Casa própria: como se planejar para entrar em um consórcio imobiliário?
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 22 de outubro de 2025
É preciso se preparar para as parcelas, taxas de administração e fundo de reserva, que podem influenciar no valor final
Os brasileiros estão optando por outras modalidades de compra para adquirir um bem de alto valor, como casa, carro ou até serviços, sem recorrer aos juros elevados do financiamento. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), em 2025 foram contabilizados 2,45 milhões de consórcios de imóveis, um crescimento de 31% comparado com 2024. Mas, antes de assinar o contrato, é preciso planejamento para garantir que o investimento realmente caiba no bolso.
Cléber Gomes, CEO e sócio- fundador da Maestria, empresa especializada em consórcio e produtos financeiros, explica que o crescimento está ligado à busca por alternativas ao crédito tradicional, especialmente em períodos de instabilidade econômica.
“Ao ser contemplado, a carta de crédito permite a compra de casas, apartamentos, terrenos ou até construção e reforma, conforme as regras da administradora. Mas vale lembrar que o consórcio não é solução imediata, mas sim um planejamento de médio a longo prazo”, diz o CEO da Maestria.
Um dos primeiros passos antes de fechar um contrato é avaliar a capacidade financeira mensal. A carta de crédito escolhida precisa estar alinhada ao orçamento, considerando não apenas a parcela, mas também taxas de administração e fundo de reserva, que podem influenciar no valor final.
Outro ponto importante é analisar o prazo do grupo. Quanto maior o prazo, menores costumam ser as parcelas, mas o tempo até a contemplação pode se estender. Há também a possibilidade de ofertar lances, que aumentam as chances de antecipar a carta de crédito, algo que deve ser calculado previamente para não comprometer a saúde financeira.
“O consórcio funciona como uma poupança programada. É preciso disciplina para manter os pagamentos em dia e ter uma boa organização financeira, até mesmo para dar lances e antecipar essa contemplação. Inclusive, é possível usar o FGTS nesse processo”, explica Cleber.
Além disso, é fundamental escolher uma administradora autorizada e fiscalizada pelo Banco Central, o que garante mais segurança jurídica ao contrato. A leitura atenta das cláusulas, especialmente as que tratam de desistência e inadimplência, ajuda a evitar surpresas.
“Evite imprevistos ao longo do caminho e em caso de dúvidas contratuais, busque orientação com um consultor financeiro ou advogado”, alerta o especialista.
O consórcio imobiliário pode ser uma excelente estratégia de aquisição para quem se prepara para ele, tem disciplina financeira e paciência. Mais acessível que o financiamento, ele exige planejamento e entendimento das regras para evitar frustrações.
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