a dependência dos Estados Unidos em relação à China.

Brasil ainda sem rumo definido

Para a ABPM, o Brasil precisa sair da inércia e definir com urgência sua estratégia. “Não podemos nos limitar ao papel de exportadores de matérias-primas. É hora de integrar cadeias produtivas, gerar valor agregado e garantir que nossa riqueza mineral se traduza em desenvolvimento nacional”, afirma a entidade em comunicado.

A entidade propõe uma resposta articulada entre os Três Poderes da República, com ações concretas e imediatas em três frentes principais:

1. Poder Executivo: estrutura e política pública

2. Poder Legislativo: arcabouço legal e segurança jurídica

3. Poder Judiciário: segurança jurídica e equilíbrio regulatório

Corrida global: soberania ou dependência?

A ABPM alerta que o mundo vive uma nova corrida por soberania tecnológica, econômica e ambiental, com os minerais críticos no centro do tabuleiro. “O Brasil precisa decidir: será mero espectador na disputa entre EUA e China? Tomará partido? Ou seguirá um caminho independente, estratégico e soberano?”

A entidade acredita que o caminho mais promissor é o da autonomia, mas isso exige decisões firmes, políticas de Estado e coordenação institucional.

O recado da mineração brasileira

A ABPM finaliza seu posicionamento reafirmando o compromisso com uma mineração moderna, responsável e estratégica para o Brasil. E defende uma agenda pública que una: segurança jurídica, agilidade regulatória, responsabilidade socioambiental e incentivo à pesquisa mineral “Não basta crescer. É preciso crescer com inclusão, respeito aos direitos humanos e sustentabilidade. O Brasil tem o potencial. Falta decisão política para transformar riqueza natural em prosperidade, inclusão e sustentabilidade.”

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