BHP que reduzir em 30% as emissões de carbono até 2030 e zerá-las até 2050, afirma presidente da companhia
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 23 de outubro de 2025
Segundo Emir Calluf, não há mais espaço para uma mineração que não atua junto à sociedade, que não inclua as comunidades e os governos, para encontrar as melhores soluções.
O futuro da mineração global e seu papel crucial na transição energética foram os temas centrais da participação de Emir Calluf, presidente da BHP, no 2º Invest Mining 2025, realizado ontem (22/10) em São Paulo. Em um painel de abertura focado na “mineração na transição energética”, o executivo enfatizou a necessidade de “investimentos pesados” e uma mudança de paradigma na atuação do setor.
Calluf destacou que a tendência de descarbonização global irá gerar uma demanda massiva por energia, o que, por sua vez, impulsionará a procura por minerais críticos, como cobre, minério de ferro e potássio. “Como suprir isso? Teremos que estar preparados, com investimentos pesados, não só na infra energética, mas nos minerais que a suportam,” afirmou.
O executivo da BHP citou o cobre como um exemplo de mineral sob pressão. Estimando que a demanda pelo metal – essencial para baterias de carros elétricos, painéis solares, usinas eólicas e, crescentemente, data centers de Inteligência Artificial – irá dobrar até 2050, Calluf levantou o desafio: “Como entregar essa oferta?”. Ele ressaltou que a tarefa é complexa, dada a escassez de água, a complexidade dos licenciamentos ambientais e a tendência de teores cada vez menores nas novas descobertas.

Estratégia e Sustentabilidade
Ele detalhou a estratégia da BHP, que mantém o minério de ferro como um pilar importante, reconhecendo o Brasil como um “campeão mundial” em qualidade e quantidade. No entanto, o foco em sustentabilidade foi o ponto de maior destaque.
De acordo com ele, a BHP possui metas claras de sustentabilidade, visando reduzir em 30% as emissões de carbono até 2030 e zerá-las até 2050. Calluf sublinhou que, em um mercado onde a produção de minério de ferro e carvão para siderurgia é responsável por 7% a 9% das emissões globais de gases de efeito estufa, toda a indústria precisa trabalhar em conjunto para mitigar esses impactos.
Outro ponto de investimento estratégico é o potássio, fundamental para a segurança alimentar. Calluf mencionou o investimento de US$ 10 milhões em uma das maiores minas de potássio do mundo no Canadá, que utilizará tecnologia de última geração para consumir 60% menos água que as minas tradicionais.
Benefício para todos
Na conclusão de sua fala, o presidente da BHP foi categórico ao defender um novo modelo de atuação para o setor. Ele afirmou que a mineração é um setor de longo prazo, citando o trabalho da BHP em descarbonização ao longo da última década.
“Não há mais espaço para uma mineração que não atua junto à sociedade, que não inclua as comunidades e os governos, para encontrar as melhores soluções possíveis para a sociedade. A mineração tem que ser uma atividade que beneficia a todos,” concluiu Emir Calluf.
A mensagem final do presidente da BHP no Invest Mining 2025 é um chamado à responsabilidade e à inovação, posicionando a mineração não apenas como extratora de recursos, mas como um agente estratégico e sustentável para o futuro energético global.
O tema central da segunda edição do evento destacou “A importância econômica da mineração no cenário de transição energética”. A programação do evento contemplou uma série de painéis que abordaram o desenvolvimento das cadeias de minerais críticos no país, os projetos estratégicos em andamento, os desafios para implantação de empreendimentos e os mecanismos disponíveis de financiamento voltados ao setor mineral. Também serão debatidas soluções para alavancar o papel do Brasil na produção e fornecimento de minerais essenciais à nova economia de baixo carbono.
O Invest Mining Summit 2025 tem o patrocínio de empresas e entidades de destaque no cenário mineral e financeiro, entre elas: BHP, Itaú BBA, Vale, Geosol, Frontera Minerals, Meteoric Resources, Alvarez & Marsal, Lefosse Advogados, MGLIT, GE21 Consultoria Mineral, Ígnea Geologia e Meio Ambiente, Ore Mining Investments, Viridis, Mining Minerals, Tozzini Freire Advogados, XP Investimentos e Prisma Capital.
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