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O MEDICAMENTO GLP-1 LIRAGLUTIDA PODE PROTEGER CONTRA DEMÊNCIA
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 1 de agosto de 2024
PR NEWSWIRE
- Um agonista do GLP-1 ? a classe de medicamentos que comprovadamente ajuda no tratamento de diabetes e perda de peso, além de reduzir o risco de doenças cardíacas ? também pode proteger o cérebro.
- Em um estudo de Fase 2b, o liraglutida parece reduzir o encolhimento nas partes do cérebro que controlam a memória, o aprendizado, a linguagem e a tomada de decisões em quase 50% em comparação ao placebo.
FILADÉLFIA, 1 de agosto de 2024 /PRNewswire/ — Um medicamento peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) parece retardar o declínio cognitivo ao proteger o cérebro, conforme dados de ensaios clínicos de Fase 2b relatados hoje na Alzheimer’s Association International Conference® (AAIC®) 2024, na Filadélfia e on-line.
Os agonistas do receptor de GLP-1, que imitam o hormônio natural peptídeo semelhante ao glucagon liberado pelo estômago após as refeições, podem ajudar as pessoas a controlar o diabetes, perder peso e diminuir o risco de doenças cardíacas, derrames e doenças renais. Pesquisas em modelos animais da doença de Alzheimer sugerem que esses medicamento podem ter efeitos neuroprotetores, reduzir as formas iniciais de amiloide, normalizar o processamento de glicose pelo cérebro e melhorar a memória e o aprendizado. O liraglutida (Novo Nordisk) provavelmente funciona por vários mecanismos no cérebro.
Esta nova pesquisa relatada na AAIC 2024 sugere que o liraglutida pode proteger os cérebros de pessoas com doença de Alzheimer leve e reduzir o declínio cognitivo em até 18% após um ano de tratamento em comparação ao placebo, retardando o encolhimento das partes do cérebro que são vitais para a memória, aprendizagem, linguagem e tomada de decisão.
“Estamos em uma era de promessa sem precedente, com novos tratamentos em vários estágios de desenvolvimento que retardam ou podem possivelmente prevenir o declínio cognitivo devido à doença de Alzheimer”, disse Maria C. Carrillo, Ph.D., diretora científica e líder de assuntos médicos da Alzheimer’s Association. “Esta pesquisa fornece esperança de que mais opções para mudar o curso da doença estão no horizonte.
“Reaproveitar medicamentos já aprovados para outras condições tem a vantagem de fornecer dados e experiência de pesquisas anteriores e uso prático ? por isso já sabemos muito sobre a eficácia do mundo real em outras doenças e efeitos colaterais”, acrescentou Carrillo.
O programa de bolsas de pesquisa Part the Cloud da Alzheimer’s Association investiu mais de US$ 82 milhões para promover 68 ensaios clínicos, visando uma variedade de compostos, incluindo medicamentos reaproveitados, abordando aspectos conhecidos e potencialmente novos da doença.
O estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo intitulado Evaluating the Effects of the Novel GLP-1 Analogue Liraglutide in Alzheimer’s Disease (Avaliação dos Efeitos do Novo Análogo de GLP-1 Liraglutida na Doença de Alzheimer) (ELAD), liderado pelo Prof. Paul Edison, M.D., Ph.D., professor de ciências do Imperial College London, incluiu 204 pacientes com doença de Alzheimer leve atendidos em 24 clínicas em todo o Reino Unido. Cada um recebeu uma injeção subcutânea diária durante um ano: metade (102) recebeu até 1,8 mg de liraglutida e metade (102) recebeu um placebo. Antes do início do estudo, todos os pacientes fizeram ressonância magnética (RM) para avaliar a estrutura e os volumes cerebrais, exames PET de metabolismo de glicose e testes detalhados de memória. Eles foram repetidos no final do estudo com visitas regulares de segurança.
O desfecho primário do estudo foi a mudança na taxa metabólica de glicose cerebral nas regiões corticais do cérebro (hipocampo, lobo temporal medial e cingulado posterior), que não foi atingido. No entanto, o desfecho secundário de mudança nas pontuações para medidas clínicas e cognitivas e o desfecho exploratório do volume cerebral mostraram benefício estatisticamente significativo.
“A perda mais lenta do volume cerebral sugere que o liraglutida protege o cérebro, assim como as estatinas protegem o coração”, disse o Dr. Edison. “Embora mais pesquisas sejam necessárias, o liraglutida pode funcionar através de vários mecanismos, como reduzir a inflamação no cérebro, diminuir a resistência à insulina e os efeitos tóxicos dos biomarcadores de Alzheimer beta-amiloide e tau, e melhorar a forma como as células nervosas do cérebro se comunicam.”
Edison acrescentou que aqueles no estudo que receberam liraglutida tiveram quase 50% menos perda de volume em várias áreas do cérebro, incluindo frontal, temporal, parietal e massa cinzenta total, conforme medido por RM. Essas áreas são responsáveis por uma variedade de funções fundamentais que muitas vezes são afetadas pela doença de Alzheimer, incluindo memória, linguagem e tomada de decisão.
Os pesquisadores também realizaram testes cognitivos nos pacientes ? antes do tratamento e nas semanas 24 e 52. Embora o estudo não tenha sido desenvolvido para avaliar mudanças cognitivas, os pesquisadores descobriram que os pacientes que receberam liraglutida tiveram um declínio 18% mais lento na função cognitiva em um ano em comparação com aqueles que receberam o placebo.
A função cognitiva foi calculada como uma pontuação composta de 18 testes diferentes de memória, compreensão, linguagem e orientação espacial (pontuação z ADAS EXEC). Para aqueles no estudo que completaram 52 semanas de tratamento (tratamento n=79, placebo n=87), aqueles que tomaram o medicamento viram uma desaceleração estatisticamente significativa do declínio cognitivo (p<0,01).
Problemas gastrointestinais, como náuseas, foram os efeitos colaterais mais comuns, totalizando 25,5% de todos os eventos adversos no grupo de liraglutida. Vinte e cinco efeitos colaterais graves ocorreram em 18 participantes (17,6%) no braço placebo e sete participantes (6,9%) no braço tratamento. Os efeitos colaterais mais graves foram considerados improváveis de estarem relacionados ao tratamento do estudo, disse Dr. Edison.
Bem-posicionados para testar isso ainda mais estão os estudos clínicos atuais em estágio avançado de análogos do GLP-1, vários dos quais estão em andamento. Por exemplo, o EVOKE Plus é um estudo clínico de 3 anos de semaglutida em mais de 1.800 pessoas com doença de Alzheimer precoce. Observação: duas marcas de liraglutida foram aprovadas pela U.S. Food and Drug Administration, uma para perda de peso (Saxenda) e outra para diabetes (Victoza).
Sobre a Alzheimer’s Association International Conference® (AAIC®)
A Alzheimer’s Association International Conference (AAIC) é o maior encontro mundial de pesquisadores de todo o mundo focados em Alzheimer e outras demências. Como parte do programa de pesquisa da Alzheimer’s Association, a AAIC atua como um catalisador para gerar novos conhecimentos sobre demência e promover uma comunidade de pesquisa vital e colegiada.
Página inicial da AAIC 2024:www.alz.org/aaic/
Sala de imprensa da AAIC 2024:www.alz.org/aaic/pressroom.asp
Hashtag da AAIC 2024: #AAIC24
Sobre a Alzheimer’s Association®
A Alzheimer’s Association é uma organização mundial de saúde voluntária dedicada ao tratamento, suporte e pesquisa do Alzheimer. Nossa missão é liderar o caminho para acabar com o Alzheimer e todas as outras demências ? acelerando a pesquisa global, promovendo a redução de riscos e a detecção precoce, e maximizando o tratamento e o apoio de qualidade. Our vision is a world without Alzheimer’s and all other dementia®. Acesse alz.org ou ligue para 800.272.3900.
- Paul Edison, M.D., Ph.D., et al. Evaluation of Novel GLP-1 analogue in the treatment of Alzheimer’s disease (Avaliação do Novo Análogo de GLP – 1 no Tratamento da Doença de Alzheimer). (Financiamento: Alzheimer’s Society, Reino Unido; Alzheimer’s Drug Discovery Foundation, Novo Nordisk AS, John and Lucille Van Geest Foundation, National Institute for Health, and Care Research (NIHR) Biomedical Research Centre).
*** Os comunicados à imprensa da AAIC 2024 podem conter dados atualizados que não correspondem ao relatado no resumo a seguir.
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FONTE Alzheimer’s Association
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