Axía destaca desafios e oportunidades em minerais críticos durante encontro de geologia
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 12 de dezembro de 2025
Diretor-executivo Leonardo Prudente enfatizou integração com universidades, inovação em geofísica e projetos estratégicos em cobre, grafita, terras raras e ouro.
A Associação de Geólogos de Goiás (Agego) reuniu profissionais e pesquisadores em Goiânia, no dia 5 de dezembro, para debater os rumos dos minerais críticos no Brasil. Entre os destaques do evento, o diretor-executivo da Axía Mineração, Leonardo Prudente, apresentou a visão da empresa sobre gestão, inovação e o avanço de projetos considerados essenciais para a transição energética.
Prudente reforçou a importância da aproximação entre empresas e universidades, apontou a necessidade de novos modelos de gestão e detalhou iniciativas da Axía em cobre, ouro, grafita e terras raras, incluindo pesquisas conduzidas com apoio de professores e laboratórios da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Universidade de Brasília (UnB).
Ao tratar da relevância desses projetos no cenário global, ele explicou que não há uma padronização internacional sobre o que define um mineral crítico. Segundo Prudente, cada país formula sua própria lista com base nas necessidades industriais, na segurança energética e no grau de dependência de fornecedores externos.
Ele explicou que essa variação ocorre porque a demanda tecnológica e as vulnerabilidades econômicas mudam de acordo com o contexto de cada nação. Assim, um mineral pode ser considerado estratégico em um país, mas crítico em outro, a depender da importância econômica e da capacidade local de produção.
Para ilustrar essa diferença, Prudente citou o exemplo do nióbio. “O nióbio, para nós, não é crítico: é estratégico”, afirmou. Já para outros países, o mineral aparece como crítico “porque a maior parte da produção está no Brasil”, o que gera dependência e risco de abastecimento.
Unir gestão mineral à academia
Prudente sintetizou que o avanço da Axía se apoia tanto na inovação quanto no planejamento operacional. “É um modelo de gestão que tem metas, tem prazo, tem orçamento, tem começo, meio e fim”, afirmou, destacando a ligação entre organização interna e resultados eficientes.

Ele também ressaltou que o setor mineral precisa reorganizar seus métodos para ganhar competitividade e reduzir o distanciamento histórico entre empresas e instituições científicas no país. Para o executivo, ainda faltam estruturas de cooperação mais consistentes. “Não vejo as empresas júnior em convênios e parcerias com universidades”, observou, defendendo a adoção de modelos de gestão mais sólidos
Segundo Prudente, a Axía tem buscado superar essa lacuna por meio de parcerias acadêmicas e aproximando seus projetos da pesquisa científica. Ele destacou que, no exterior, a integração é muito mais estruturada. “A gente vê fora do Brasil, principalmente nos Estados Unidos e no Canadá, como as empresas se conectam com a academia”, disse, ao apontar que o setor brasileiro ainda avança lentamente nesse processo.
A cooperação com universidades já rendeu frutos diretos para a Axía, que ampliou a formação de novos profissionais e fortaleceu a base técnica de seus projetos. Graças ao convênio firmado com a UFG e a UnB, estudantes envolvidos em pesquisas e trabalhos de conclusão de curso obtiveram bolsas, estágios e passaram a integrar a equipe de geólogos da empresa.
“A universidade tem agregado muito valor nesse trabalho que nós estamos fazendo”, afirmou o executivo. Ele acrescentou que a aquisição geofísica segue padrões internacionais, com apoio de pesquisadores experientes e especialistas na integração de dados, garantindo um diferencial técnico às operações.
Além das parcerias brasileiras, a Axía avança nas negociações para firmar, em 2026, um convênio de cooperação técnica com a Universidade Paris-Saclay, na França. A iniciativa aproxima a empresa de um dos ecossistemas de inovação mais avançados do mundo, por meio do Plugin Lab, que integra centros europeus de pesquisa. O espaço da Paris-Saclay reúne 65 mil estudantes, 16 mil pesquisadores, 305 laboratórios e figura como a 13ª melhor universidade global no ranking ARWU Shanghai 2025, com produção anual de 350 patentes e 10.500 publicações científicas.
Projetos em minerais críticos
Prudente apresentou o atual portfólio da Axía, composto por 22 áreas distribuídas entre Goiás e Tocantins. Segundo ele, os projetos estão focados exclusivamente em minerais críticos e estratégicos, além de ouro, refletindo a prioridade da empresa em setores de maior demanda tecnológica.

Ao detalhar essas frentes de pesquisa, Prudente destacou que todas estão alinhadas às necessidades globais da transição energética. “O projeto de Bom Jardim é de cobre, com ouro e cobalto associados”, explicou, apontando-o como um dos mais adiantados.
Em Niquelândia, o projeto de ouro tem estimativas robustas. “Estamos com reservas da ordem de 4 a 5 toneladas de ouro contido”, disse, indicando o avanço significativo da pesquisa mineral na região.
Em Tocantins, a Axía desenvolve projetos de terras raras em Jaú. “Temos terras raras leves como neodímio e praseodímio, e pesadas como térbio e ítrio”, afirmou, destacando o alto valor comercial desses elementos na cadeia tecnológica global.
A região também abriga o projeto de grafita, que apresenta altos teores de carbono. “Os teores variam entre 6% e 26%, com boas extensões e potencial para uma reserva interessante”, disse, reforçando a importância estratégica do mineral para baterias e eletromobilidade.
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