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O tabu da liderança feminina no esporte

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 8 de julho de 2024

Por Samanta Vicentini.

A presença das mulheres em cargos de liderança no mundo esportivo tem sido historicamente limitada, refletindo desafios profundos e estruturais que permeiam esse universo. Essa sub-representação não é apenas uma questão de falta de justiça social, mas também uma perda para o próprio desenvolvimento e progresso do esporte em todas as suas dimensões.

O desafio de representatividade não é de hoje, já que desde o surgimento dos esportes modernos enfrentamos barreiras significativas para assumir posições de liderança. Estereótipos de gênero, preconceitos arraigados e uma cultura que muitas vezes valoriza mais a figura masculina do que a competência são alguns dos obstáculos que enfrentamos ao buscar ascender em nossas carreiras no esporte.

Essa realidade se reflete em números. Segundo o estudo “Women in Sport Leadership: Research and Practice for Change” (Mulheres na Liderança do Esporte: Pesquisa e Prática para a Mudança), realizado por Nicole M. LaVoi, da Universidade de Minnesota, apenas cerca de 11% dos cargos de diretoria em organizações esportivas de alto nível são ocupados por mulheres. Essa disparidade não apenas escancara a desigualdade, mas também limita a diversidade de perspectivas e abordagens necessárias para a evolução e inovação do setor esportivo.

A presença de mulheres em cargos de gestão e liderança no esporte traz benefícios significativos para as organizações e para o próprio desenvolvimento do setor. Estudos demonstram que empresas com diversidade de gênero em cargos de liderança são mais inovadoras, mais rentáveis e mais capazes de resolver desafios complexos de forma eficiente.

Um exemplo emblemático é o trabalho de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, quebrando paradigmas e demonstrando que mulheres são plenamente capazes de liderar grandes instituições esportivas com sucesso e visão estratégica. Seu impacto vai além dos resultados esportivos, influenciando positivamente a cultura organizacional e inspirando outras mulheres a almejarem posições de destaque.

Desafios e oportunidades

Para que a liderança feminina no esporte se torne mais comum e efetiva, é necessário enfrentar desafios estruturais da nossa cultura. Isso inclui a implementação de políticas de equidade de gênero nas organizações esportivas, a promoção de oportunidades e ambientes de trabalho inclusivos e o combate ativo a qualquer forma de discriminação ou preconceito.

Além disso, é crucial investir em programas de desenvolvimento e capacitação específicos para mulheres no esporte, proporcionando oportunidades de aprendizado, mentoria e networking que impulsionem suas carreiras e ampliem suas possibilidades de ascensão em cargos de liderança.

O reconhecimento e valorização da liderança feminina no esporte não é apenas uma escolha ética, mas também uma estratégia inteligente para garantir a sustentabilidade e relevância do setor no longo prazo. Ao criar um ambiente mais inclusivo e diversificado, estamos construindo as bases para um esporte mais justo, inovador e inspirador para todos os envolvidos.

Essa não é apenas uma questão de representatividade, mas sim uma necessidade para impulsionar o crescimento e desenvolvimento do setor. Reconhecer, acreditar e valorizar a competência, visão e capacidade das mulheres como líderes é fundamental para criar um ambiente mais equitativo e eficiente no mundo esportivo.

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Samanta Vicentini é uma mulher que conquistou seu espaço no futebol. Quebrou barreiras, superou o machismo e luta por igualdade no esporte que ama. Inspirada por líderes mulheres, ergue sua voz contra o tabu e defende um futuro onde a paixão pelo futebol não tem gênero. Linkedin: https://www.linkedin.com/savicentini/

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