NAvegue pelos canais

Releases Geral

Alterações orais ajudam no diagnóstico precoce do HIV

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 18 de dezembro de 2023

DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS

São Paulo–(DINO – 18 dez, 2023) –
Neste Dezembro Vermelho, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) alerta sobre as várias manifestações associadas à aids, síndrome transmitida pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), entre as quais as alterações orais, que são frequentes e impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil. Em 2022, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no país.

De acordo com o CROSP, reconhecer tais manifestações é muito importante para um diagnóstico precoce e um plano de tratamento eficaz. A cirurgiã-dentista e secretária da Câmara Técnica de Patologia do Conselho, Dra. Ana Lia Anbinder, explica que as lesões mais comuns associadas à aids são a candidose oral, a leucoplasia pilosa, o sarcoma de Kaposi, o eritema gengival linear, a gengivite necrosante, a periodontite necrosante e o linfoma não Hodgkin.

“Nenhuma das lesões descritas é exclusiva de pacientes com HIV/aids; no entanto, todas elas apresentam uma prevalência e gravidade mais elevadas em comparação com pacientes sem HIV, em alguns casos, associadas ao uso de terapia antirretroviral“, esclarece a especialista.

Dra. Ana diz que, com o surgimento de terapias antirretrovirais (medicamentos utilizados para o tratamento de infecções por retrovírus), a prevalência de algumas manifestações orais relacionadas ao HIV diminuiu, especialmente aquelas associadas a contagens mais baixas de células CD4, como candidose, leucoplasia pilosa e sarcoma de Kaposi. Por outro lado, segundo ela, houve um reconhecimento maior do papel de condições comuns, como cárie e doença periodontal, associadas à xerostomia, por exemplo, e consequentemente uma maior atenção ao cuidado odontológico de rotina e preventivo para pacientes com HIV.

Apesar de ter sua prevalência reduzida com o uso da terapia antirretroviral, o sarcoma de Kaposi continua sendo a neoplasia maligna oral mais frequente associada ao HIV. É uma neoplasia vascular causada pelo herpesvírus humano 8, que é transmitido durante o sexo, ou através de sangue e saliva.

“As características clínicas do herpesvírus variam de acordo com seu estágio, progredindo de pápulas a placas vermelho-arroxeadas, as quais podem ulcerar. Em estágios avançados, a lesão pode se manifestar como múltiplos nódulos roxos e ulcerados, levando à mobilidade e perda dentária. O diagnóstico é baseado nas características clínicas e histopatológicas”, esclarece a cirurgiã-dentista.

Dra. Ana informa ainda que a terapia antirretroviral é recomendada para todas as pessoas com sarcoma de Kaposi associado ao HIV, pois essas lesões frequentemente regridem com este tratamento. Quando isso não acontece, o tratamento adicional pode envolver uma combinação de radioterapia, quimioterapia ou excisão cirúrgica.

“O diagnóstico precoce das manifestações orais em pacientes com aids é crucial para garantir a eficácia do tratamento e melhorar a qualidade de vida. Cirurgiões-dentistas desempenham um papel fundamental ao realizarem exames bucais regulares e ao estarem cientes das manifestações associadas à infecção pelo HIV”, finaliza.

 

Website: https://crosp.org.br/
A OESP não é(são) responsável(is) por erros, incorreções, atrasos ou quaisquer decisões tomadas por seus clientes com base nos Conteúdos ora disponibilizados, bem como tais Conteúdos não representam a opinião da OESP e são de inteira responsabilidade da Dino Divulgador de Noticias Online Ltda

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe