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Dia Sem Carro: Entenda os benefícios da economia compartilhada

Dia Sem Carro: Entenda os benefícios da economia compartilhada

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 21 de setembro de 2021

Por Agência 99

Para estimular uma reflexão sobre o uso excessivo e propor uma mudança na dependência do automóvel particular, foi instituído o 22 de setembro como o Dia Mundial Sem Carro. Criada na França, a data é lembrada internacionalmente por instituições e organizações sociais por conta do incentivo a meios alternativos de locomoção.

Essa relação com o veículo particular, aliás, sofreu uma transformação durante a pandemia do coronavírus, desde março de 2020. Em home office, muitos deixaram o carro na garagem por longos períodos. Certamente, essa situação contribuiu para uma reflexão sobre a importância da economia compartilhada na mobilidade, assim como a necessidade de diversificação.

O estudo Mobility Futures 2021: The Next Normal, realizado pela consultoria Kantar, explorou o comportamento das pessoas e atitudes em relação a viagens e mobilidade. Segundo o levantamento, caminhar lidera o ranking das modalidades que mais ganharam popularidade no mundo após a chegada do novo coronavírus. Tanto que a ação marcou 78 pontos de satisfação em 100.

O aumento mais notável foi registrado na Europa, região em que houve um incremento de 4,8% na comparação entre 2019 e 2020. Ainda de acordo com a pesquisa, o uso de bicicletas e patinetes também apresentou alta de 3% ao redor do planeta.

Fundadora e pesquisadora do Instituto de Pesquisa em Mobilidade Urbana (IPMU), Glaucia Pereira afirma que é fundamental haver um equilíbrio entre os transportes, a sociedade e o meio ambiente. “(Ter equilíbrio entre os transportes) é importante porque hoje em dia o setor é responsável pela emissão da maior parte dos poluentes nas cidades”, explica.

A pesquisadora defende formas alternativas e coletivas. “Na verdade, o que precisa haver, então, é um incentivo maior ao transporte sustentável como ônibus, a pé e bicicleta porque pedestres e ciclistas emitem zero poluentes e o transporte coletivo emite menos”.

Carros vs app

 

A economia compartilhada também se faz presente nesse processo de mudanças benéficas para democratizar a mobilidade e também para preservar o meio ambiente. Certamente, as facilidades encontradas nos carros por aplicativos retiraram das ruas muitos automóveis. Os números comprovam essa afirmação. Isso porque 85% das viagens da 99 são compostas por deslocamentos que antes eram feitos por modais privados, especialmente com os carros próprios. Levantamento também registrou redução 420 mil vagas (-3,3%) na demanda por espaços em estacionamento na região metropolitana de São Paulo.

Encomendada pela 99, pesquisa Datafolha demonstra que 68% das pessoas acreditam que a existência de carros por aplicativo diminui a necessidade de possuir um veículo próprio.

Sobre as soluções que essas pessoas esperam para o futuro do deslocamento das cidades, 86% apostam no uso do transporte coletivo ou compartilhado como incentivo à melhora. Como alternativa aos congestionamentos, 79% afirmam que deveria haver mais incentivo ao transporte combinado, com o uso de dois ou mais meios de locomoção.

Ainda de acordo com o Datafolha, quem mais usa o transporte por aplicativo é a classe C. 31% começaram a usar carro por app na pandemia e 75% dizem que vão manter esse hábito.

O levantamento ouviu moradores de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador. Para a pesquisa, o Datafolha ouviu 1.510 pessoas com 18 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas. A margem de erro máxima é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.

Segundo Glaucia Pereira, apesar de tanto os carros por aplicativo quanto os privados emitirem a mesma quantidade de poluentes, há uma vantagem quando o assunto é o uso do automóvel como um todo.

“O que acontece é que quando a pessoa não possui um automóvel é provável que ela racionalize mais as viagens que faz por carros por aplicativos, fazendo somente os deslocamentos necessários por este modo. Dessa forma, reduz o uso do automóvel como um todo”, explica.

Opções

Ainda de acordo com Glaucia Pereira, as bicicletas compartilhadas também são boas alternativas de lazer e de locomoção. “Essa opção apresenta a facilidade e a flexibilidade da pessoa não precisar ter o próprio veículo. Sendo assim, ela pode complementar as pernas da viagem ou fazer a viagem inteira ao trabalho, por exemplo”.

Um alerta importante é sobre a utilização do carro particular em pequenos trajetos. Apesar da comodidade, a prática, com o tempo, pode levar ao sedentarismo – além de prejudicial ao meio ambiente. Por isso, para chegar a lugares que não demandem muito tempo de locomoção, vale apostar na boa e velha caminhada.

Cidadania e meio ambiente

Falando em preservação do meio ambiente e mobilidade urbana, é impossível ignorar o uso de veículos sustentáveis – como as bikes e scooters elétricas. “Com veículos elétricos, dá para ir de um canto ao outro da cidade com muita autonomia, praticidade e conforto, sem deixar de lado a preocupação com o ar que respiramos. Ou seja: só vantagens”, explica Mauricio Somlo, da Elemovi.
Por mera comodidade, algumas vezes as pessoas não avaliam a importância da democratização na mobilidade e na relevância da economia compartilhada para a sociedade.
Ir de bicicleta até uma estação de metrô, pegar uma carona, dividir um carro por app até um local próximo do transporte mais rápido, são possibilidades. Aliás, existem aplicativos que ajudam na escolha. Sem contar que doses diárias de sol ajudam a manter os bons níveis de vitamina D.
Por fim, é preciso lembrar que viver sem um automóvel particular não significa ignorar a sua existência. Em uma viagem de final de semana, férias, dias chuvosos, para fazer compras ou nos deslocamentos do dia a dia, por exemplo, os carros por aplicativos saem mais em conta do que ter um veículo próprio.

 

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