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‘Entrelaçados’ uniu forças para discutir o combate ao câncer de colo do útero

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 2 de setembro de 2024

MSD e Estadçao Blue Studio

Para comemorar os 10 anos da vacinação contra o HPV no Sistema Único de Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações, o evento Entrelaçados reuniu um time de especialistas, profissionais da saúde e autoridades no último mês de junho, em Brasília. Organizado pelo Estadão, com criação do Estadão Blue Studio e apoio da MSD, o debate foi transmitido ao vivo pelo canal do Grupo Estado. Com um foco inspirador no combate ao câncer de colo de útero, foram discutidos temas essenciais, como a equidade em saúde e o compromisso com a disseminação de informações precisas.

Sob a mediação do psiquiatra, especialista em sexualidade, educação sexual e saúde em geral Jairo Bouer, o encontro debateu a saúde pública e buscou jogar luz sobre a importância da vacinação como uma das formas de prevenção contra a doença. Além disso, tratou dos avanços alcançados nos últimos anos e dos desafios futuros na ampliação do acesso à vacinação, ao diagnóstico precoce e comunicação com a sociedade.

“Todas as vacinas são confiáveis e é inadmissível nós termos mortes ou agravos por doenças que são preveníveis por vacinas. Isso tem que ser um alinhamento de toda a sociedade”, explicou o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Mohamad Hamida, um dos convidados a debater a equidade em saúde. Além de Mohamad, o painel recebeu a diretora médica da Farmacêutica MSD, Márcia Abadi, e a secretária de Saúde do Ceará, Tânia Mara, representando o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Um dos temas em discussão foram as estratégias para garantir acesso igualitário à vacinação contra o HPV, destacando desafios regionais e iniciativas bem-sucedidas na promoção da saúde pública.

A vacinação é o pilar mais efetivo em termos de acesso e disponibilidade, evitando a ocorrência dos cânceres causados pelo HPV, em mulheres e homens. Dos casos de câncer de colo do útero, 99% são consequência de infecção persistente por tipos de HPV de alto risco. Esse e outros dados foram apresentados com um panorama geral de incidências da doença. A diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde (DEPPROS), do Ministério da Saúde, Gilmara Lucia dos Santos; a pesquisadora do Centro Universitário Icesp e livre-docente na Faculdade de Medicina da USP Luisa Lina Villa; e o diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA), Roberto Gil, foram os responsáveis por levar insights fundamentais sobre a atual situação do câncer de colo de útero no Brasil.

Para além das políticas públicas, quem acompanhou o evento teve a oportunidade de ouvir sobre as novas tecnologias disponíveis para o diagnóstico e tratamento da doença. O painel foi composto pela oncologista e diretora da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Angélica Nogueira, pelo membro das comissões de ginecologia oncológica e defesa profissional da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), EtelvinoTrindade, e pela ginecologista especialista em citopatologia e prevenção de câncer de colo do útero e coordenadora técnica do Programa Útero é Vida em Pernambuco, Letícia Katz. “O câncer de colo de útero é uma doença que evidencia a desigualdade social porque está diagnosticada, principalmente, em pacientes pobres e negras. A gente precisa lutar para que essas pacientes tenham melhor rastreio, prevenção primária com vacinação e o melhor tratamento”, finalizou Angélica Nogueira.

Aumento da cobertura vacinal e os avanços para uma imunização mais completa

Debates destacaram avanços, desafios e a importância da informação precisa na imunização e na luta contra o câncer de colo de útero

A vacinação contra o HPV, que agora completa uma década, foi um marco importante que contou com uma campanha histórica, da qual o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez parte. “No ano em que decidimos incorporar a vacina, junto à luta das mulheres, dos profissionais da saúde e da comunidade acadêmica, o Brasil passou a ser o primeiro país a ter todas as vacinas recomendadas pela OMS no seu calendário vacinal do Sistema Único de Saúde”, explicou o ministro. Além dele, esteve presente a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, que falou sobre o complexo econômico industrial da saúde e dos 10 anos de disponibilidade da vacinação contra o HPV.

A secretária Ethel Maciel explicou que após esses 10 anos foi preciso recuperar algumas estratégias de ampliação no acesso à vacina, como é o caso da vacinação nas escolas. “Também lançamos algumas estratégias diferentes, assim como o alinhamento com a Organização Mundial da Saúde para a dose única da vacina, e o microplanejamento. Nem todos os lugares têm o mesmo problema e alguns apresentam maiores dificuldades. Por exemplo, conseguir chegar aonde vivem as populações indígenas. Fizemos uma ampliação com as Forças Armadas para uma operação chamada de Operação Gota para levar a vacina a esses territórios de mais difícil acesso. O PNI foi em cada Estado da Federação para entender quais as dificuldades de cada local”, explicou Ethel.

Na parte final do evento, foi apresentado pela secretária–geral da Sociedade Sueca do Câncer, Ulrika Åhered Kågström, um case de sucesso. Em entrevista, ela relatou como está sendo a experiência da Suécia no promissor avanço da jornada de combate ao Câncer de Colo do Útero.

O país prevê para 2027 a eliminação da doença. Além de Ulrika, também esteve presente a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi. Prevenção, rastreio e tratamento como pilares para um futuro livre de câncer de colo de útero foram os temas trazidos pelas especialistas. Além desses temas, a cirurgiã e ginecologista especializada em câncer ginecológico Ailma Fabiane de Andrade e o gerente médico de vacinas da MSD, Estevam Baldon, abordaram as estratégias integradas para aumentar a conscientização, melhorar o acesso ao diagnóstico precoce e promover a vacinação em populações vulneráveis.

Para fechar o evento, o editor-assistente do Estadão Verifica, Pedro Prata, e a jornalista de saúde do portal Futuro da Saúde, Natalia Cuminale, falaram sobre o compromisso com a informação, o combate à desinformação e a hesitação vacinal. Eles enfatizaram a importância do jornalismo responsável na disseminação de informações precisas sobre vacinação e saúde pública, destacando estratégias para enfrentar os desafios da desinformação na era digital.

O evento fomentou a discussão necessária sobre a equidade no acesso à vacinação, diagnóstico precoce, tratamento adequado e a disseminação de informações precisas, e reafirmou que a vacinação é a ferramenta mais eficaz na luta contra o câncer de colo de útero. Este também foi um momento de destaque para a importância da conscientização pública e do jornalismo responsável no combate à desinformação. O Entrelaçados é o simbolismo do fortalecimento do compromisso coletivo de eliminar o câncer de colo de útero, promovendo estratégias integradas e inovadoras para um futuro livre de um câncer que pode ser prevenido.

No ano em que decidimos incorporar a vacina, o Brasil passou a ser o primeiro país a ter todas as vacinas recomendadas pela OMS no seu calendário vacinal do Sistema Único de Saúde

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