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Investimento em pesquisa traz inovação e novos negócios para as empresas

Investimento em pesquisa traz inovação e novos negócios para as empresas

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 8 de julho de 2022

Por Agência Unico

Investimento em pesquisa traz inovação e novos negócios para as empresas

O Brasil comemora, em 08 de julho, o Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico com um marco notável: ao final de 2021, o país havia subido cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI), estando agora no 57º lugar entre os 132 países avaliados. A mudança é o resultado do trabalho de milhares de pesquisadores em projetos financiados por instituições públicas e empresas privadas. As estatísticas de financiamento indicam que, globalmente, está nas empresas a maior concentração de pesquisas que impulsionam o desenvolvimento dos países: só nos EUA e na China, as empresas já empregavam 1,1 milhão de pesquisadores em 2018. Dos pesquisadores brasileiros em tempo integral, calcula-se que, atualmente, 27% estejam trabalhando em empresas.

Vanessa Testoni faz parte desse grupo. Gerente de pesquisa da Unico, ela é responsável, entre outras coisas, pela seleção e supervisão dos projetos de pesquisa financiados total ou parcialmente pela empresa. Vanessa tem graduação em Engenharia Elétrica e Ciência da Computação  e, no currículo, títulos como o de doutora (também em Engenharia Elétrica) pela Unicamp, assim como a participação em projetos de pesquisa e de inovação tanto no Brasil quanto no exterior: 'os pesquisadores brasileiros têm muita capacidade para buscar e desenvolver inovação de qualidade, a ponto de ser usada internacionalmente e validada com patentes também no exterior', observa Vanessa, num elogio aos seus colegas. Neste momento, um dos principais projetos que ela supervisiona está em desenvolvimento no Departamento de Informática da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Com uma equipe de cinco pessoas chefiada pelo professor David Menotti, engenheiro de Computação e doutor em Informática pela Université Paris-Est, o projeto terá uma duração inicial de três anos. Um dos objetivos é desenvolver uma tecnologia de inteligência artificial para biometria periocular, capaz de identificar pessoas por meio da captura e análise de imagem da sua região periocular – são características como pálpebras, cílios, sobrancelhas, formato dos olhos e  textura da pele, por exemplo, que podem ser transformadas em dados cuja combinação é exclusiva em cada indivíduo. O professor David Menotti aprecia as perspectivas do apoio de pesquisas por parte de empresas privadas: 'vejo com bons olhos esse investimento em pesquisa', diz ele. Segundo Menotti, o projeto com a Unico proporciona um trabalho científico com base em dados reais, já que a empresa pode colocar em testes e à prova os algoritmos desenvolvidos na universidade. O professor observa, ainda, que a pesquisa servirá de base para trabalhos acadêmicos que serão produzidos pelos pesquisadores sob a forma de artigos científicos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

Em todo o mundo, observa Vanessa, as empresas privadas têm exercido um papel fundamental no incentivo à pesquisa aplicada, o que já resultou em inovações extraordinárias em áreas como eletrônica, biotecnologia, ciência da computação e muitas outras. A quantidade de exemplos brasileiros é tão grande quanto a complexidade dos projetos: uma solução para monitoramento de tráfego desenvolvida na Unicamp, o design de tecnologias médicas e dispositivos vestíveis do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) e o desenvolvimento de sistemas para detecção e interpretação de imagens do Instituto Tecgraf, da PUC-RJ, são apenas três exemplos de complexas pesquisas em andamento com apoio da iniciativa privada.

Vanessa acrescenta que, ao investirem na pesquisa, as empresas abrem novos caminhos para inovação de qualidade, desenvolvimento de novos produtos e criação de novas oportunidades de negócio. Diante dessa perspectiva, ela acha possível ampliar a parceria da Unico com universidades e também os investimentos em projetos científicos de tecnologia, especialmente os focados na tão valorizada e necessária área de inteligência artificial.

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