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Pequenos gestos fazem a diferença na segurança no transporte público

Pequenos gestos fazem a diferença na segurança no transporte público

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 11 de dezembro de 2020

Por Agência 99

 

Além dos métodos de combate à criminalidade, o debate sobre segurança pública no Brasil envolve diversos outros fatores, com questões sociais, legais e até mesmo políticas. A sensação de insegurança está presente em diversas situações do dia a dia, tanto em Goiânia quanto em qualquer outra cidade do Brasil. Mesmo durante a pandemia, centros comerciais seguem lotados para as compras de Natal. Como não se preocupar com possíveis roubos em meio à aglomeração? Ou ao caminhar sozinho na rua à noite após um longo dia de trabalho? O mesmo acontece no transporte coletivo ou compartilhado.
O poder público é o principal ator nesta história. Afinal, é responsável pelo planejamento, investimento e implantação de ações para proteger os cidadãos. Por sua vez, as empresas contribuem, até mesmo, com soluções tecnológicas para inibir possível ação de criminosos e também facilitar a identificação de suspeitos. Entretanto, é possível adotar pequenas ações para evitar situações de risco, aproveitando até mesmo os recursos tecnológicos disponíveis. Afinal, segurança é uma preocupação de todos.

Poder público

Em Goiânia, 52 mil pessoas em média acessam diariamente os 11 terminais do Eixo Anhanguera, um corredor de transporte com 21,6 quilômetros de extensão que corta a cidade de leste a oeste com um sistema de ônibus de trânsito rápido, conhecido pela sigla BRT, do inglês bus rapid transit. O sistema criado para facilitar o deslocamento de moradores também atraiu criminosos, por conta da grande quantidade de pessoas reunidas. Por isso, além das câmeras e da central de monitoramento, foi criado o Batalhão de Terminal, facilitando a atuação da polícia militar. “A chegada do policiamento trouxe resultados por eliminar ocorrências de furto, roubo nas plataformas, oferecendo segurança diária a um grande fluxo de pessoas”, afirma o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Benjamin Kennedy Machado da Costa.
Criado em 2018, o batalhão conseguiu reduzir entre 70% e 80% o número de ocorrências no primeiro e no segundo ano de atuação. Pesquisa realizada entre os usuários do terminal demonstrou ainda que 92% aprovaram a implantação do serviço. Comandante do batalhão, o tenente-coronel Daniel Freire explica que o trabalho da polícia militar acontece tanto nas plataformas quanto no próprio corredor de ônibus, com a circulação de viaturas. Além disso, os veículos possuem o chamado “botão do pânico”. Quando o dispositivo é acionado, a localização do veículo ocorre por GPS, agilizando o deslocamento da viatura mais próxima.
Mesmo com a grande redução no número de ocorrências, algumas quadrilhas ainda tentam furtar pessoas nos terminais. Segundo Freire, são pessoas que seguem um modo de atuação semelhante: um integrante esbarra na vítima, outro pega o objeto desejado e, na sequência, passa para uma terceira pessoa, em uma ação rápida e orquestrada. “Algumas vítimas só percebem o problema quando chegam em casa ou no trabalho”. Além de incentivar a denúncia, Freire recomenda a todos muita atenção quando em aglomerações, protegendo bolsas e evitando deixar expostos determinados objetos. “A dica é simples: cuidado com os seus pertences”.

Iniciativa privada

Por sua vez, as empresas de transporte compartilhado também investem em ações protetivas e, consequentemente, em tecnologia para proteger tanto motoristas quanto passageiros. Na 99, a inteligência artificial é utilizada para mapear e evitar riscos antes das corridas. Além disso, existem outras ferramentas, como: câmeras de segurança, gravação de áudio, rastreador de comentários, monitoramento da corrida via GPS e uma central telefônica 24h para emergências. As novidades são desenvolvidas por uma equipe com mais de 150 especialistas em tecnologia, engenharia, psicologia e segurança pública, que atuam em conjunto com outras centenas de colaboradores no Brasil, China e Estados Unidos.
Como resultado, mais de 99,99% das corridas realizadas na 99 se encerram em segurança. Em Goiânia, por exemplo, houve redução de 16% dos casos graves por milhão de corridas, no período de janeiro a setembro deste ano. A plataforma registrou também queda de 23% no número de ocorrências, por milhão de corridas, no primeiro semestre de 2020. Aliás, sete de cada 10 ocorrências são agressões verbais, casos que poderiam ser evitados caso o respeito houvesse prevalecido.
Ferramentas à disposição não faltam. O melhor aproveitamento, porém, depende de pequenos gestos. O compartilhamento da rota, por exemplo. No app é possível enviar o itinerário facilmente para um amigo ou familiar. Entretanto, é preciso a ação do passageiro. O usuário também consegue ligar automaticamente para o 190 em caso de necessidade. Enquanto espera a chegada do motorista, é possível também verificar informações como: avaliação, foto de perfil, número de corridas, verificação de antecedentes criminais, CNH verificada, foto com CNH e o reconhecimento facial.

Dicas da especialista

Coordenadora e professora do curso de Segurança Pública do Centro Universitário de Goiás (UniGoiás), Ana Cândida Franco de Oliveira explica que segurança é também responsabilidade de cada cidadão. “É imprescindível que todos tenhamos o mínimo de conhecimento e atenção com a nossa proteção”. Por isso, ela acredita na adoção de algumas medidas básicas que podem fazer a diferença no dia a dia.
Com relação ao transporte por app, Ana destaca a importância de compartilhar o itinerário. Além disso, recomenda ficar atento à abordagem do veículo, verificando principalmente a placa e pontuação do motorista. “Confira a foto no app antes de entrar no carro”. Durante o percurso, fique atento ao caminho. “Se estiver sozinho, ligue para um parente e avise em quanto tempo deverá chegar”.
Já no ponto de ônibus, a dica é seguir um conselho muito dito entre os mais velhos: não converse com estranhos. Ana indica ainda evitar utilizar equipamentos eletrônicos, como celular e tablet. “Fique atento às pessoas e aos movimentos e utilize trajes discretos”. Mochilas e bolsas devem ficar também o tempo todo na frente do corpo, tanto no ponto quanto dentro do ônibus. “Atenção redobrada com estranhos, principalmente se estiver em um local mais distante, com pouco movimento”.

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