Releases Geral
Brasil pode ter problemas com balanceamento de energia
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 13 de março de 2024
DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS
São Paulo–(DINO – 13 mar, 2024) –
Em um ataque de hacker que atinge sistemas de energia eólica é possível manipular turbinas, mudar a velocidade delas e até causar uma explosão, brecando-as e aquecendo os freios até que elas peguem fogo. Essa é apenas uma das possibilidades de ataques em sistemas de distribuição de energia espalhados pelo Brasil, como alerta o especialista Rafael Narezzi, fundador da Cyber Energia. Segundo ele, uma situação como essa, em larga escala, poderia trazer transtornos para a sociedade, gerando problemas de balanceamento de energia no país e até causar um apagão.
No ano passado, mais de 93,1% de toda a eletricidade gerada no Brasil veio de fontes renováveis, como a energia solar, eólica, hidrelétrica e de biomassa, como mostra o estudo da Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Dados do Relatório de Ameaças Cibernéticas apresentado pela Trellix mostram ainda que no primeiro trimestre do ano passado, o setor de energia foi alvo de 5% dos ataques em todo o mundo.
O especialista explica que, conforme a demanda e o uso da energia limpa crescem, aumenta também a preocupação em relação à segurança dessas operações. ‘Descentralizar o modo como geramos energia é bom, porém precisamos considerar que a superfície de ataques hackers vai aumentar, já que haverá mais alvos. Uma hidrelétrica, por exemplo, é um alvo único, mas uma fazenda eólica possui várias torres. E ainda não existem padrões ou normas para os donos desses sistemas’.
Em 2021, o mundo acompanhou o governo dos Estados Unidos declarar estado de emergência em algumas regiões depois de um ataque cibernético sofrido pela Colonial, a maior rede de gasodutos dos EUA. A rede foi completamente desconectada e foram roubados mais de 100GB de informações do oleoduto da empresa, que transportava milhões de barris por dia, praticamente 45% do abastecimento de diesel, gasolina e querosene da costa leste dos Estados Unidos. ‘Imagine algo dessa magnitude acontecendo aqui, no Brasil, com o uso de energia limpa’, comenta.
Rafael explica que mesmo que o avanço do uso e implementação das energias renováveis por empresas do setor público, privado e pela sociedade no geral dependam da tecnologia digital, essa transição precisa ser feita de forma cautelosa. ‘Não necessariamente o investimento em tecnologia significa investimento em segurança, já que a transformação digital costuma ser mais rápida do que a proteção das fazendas eólicas ou solares, por exemplo, então essa diferença pode gerar riscos e exposições’.
De acordo com ele, o grande problema é que a segurança vem sendo considerada como o último pilar do planejamento de implementação da energia limpa, o que pode gerar grandes prejuízos para as companhias em casos de ataques. ‘A automação e a Internet das Coisas (IoT), por exemplo, podem ser fundamentais para o correto monitoramento, otimização, fabricação e distribuição da energia, aumentando a eficiência operacional e gerando uma economia de recursos ainda maior’, explica Narezzi, que agora quer trazer a metodologia usada na Cyber Energia para o Brasil.
A Europa, por exemplo, já conta com uma regulamentação em cibersegurança, chamada de NIS2, aprovada no final de 2022, para que as entidades aumentem o nível de proteção contra ciberataques. De acordo com a regulamentação, os países da União Europeia têm até 24 meses para cumprir o acordo, que busca potencializar a aplicação de normas e aumentar a resistência a ataques de empresas públicas e privadas. Alguns dos setores que passarão por essa regulamentação são o de saúde, telecomunicações, bancário e o de energia. ‘Com o NIS, o diretor terá responsabilidade sobre os ataques e pode perder seu emprego, além de ser responsável por negligência. A empresa também pode perder a licença de operar e sofrer multa, o que traz consequências financeiras altas’, diz o especialista.
Já no Brasil foi instituída, no final do ano passado, a Política Nacional de Cibersegurança, que tem como um dos objetivos o desenvolvimento de métodos de regulação, fiscalização e controle para melhorar a segurança cibernética nacional. ‘A gente precisa trazer visibilidade para o assunto e fazer com que o cliente tenha governança, entenda o perímetro de segurança que ele precisa ter e o risco que está associado a isso’, diz Narezzi, reiterando o trabalho da CFP Cyber Energia para fazer o mapeamento de todos os riscos cibernéticos das turbinas, além de proteger desde a produção até a distribuição da energia.
Depois, trazer um informativo completo para o cliente com pontos de melhoria, mudanças e mostrar o que já está em conformidade com a segurança. ‘Estamos aqui para garantir a cibersegurança no setor de renováveis para a empresa estar em conformidade com o Nis 2.0. Nosso objetivo é levar essa proteção e experiência às empresas que geram e distribuem a energia eólica no Brasil, para que a energia limpa chegue de forma segura e sustentável a cada vez mais lugares e regiões’, finaliza Rafael Narezzi.
Website: https://www.cyberenergia.com/
A OESP não é(são) responsável(is) por erros, incorreções, atrasos ou quaisquer decisões tomadas por seus clientes com base nos Conteúdos ora disponibilizados, bem como tais Conteúdos não representam a opinião da OESP e são de inteira responsabilidade da Dino Divulgador de Noticias Online Ltda
Leia também
-
Releases Geral Certificação promove cultura de combate à violência de gênero
14 de julho de 2023DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS (DINO – 14 jul, 2023) – O Instituto Nós Por Elas e a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) lançaram em 2023 a
Saiba Mais -
Releases Geral Além dos gols: empresas brilham na final da Libertadores
29 de novembro de 2023DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS Rio de Janeiro, RJ–(DINO – 29 nov, 2023) – O mês de novembro deste ano marcou a grande final da Conmebol Libertadores no Rio de Janeiro. A cidade se
Saiba Mais -
Releases Geral Aplicativo possibilita economia para pacientes com diabetes
19 de junho de 2024Curitiba - PR--(DINO - 17 jun, 2024) - Com o aumento no preço dos medicamentos - que passa a valer em todo o Brasil a partir do dia 01 de abril - um novo aplicativo para co
Saiba Mais