MÔNACO, 21 de março de 2023 /PRNewswire/ — A comissão Minderoo-Mônaco sobre Plásticos e Saúde Humana apresenta uma análise nunca antes vista realizada com pesquisadores líderes mundiais das áreas de saúde, oceano e meio ambiente para quantificar os riscos consideráveis do plástico a toda a vida na Terra:

• O plástico causa doenças, deficiência e mortalidade prematura em todas as fases de seu ciclo de vida, com as repercussões na saúde afetando desproporcionalmente comunidades vulneráveis, de baixa renda, minorias, crianças.
• Os produtos químicos tóxicos adicionados ao plástico e rotineiramente detectados em pessoas são conhecidos por aumentar o risco de aborto espontâneo, obesidade, doenças cardiovasculares e cânceres.
• Os resíduos plásticos são onipresentes no oceano, dos quais dependemos para o oxigênio, alimentos e meios de subsistência, contaminando a água, o chão do mar, entrando na cadeia alimentar marinha.

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A Comissão conclui que os padrões atuais de produção, uso e descarte de plástico não são sustentáveis e são responsáveis por danos significativos à saúde humana, ao meio ambiente e à economia. Ela recomenda estabelecer padrões de proteção à saúde para produtos químicos plásticos sob o Tratado Global de Plásticos, exigindo testes de todos os polímeros e plásticos químicos para toxicidade antes de entrar nos mercados, bem como de vigilância pós-mercado.

A professora Sarah Dunlop, diretora de plásticos e saúde humana da Minderoo Foundation, explica: “Esses resultados nos colocam em um caminho inequívoco para exigir a proibição ou restrição severa de itens plásticos desnecessários, evitáveis e problemáticos, muitos dos quais contêm substâncias químicas perigosas que têm relações com danos terríveis às pessoas e ao planeta”.

O Dr. Philip Landrigan, diretor da Global Observatory sobre saúde planetária da Boston College, está particularmente preocupado com a falta de progresso feito pelos órgãos reguladores. “Muito poucos detalhes sobre identidade, maquiagem química e potencial toxicidade de produtos químicos plásticos são divulgados pelos produtores de plástico. Na maioria dos países, eles não têm nenhuma obrigação legal de fazê-lo”.

Em relação à biologia marinha, os resultados da Comissão revelam uma necessidade maior de medição dos efeitos do plástico sobre as espécies marinhas, especialmente em relação à ingestão de micro e nano partículas.

A Dra. Hervé Raps, médica do Centre Scientifique de Mônaco, explica: “Os resíduos plásticos colocam em perigo os ecossistemas oceânicos dos quais toda a humanidade depende. Além de seus efeitos intrínsecos, os plásticos também podem ser um vetor para microrganismos potencialmente patogênicos”.

A notícia positiva é que a Comissão informa que muitos dos danos plásticos podem ser evitados via melhores práticas de produção, projeto alternativo, menos produtos químicos tóxicos, redução do consumo.

Relatório completo 

Centre Scientifique de Monaco
Thierry Apparu
E-mail: thierry@tapcommunication.com

Foto – https://mma.prnewswire.com/media/2034711/Plastic_Life_Cycle.jpg

 

 

FONTE Minderoo Foundation; Boston College; Centre Scientifique de Monaco