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Sustentabilidade e igualdade: o legado de Paris 2024

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 5 de agosto de 2024

Por Samanta Vicentini.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, prestes a fazer história como os primeiros a alcançar a paridade de gênero, também estão na vanguarda das iniciativas de sustentabilidade. A integração de práticas sustentáveis com a promoção da igualdade de gênero em Paris 2024 pode e deve servir de modelo para futuras edições dos Jogos e outros eventos esportivos globais, demonstrando um compromisso significativo com um futuro mais inclusivo e ecologicamente responsável.

A organização dos Jogos de Paris 2024 está comprometida com a sustentabilidade de diversas formas. Eles prometeram um evento com baixo impacto ambiental, utilizando instalações existentes e temporárias para minimizar a necessidade de novas construções. Em comparação com edições anteriores, isso representa uma inovação significativa. Por exemplo, nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, apenas 20% das instalações eram temporárias ou reutilizadas, enquanto em Londres 2012 esse número aumentou para cerca de 50%. Paris 2024 planeja que aproximadamente 95% das instalações sejam temporárias ou reutilizadas, reduzindo drasticamente a necessidade de novas construções e, consequentemente, o impacto ambiental associado.

Além disso, Paris 2024 planeja reduzir a pegada de carbono dos Jogos em 50% em comparação com as edições anteriores. Para colocar isso em perspectiva, os Jogos Olímpicos de Londres 2012, considerados um marco em termos de sustentabilidade, conseguiram uma redução de aproximadamente 28% na pegada de carbono em relação aos Jogos de Pequim 2008. A meta de Paris 2024 é, portanto, consideravelmente mais ambiciosa, buscando alinhar-se com os compromissos do Acordo de Paris e a neutralidade de carbono até 2050.

A paridade de gênero, uma realidade em Paris 2024 pela primeira vez na história, inclui um número igual de eventos masculinos e femininos, com 50% das competições destinadas a atletas de ambos os sexos. Comparando com edições anteriores, os Jogos Olímpicos de Londres 2012 tiveram 44% de participação feminina, enquanto no Rio 2016 esse número aumentou para 45%. Atingir 50% em Paris 2024 representa um marco significativo na história dos Jogos Olímpicos.

Essa abordagem não apenas promove a inclusão, mas também destaca a interseção entre sustentabilidade e igualdade de gênero. Segundo dados da ONU, alcançar a igualdade de gênero é crucial para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que incluem a redução das desigualdades e o combate às mudanças climáticas. Estatísticas mostram que países com maior igualdade de gênero têm maior probabilidade de adotar políticas ambientais mais rigorosas e eficientes.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 já haviam dado passos significativos em direção à sustentabilidade. Por exemplo, as medalhas foram fabricadas a partir de metais reciclados de eletrônicos descartados, e a Vila Olímpica foi construída com madeira sustentável, que será reaproveitada após os Jogos. Paris 2024 pretende ir além, com um plano para que 100% da energia utilizada nos Jogos seja proveniente de fontes renováveis, como solar e eólica. Além disso, a organização se comprometeu a um rigoroso plano de gerenciamento de resíduos, visando reciclar ou reutilizar pelo menos 70% dos resíduos gerados durante o evento.

A longo prazo, a integração de práticas sustentáveis e a promoção da igualdade de gênero em eventos globais como os Jogos Olímpicos pode gerar um impacto duradouro. Esses esforços têm o potencial de inspirar outras organizações e eventos a adotarem práticas semelhantes. Por exemplo, o impacto positivo de iniciativas sustentáveis nos Jogos Olímpicos pode influenciar ligas esportivas profissionais e outros grandes eventos a seguir o mesmo caminho, contribuindo para um futuro mais sustentável e igualitário.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, de fato, estão estabelecendo novos padrões em termos de sustentabilidade e igualdade de gênero. Essas iniciativas refletem não apenas o compromisso do Comitê Olímpico Internacional (COI) com um mundo mais inclusivo e sustentável, mas também servem de exemplo inspirador para futuros eventos esportivos globais. A combinação de práticas sustentáveis com a promoção da igualdade de gênero é um passo essencial para construir um futuro mais justo e ecologicamente consciente. Com metas ambiciosas e um compromisso claro, Paris 2024 não só promete fazer história, mas também pavimentar o caminho para uma nova era de responsabilidade ambiental e social no esporte global.

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Samanta Vicentini é uma mulher que conquistou seu espaço no futebol. Quebrou barreiras, superou o machismo e luta por igualdade no esporte que ama. Inspirada por líderes mulheres, ergue sua voz contra o tabu e defende um futuro onde a paixão pelo futebol não tem gênero. Linkedin: https://www.linkedin.com/savicentini/

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