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Saúde bucal do brasileiro nos últimos três anos revela quadro de atenção

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 29 de agosto de 2023

DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS

São Paulo–(DINO – 29 ago, 2023) –
Nos últimos três anos, a saúde bucal dos brasileiros sofreu impactos, como apontou a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). Os dados revelaram que, na Baixada Santista, 53% dos entrevistados deixaram de fazer tratamento dentário por causa da pandemia da Covid-19. Já os dados coletados pelo Ministério da Saúde, obtidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que mais da metade (55%) dos brasileiros não vão ao cirurgião-dentista uma vez por ano, conforme o recomendado.

Diante desses dados, o cirurgião-dentista e presidente da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do CROSP, Dr. Marco Antônio Manfredini, avalia que, embora não haja estudos comparativos disponíveis acerca do período da pandemia e do estado atual, dentro do cenário de atendimento público e privado é possível afirmar que houve um agravamento da cárie e das doenças periodontais. 

“Houve um gap no acesso dos pacientes aos serviços, inclusive odontológicos, durante a pandemia. E isso nos leva a supor que tenha havido, sim, uma piora no que se refere a essas patologias no âmbito público e privado, se pensarmos que o aconselhável é que se faça um acompanhamento de seis em seis meses, pelo menos. Dependendo do paciente, a cada três meses”.

O especialista lembra que, especialmente nos primeiros seis meses de pandemia, ocorreu um afastamento, ocasionado sobretudo pelas dúvidas em torno da Covid-19, dúvidas essas também por parte dos cirurgiões-dentistas, além das dificuldades – que foram muitas. “Uma das principais dificuldades foi o acesso aos equipamentos de proteção para poder realizar os atendimentos. Posteriormente, em 2021, o estabelecimento de normativas técnicas garantiu a segurança. Nesse ponto, vale ainda reforçar que os atendimentos são muito seguros, tanto no setor público como no privado”, enfatiza Dr. Manfredini.

Ampliação do acesso

Para o especialista, nos últimos dez anos o programa Brasil Sorridente, estabelecido pelo governo federal e direcionado às questões de assistência odontológica, não teve grande expansão – e essa é uma questão fundamental para a ampliação de acesso da população ao tratamento, segundo o profissional.

“No início deste ano, com o novo governo e com a participação da Coordenadora Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Dra. Doralice Severo da Cruz, tivemos o credenciamento de novas equipes (atualmente são 33.542 equipes de saúde bucal disponíveis) e a expansão de serviços, contudo, ainda é insuficiente”.

Por fim, Dr. Manfredini conclui que a estimativa é que 75% da população dependa do atendimento do SUS e que, para atender essa demanda, é fundamental que haja uma expansão dos serviços para que se possa ter efetivamente uma ampliação do atendimento da população, notadamente na rede pública.  

Website: https://crosp.org.br/
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