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Fernando Trabach Filho analisa o futuro do etanol frente à eletrificação
Por SAFTEC DIGITAL

Fernando Trabach Filho analisa o futuro do etanol frente à eletrificação

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 23 de julho de 2025

Fernando Trabach Filho, administrador de empresas, destaca que o debate sobre o etanol ganha nova dimensão à medida que a eletrificação da frota brasileira avança em ritmo acelerado. Apesar do crescimento dos veículos elétricos (EVs) e híbridos, o combustível renovável ainda possui papel estratégico na matriz de transporte nacional. O etanol combina vantagens como produção local, redução de emissões e estímulo ao agronegócio, compondo um cenário híbrido de transição energética. Para entender o futuro dessa fonte, é necessário analisar fatores como políticas de incentivo, competitividade tecnológica, infraestrutura de produção e tendências de consumo, enquanto se desenha um panorama de coexistência equilibrada entre etanol, eletricidade e outras fontes.

Etanol e eletrificação: coexistência ou substituição parcial?

A discussão sobre o futuro do etanol centra-se na sua capacidade de coexistir com a eletrificação da frota ou ser substituído em larga escala por fontes elétricas. Em curto e médio prazo, muitos veículos híbridos flex permitem uso combinado de etanol e eletricidade, reduzindo o consumo de combustível fóssil. Conforme observa Fernando Trabach Filho, essa combinação pode acelerar a transição sem provocar rupturas na cadeia produtiva do etanol. Além disso, a infraestrutura existente — como usinas, rotas logísticas e postos de combustíveis — torna o etanol mais acessível para grande parte da população atual. No entanto, a eletrificação avança em centros urbanos e frotas corporativas, apoiada por subsídios, redução de impostos e programas de renovação de frota. Esse movimento pressiona o preço do etanol e pode alterar o padrão de consumo, especialmente se não houver integração eficiente entre as matrizes energética e agrícola.

Competitividade econômica e impacto no agronegócio

O cenário do etanol também deve ser analisado sob o ponto de vista econômico e agrícola. A produção depende de políticas públicas de sustentabilidade, incentivos fiscais e custos variáveis de insumos como cana-de-açúcar ou milho. Segundo Fernando Trabach Filho, manter o etanol competitivo requer políticas de longo prazo que estabilizem o preço final ao consumidor, garantam investimentos em tecnologia de segunda geração e preservem a atratividade do setor para produtores rurais. A eletrificação da frota pressiona esse equilíbrio, pois veículos elétricos — embora ainda custosos — recebem vantagens tributárias que tornam a comparação desfavorável ao combustível renovável. Por outro lado, avanços no etanol de segunda geração e na eficiência das usinas podem reduzir custos e ampliar o uso do etanol em setores como aviação leve, transporte rodoviário de carga e motores agrícolas, mantendo sua relevância econômica e ambiental.

Infraestrutura, sustentabilidade e inovação

Embora a eletrificação exija expansão de rede elétrica e carregadores públicos, o etanol conta com cadeia logística consolidada: produção regional, distribuição via truck run-of-the-mill e infraestrutura de armazenamento. A manutenção e modernização desses sistemas, aliada ao investimento em etanol verde com certificação de carbono, asseguram benefícios ambientais. De acordo com Fernando Trabach Filho, apostar em inovação, como biorefineries modulares e integração com energia renovável, pode transformar o etanol em combustíveis de transição, alinhado à economia circular. Além disso, a expansão da infraestrutura de abastecimento elétrico precisa ser planejamento paralelo ao etanol, considerando a diversidade geográfica do Brasil e o papel do transporte em regiões rurais e remotas, onde a eletrificação enfrenta obstáculos práticos e econômicos.

Considerações finais

O futuro do etanol frente à eletrificação da frota brasileira não se resume a uma competição direta, mas a uma configuração híbrida e pragmática, em que ambos desempenham papéis complementares na redução de emissões e na garantia de segurança energética. O etanol oferece uma solução de transição estruturada, enquanto a eletrificação avança conforme a expansão da rede elétrica e o acesso financeiro se torna mais amplificado. Para que esse equilíbrio seja alcançado, é fundamental manter políticas estáveis, incentivar pesquisa e inovação, e planejar infraestrutura integrada.

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