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Mercado ilegal de cigarros tem queda histórica, mas ainda rende R$ 9 bilhões ao crime organizado

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 27 de dezembro de 2024

PR NEWSWIRE

Pesquisa IPEC promovida pelo FNCP revela recuo do ilegal de 25 pontos percentuais desde 2019, impulsionado pela aproximação de preços entre produtos legais e ilegais e maior fiscalização

SÃO PAULO, 27 de dezembro de 2024 /PRNewswire/ — O Brasil atingiu o menor índice de participação de mercado do cigarro ilegal da última década: 32% do comércio nacional. Os dados da mais recente pesquisa do Instituto IPEC, divulgados pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), mostram uma redução desde o pico de ilegalidade em 2019, quando o ilícito dominava 57% do mercado – um período crítico para o país em termos de arrecadação e fortalecimento da criminalidade.

A queda da participação do ilícito é atribuída à elevação dos preços dos produtos contrabandeados do Paraguai em função de alguns fatores: o fechamento de fronteiras no período da Covid-19; o aumento do dólar em função do pós-pandemia e das guerras recentes; e o aumento da repressão nas fronteiras, fazendo com que contrabandistas procurassem novas rotas de entrada para o Brasil, encarecendo os produtos ilegais.

Do lado brasileiro, a estabilidade na política tributária nos últimos anos também foi fundamental para aproximar o preço do produto legal do ilegal, garantindo a opção lícita em condições competitivas com o ilegal para o consumidor. “Quanto menor a diferença de preços, maior é o impacto para o mercado ilegal, que se beneficia de valores baixos para atrair o consumidor, por não pagar impostos”, avalia Edson Vismona, presidente do FNCP.

Para Vismona, a redução é um indicativo de progresso, mas ainda há riscos de retrocesso. “Essa tendência de queda está ameaçada pelo aumento de 50% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cigarros,  Essa medida pode ampliar novamente a diferença de preço entre o legal e o ilegal”, referenciando o decreto presidencial, que entrou em vigor em 1º de novembro. O histórico da pesquisa Ipec reforça o impacto da tributação: quando o IPI foi reajustado em 2016, o ilegal saltou de 45% para 57% em três anos.

Fonte: Pesquisa Impactos do Mercado Ilegal de cigarros no Brasil, do Ipec Inteligência, de 2024

Apesar dos avanços, o mercado ilícito ainda representa um grande desafio. Segundo estimativas da indústria, em 2024, o crime organizado movimentou cerca de R$ 9 bilhões comercializando cigarros ilegais, causando um prejuízo de R$ 7,2 bilhões em evasão fiscal. Nos últimos 12 anos esse rombo já ultrapassou R$100 bilhões.

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FONTE FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade)

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