Agência Minera Brasil
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 31 de janeiro de 2024
Estudo divulgado prevê um valor presente líquido pós-impostos de cerca de US$ 1,2 bilhão e uma taxa de retorno de 29%, com US$ 576 milhões em investimentos.
Warley Pereira
A Aclara Resources apresentou resultados promissores de uma Avaliação Econômica Preliminar (PEA) realizada no projeto de terras raras de argila iônica, o Módulo Carina, localizado em Nova Roma, no nordeste goiano. O PEA destaca um Valor Presente Líquido (VPL) após impostos de aproximadamente US$ 1,2 bilhão, usando uma taxa de desconto de 8%. A taxa interna de retorno (TIR) ao longo dos 17 anos de vida da mina é de impressionantes 29%, com custos iniciais de capital de US$ 576 milhões e um rápido retorno de 3,6 anos.
Receita líquida média anual de US$ 474 milhões
A Aclara prevê uma receita líquida média anual de US$ 474 milhões e um EBITDA* (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 340 milhões, acompanhados por um baixo custo médio de produção, de US$ 13,1 por tonelada. A previsão é de que o Módulo Carina contribua significativamente para o mercado de terras raras, com uma produção média anual de 208 toneladas de disprósio e térbio (DyTb) e 1.190 toneladas de neodímio e praseodímio (NdPr).
A concentração de carbonato misto de REEs (Rare Earth Elements – Elementos de Terras Raras, produto que será gerado na planta de produção – Carbonato Misto de Elementos de Terras Raras) é de impressionantes 91,9%, com um teor muito elevado de DyTb (4,7%) e NdPr (26,4%), o que facilita a separação e as recuperações posteriores.
Baixo consumo de energia
A Aclara também está focada em práticas ecológicas, com um processo que evita explosivos e moagem, reaproveita aproximadamente 95% da água utilizada e usa um fertilizante comum como reagente principal. A pegada de CO2 é mínima, apoiada pelo baixo consumo de energia e uma alta porcentagem de energia renovável dentro da rede elétrica do Estado de Goiás.
A planta-piloto, atualmente em operação, reduz os riscos de recuperação metalúrgica. O Estado de Goiás aprovou totalmente outro produtor de REE de argila iônica, estabelecendo um precedente positivo para a concessão de licenças. Entretanto, está em curso uma campanha de perfuração para aumentar os recursos minerais, tendo sido identificadas otimizações metalúrgicas.
“Como uma empresa comprometida em causar um impacto duradouro no mercado de terras raras, nosso foco estratégico em sustentabilidade e produção responsável se alinha com o sucesso visto no projeto PEA”, disse o CEO da Aclara, Ramón Barúa, em comunicado.
“Reconhecemos a importância de minimizar o impacto ambiental. O desenho do projeto enfatiza práticas amigas do ambiente, evitando explosivos e moagem, maximizando a reutilização de água e empregando um fertilizante (sulfato de amônia, amplamente utilizado na agricultura como repositor de nitrogênio e enxofre para o solo) comum como reagente principal.
comissionamento estimado para 2029
“Com o comissionamento estimado para 2029, estamos confiantes de que o projeto desempenhará um papel fundamental para atender à crescente demanda por terras raras de alta qualidade, solidificando ainda mais nossa posição como um fornecedor-chave desses elementos críticos.”
Nos próximos meses, a Aclara planeja avançar o Módulo Carina por meio de uma série de etapas estratégicas. No primeiro trimestre de 2024, a empresa pretende produzir amostras de carbonato REE processando argilas iônicas em sua planta piloto localizada no Chile. Simultaneamente, serão iniciados estudos ambientais de base, radiográficos, arqueológicos, espeleológicos e hidrogeológicos para recolher dados essenciais.
No segundo trimestre de 2024, a Aclara planeia dar início a um estudo de pré-viabilidade, lançando as bases para uma avaliação abrangente do projeto. Além disso, a empresa pretende concluir uma campanha de perfuração de circulação reversa de 9.090 metros durante o mesmo período.
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