Superalimento global: rico em nutrientes, açaí impulsiona exportações, gera renda no Brasil e internacionaliza marcas

‘Descoberta’ dos benefícios do açaí por Estados Unidos e países da Europa movimenta indústria nacional com crescimento de marcas aqui e no exterior

Nativo da Amazônia, o açaí conquista cada vez mais espaço no mercado internacional, confirmando-se como superalimento global pelo alto percentual de antioxidantes, fibras, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais. Tal desempenho abre portas no exterior para marcas como o JAH Açaí, Sorvetes e Picolés, rede que ultrapassou 180 lojas no Brasil e, em junho deste ano, inaugurou a primeira unidade estrangeira em Düsseldorf, na Alemanha. Até o fim de 2025, a rede estima comercializar 800 mil quilos de açaí entre todas as lojas.

Segundo a pesquisa Acai Berry Market Size, Share & Global Forecast 2025, da Market Data Forecast sobre a indústria mundial do açaí, o mercado global da fruta movimentou US$ 1,23 bilhão em 2024 e pode atingir até US$ 3,47 bilhões até 2033, com taxa média anual de crescimento (CAGR) de 12,2%. Tal expansão é impulsionada por consumidores na América do Norte, Europa, Ásia e Oceania, que passaram a buscar alimentos saudáveis e nutritivos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção cresceu de 145,8 mil toneladas em 1987 para 1,7 milhão de toneladas em 2023, um aumento de 1000% em três décadas. “As pessoas estão priorizando uma alimentação mais natural, saudável e de produção ecologicamente correta. E o açaí supre todos esses requisitos. Fora daqui, há o fato de ser ‘exótico’, o que é muito valorizado. Somando tudo isso e os benefícios à saúde, a procura só tende a aumentar”, explica o CEO do JAH, Rafael Corte.

Além do Brasil, o açaí já está presente também nos Estados Unidos, México, Austrália, Japão, Tailândia, Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália e outros países europeus. A pequena escala no exterior abre margem para exploração do mercado internacional. No JAH, a marca usa como estudo a loja alemã, de modo a entender o comportamento de consumo dos estrangeiros, a fim de planejar as próximas inaugurações. “São culturas gastronômicas muito diferentes da nossa, mas isto não é empecilho, é oportunidade. Estes mercados estrangeiros estão longe da saturação e ainda têm muito a explorarmos. A globalização do açaí é uma tendência sem retorno”, finaliza Corte.

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