PR Newswire Internacional
PR NEWSWIRE – INTERNACIONAL :: Recuperação verde exige propostas efetivas para o fomento de negócios de impacto positivo
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 30 de novembro de 2020
Recuperação verde exige propostas efetivas para o fomento de negócios de impacto positivo
Brasil precisa avançar em modelos que facilitem o financiamento de projetos de infraestrutura com benefícios ambientais e sociais
PR Newswire
SÃO PAULO, 30 de novembro de 2020
“O Decreto 10.387, editado em junho pelo governo federal, é um exemplo, na medida em que incentiva o financiamento de projetos de infraestrutura com benefícios ambientais e sociais. No entanto, é preciso que o estado brasileiro vá além e dê sinais mais claros de que está trazendo a sustentabilidade para o centro da geração de riquezas no país. Este é um movimento que tem sido liderado pelo setor privado, em especial no mercado capitais”, avalia Marcel Fukayama, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), cofundador do Sistema B Brasil e diretor executivo do Sistema B Internacional, plataforma global que ajuda empresas a criarem estruturas que alinhem a obtenção de lucro à responsabilidade socioambiental.
Tem chamado atenção, por exemplo, o surgimento de fundos ASG, que levam critérios ambientais, sociais e de governança como fatores determinantes de investimento. Dos US$ 300 trilhões sob gestão do mercado financeiro global atualmente, US$ 30 trilhões são destinados a investimentos ASG.
“Vimos avanços importantes no mercado de capitais desde que a pandemia começou. No lado do governo, vai haver cada vez mais pressão para políticas aliadas aos critérios ASG, ainda que não seja pauta prioritária. No entanto, o mercado já vem percebendo ? talvez mais pela dor do que pelo amor ? que não há como se sustentar sem levar em consideração o ambiente, a sociedade e a governança. Temos diante de nós uma oportunidade de reconstrução. E toda oportunidade de reconstrução é uma oportunidade econômica, pois são realizados investimentos em infraestrutura e em empregos em uma escala que dificilmente se vê”, diz Fukayama, que colabora com o Ministério da Economia por meio da Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (ENIMPACTO) na elaboração de sugestões para o Pró-Brasil, programa de retomada pós-pandemia do governo federal, anunciado em abril, mas que ainda não saiu do papel.
Para ele, a forte restrição fiscal é o grande desafio, mas que pode se reverter em oportunidade para trazer a força do mercado para contribuir com essa retomada, abandonando os modelos da velha economia e promovendo uma nova, inclusiva e regenerativa.
Cenário
“Está claro que as estruturas econômicas e sociais são insustentáveis sem uma natureza resiliente.” Quem faz a avaliação é o Fórum Econômico Mundial, que em relatório publicado em julho apresentou propostas de como países e setores empresariais podem construir um futuro no qual a natureza não seja mais degradada sob a justificativa de geração de riquezas. Intitulado “The Future of Busines and Nature”, o relatório destaca que a incorporação de aspectos sociais e ambientais pelos negócios pode gerar US$ 10 trilhões e 395 milhões de empregos até 2030.
“As atuais políticas são ineficientes no combate ao desmatamento e não são suficientes para responder às demandas do planeta, que vão em direção à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Não está claro como o Brasil vai conseguir fazer isso e cumprir o Acordo de Paris, que prevê a neutralidade de carbono até 2050. Há ainda um grande vácuo na política para que isso aconteça e infelizmente não temos tempo para esperar”, afirma Fukayama.
No começo do ano, o Fórum Econômico Mundial já havia alertado para o risco de que metade do PIB (Produto Interno Bruto) do planeta pudesse ser perdida em razão de negócios que hoje são dependentes da natureza e de seus serviços ecossistêmicos. Isso significaria US$ 44 trilhões a menos no mundo, o que acentuaria as desigualdades.
A União Europeia vem liderando o movimento de recuperação verde até aqui. Em maio, quando o bloco ainda sofria gravemente os efeitos da pandemia, a Comissão Europeia divulgou um plano para a retomada da economia dos países membros. Dos 750 bilhões de euros previstos para os próximos anos, 25% serão destinados a iniciativas de mitigação das mudanças climáticas e degradação da natureza. É previsto, por exemplo, a injeção de dinheiro em maneiras de se melhorar a eficiência energética, a geração de energia e a produção de veículos não-poluentes.
A medida, contudo, não serve apenas para a recuperação imediata da economia europeia, mas também para prepará-la para o futuro, visto que, ao que tudo indica, a crise atual se iniciou em razão de uma doença zoonótica provocada justamente pelo distúrbio humano em ambientes naturais. Até junho, governos e organizações internacionais já investiram algo próximo a US$ 9 trilhões para a prevenção dos impactos econômicos e humanos mais imediatos da pandemia. Ainda assim, apesar de todo esse esforço, o novo coronavírus tem causado efeitos de proporções catastróficas.
Um estudo publicado no final de julho na revista Nature estimou que o custo de prevenir uma pandemia por meio de ações ecológicas é 500 vezes menor do que os prejuízos econômicos decorrentes dela. Enquanto as despesas anuais com o monitoramento do comércio de animais e a redução do desmatamento, entre outras medidas, ficariam entre US$ 22 bilhões e US$ 31,2 bilhões, os prejuízos de uma pandemia poderia variar de US$ 8,1 a US$ 15,8 trilhões, dependendo da sua taxa de mortalidade.
Nos Estados Unidos, a retomada verde é conhecida como “New Green Deal“, uma série de medidas estruturais para reduzir a poluição do país. Uma das propostas defende que a economia americana atinja a neutralidade de emissões até 2050. No entanto, assim como no Brasil, o avanço de legislações sustentáveis no campo econômico ainda esbarra em questões políticas e ideológicas. No país, o movimento tem sido liderado pelo setor empresarial e financeiro, mas ainda com impactos limitados, sem o apoio mais contundente do poder público.
Sobre a Rede de Especialistas
A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários ? de referência nacional e internacional ? que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.org.br
Foto – https://mma.prnewswire.com/media/1345398/Duda_Menegassi_Pe_no_Parque.jpg
FONTE RECN
PR NEWSWIRE
Leia também
-
PR Newswire Internacional Suresh HP ingressa como diretor de entrega na Sonata Software
5 de abril de 2023PR NEWSWIRE Suresh é um profissional experiente com ampla experiência em TI e liderança em Estratégia, Planejamento, Orçamento, Operações de Negócios, Entrega Global em Mercados Verticais e
Saiba Mais -
PR Newswire Internacional PR NEWSWIRE – INTERNACIONAL :: A SGS e a Graz University of Technology abrem a Lamarr Security Research
17 de novembro de 2020A SGS e a Graz University of Technology abrem a Lamarr Security Research PR Newswire GENEBRA, 17 de novembro de 2020 GENEBRA, 17 de novembro de 2020 /PRNewswire/ — A SGS e a Graz University of
Saiba Mais -
PR Newswire Internacional VW Constellation é a família de caminhões mais vendida do país
22 de janeiro de 2024PR NEWSWIRE Mais de 15 mil unidades do modelo foram emplacadas em 2023 SÃO PAULO, 22 de janeiro de 2024 /PRNewswire/ — Prestes a completar 19 anos de lançamento, o Volkswagen Constellation se
Saiba Mais