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Documentos e cartões que migraram da carteira para o smartphone

Documentos e cartões que migraram da carteira para o smartphone

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 26 de maio de 2021

Por Agência 99

A cada momento que passa, a tecnologia se faz mais presente na vida dos brasileiros. Nos últimos anos, diversos serviços migraram para o digital. Com isso, eles ficaram na palma da mão, sem nenhuma força de expressão, graças aos aplicativos que dominam os dispositivos móveis.

Se anteriormente era preciso carregar uma carteira recheada com documentos originais e comprovantes, por exemplo, agora basta ter à disposição um smartphone, tablet ou outro aparelho eletrônico. Atualmente, é possível solicitar a segunda via de praticamente todas as contas relacionadas a atividades essenciais por meio do celular. Com a carteira digital, o pagamento de serviços como viagens por aplicativo, por exemplo, é feito diretamente pelo celular.

Dá, ainda, para aposentar as versões físicas do RG e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) graças às opções digitais desses documentos. Na pandemia, até a procura por emprego se tornou virtual nos equipamentos públicos de recrutamento de mão de obra.

“O brasileiro foi obrigado a se adaptar ao mundo digital, principalmente na pandemia, período no qual não tinha acesso ao atendimento presencial. Ao mesmo tempo, verifica-se que a população está cada vez mais atenta e antenada às mudanças tecnológicas e vem evoluindo com toda a tecnologia que lhe é oferecida”, resume o advogado especializado em Direito de Trânsito, Roberto Faria.

E o que falar das transações financeiras, que passam por uma verdadeira revolução desde o final do ano passado, com a adoção do PIX e sua promessa de agilizar o envio e o recebimento de dinheiro a qualquer hora ou dia de semana, como sábados à tarde ou domingos pela manhã?

Transição

Vantajosa para quem domina a tecnologia, essa série de mudanças, também, pode significar um problema para quem não sabe lidar com smartphones, por exemplo. Contudo, Faria vê o lado bom dessa demanda em órgãos públicos que até pouco tempo contavam com todos os seus processos realizados de forma analógica e com papéis por todos os lados.

“O brasileiro que não se enquadra nas mudanças trazidas pela tecnologia acaba ficando para trás. Ainda assim, vejo esse momento como uma oportunidade em que se deve cada vez mais qualificar e orientar o cidadão no sentido de que a mudança para o ambiente digital é irreversível e somente aumentará com o passar do tempo”, pontua.

A seguir, listamos serviços que estão promovendo, em muitos casos, a migração do analógico para o digital.

1 – CNH Digital

Com a mudança de itens do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) em abril deste ano, o porte da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) deixou de ser obrigatório para os motoristas que aderirem à modalidade digital do documento, por meio do app Carteira Digital de Trânsito, disponível gratuitamente para os sistemas iOS e Android.

Dessa forma, o documento emitido a partir de maio de 2017 e que possui um QR Code na parte de trás, pode migrar para a e-CNH. Para quem não tem acesso devido à ausência do QR Code, há duas opções: aguardar o prazo para renovação do documento e aderir ao sistema digital quando uma nova CNH for expedida ou solicitar uma segunda via.

Seja qual for a opção, Faria tem dicas para evitar problemas no armazenamento do documento no smartphone ou em outro dispositivo. “O cidadão precisa verificar a autenticidade do aplicativo. Hoje, existem apps públicos que geram praticidade ao cidadão. A Carteira Digital de Trânsito é um exemplo. Nela, a pessoa consegue consultar documentos como CNH e CRLV, além de infrações constantes no veículo”.

2 – Detran.SP

Quem mora no Estado de São Paulo pode adiantar uma série de atividades relacionadas ao veículo sem sair de casa. O aplicativo do Departamento de Trânsito estadual (Detran.SP) permite fazer o licenciamento digital do carro, solicitar a 2ª via da CNH, transferir veículos vendidos, iniciar o processo de 1ª habilitação e até iniciar o período de suspensão da CNH sem precisar ir ao Poupatempo e entregar o documento a um servidor.

3 – 99Pay

Em meio à pandemia e às mudanças radicais no comportamento do consumidor, a 99Pay se destaca no segmento de transporte por aplicativos por ir além para facilitar o pagamento de viagens. A empresa criou uma carteira digital que oferece benefícios aos passageiros que optam por este método de pagamento.

A ferramenta serve para quitar viagens no app, adquirir refeições via 99Food, pagar boletos ou dar e receber dinheiro de amigos e parentes. Sem cobrar mensalidades, a 99Pay também oferece rendimentos maiores que os da caderneta de poupança.

4 – Título de eleitor

Destaque nas últimas eleições, o e-Título foi desenvolvido pela Justiça Eleitoral com a missão de desobrigar o eleitor a levar o documento em papel para a urna. O recurso dispensa também a apresentação de uma segunda via da versão impressa em caso de perda ou roubo. Além disso, agiliza o processo de votação. O documento eletrônico indica a zona eleitoral a ser procurada e a seção eleitoral.

5 – INSS

Responsável pelas aposentadorias, pensões e pagamento de auxílios a milhões de brasileiros, o órgão federal foi outro que modernizou sua linha de contato com o público investindo em tecnologia. A autarquia conta com quase todos os 96 serviços existentes em versões digitais. Até mesmo a prova de vida, que leva diversos segurados à rede bancária pelo temor de ter o benefício suspenso, já começa a ocorrer de forma virtual, por meio de um moderno processo de reconhecimento facial via app.

6 – PIX

Funcionando de maneira integral desde 16 de novembro de 2020, o PIX caiu no gosto do brasileiro por agilizar o envio e o recebimento de dinheiro e promover uma onda de depósitos em contas de outros bancos sem a cobrança de taxa extra, como ocorre nas transações DOC e TED.

Quando se trata de dinheiro, o cuidado com os apps deve ser redobrado. Por isso, é importante o alerta: “O PIX veio para revolucionar o mercado, pois trata-se de transferência instantânea, o que muitas vezes acaba substituindo o papel moeda. De todo modo, o cidadão deve se preocupar em nunca fornecer os dados bancários, bem como documentos pessoais para empresas e pessoas que não sejam de confiança. Outra alternativa é investigar a fundo a procedência da requisição”, conta Faria.

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