Agência Minera Brasil
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 1 de fevereiro de 2024
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou na quarta-feira (31/1) o Plano de Trabalho para a Aceleração da Transição Energética no Brasil com a Agência Internacional de Energia (IEA). O evento, realizado em Brasília, contou com a presença do diretor-executivo da Agência, Fatih Birol. O dirigente da entidade ressaltou a liderança e a colaboração brasileira para a transição energética mundial e destacou as oportunidades para o país com a presidência do G20.
Alexandre Silveira afirmou que o comando do Brasil no G20 dará ao país a oportunidade de liderar as demais nações com o objetivo de avançar em uma transição energética equilibrada, incluindo as pessoas e ajudando na paz mundial. Segundo o ministro, é o momento do Brasil construir pontes e reforçar as grandes parcerias nacionais e internacionais.
“Agora, na presidência do G20, daremos prioridade ao debate sobre os caminhos para acelerar essa transição energética justa, acessível e inclusiva e, se possível, obrigatória”, afirmou o ministro de Minas e Energia.
O plano orientará a cooperação e as atividades bilaterais entre a AIE e o Brasil no período 2024-2025, fortalecendo o apoio à presidência brasileira da COP30, em 2025. Ele descreve as áreas prioritárias para cooperação na área da transição energética justa e inclusiva, bem como propõe atividades incluindo workshops virtuais e presenciais, diálogos técnicos, consultas, relatórios, sessões de formação e capacitação.
“Nosso objetivo é gerar novas oportunidades para as pessoas e monetizar as iniciativas que contribuam para tornar a matriz energética do planeta mais limpa. As políticas públicas que estamos incrementando para acelerar a transição energética serão a mola propulsora da nova economia verde global”, explicou Silveira, ressaltando o trabalho do MME também para a descarbonização do setor de transportes.
“Vamos acelerar os mercados regionais e globais para os “combustíveis do futuro” (hidrogênio e biocombustíveis), com foco na descarbonização da indústria, dos transportes e da mobilidade urbana. Nós lançamos no ano passado a mais inovadora e funcional política de valoração econômica dos biocombustíveis. Teremos SAF, diesel verde, etanol de segunda geração”, afirmou.
O ministro ainda ressaltou os dois vetores principais da transição energética: a sustentabilidade, que engloba o combate aos efeitos climáticos e a salvaguarda do planeta; e o desenvolvimento econômico com frutos sociais, que trata da cadeia da nova economia, que é a economia verde.
Protagonismo brasileiro
O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, afirmou que o Brasil está entrando em um período sem precedentes da história econômica e política nos próximos dois anos. Além da presidência do G20, o país será sede da COP 30, em 2025. O diretor da entidade ainda convidou o ministro Alexandre Silveira para ser o co-líder de Comissão Global dedicada à equidade e à inclusão social como parte da transição energética.
“O tempo do Brasil chegou. O governo brasileiro está muito claro com o que está acontecendo. O Brasil tem que liderar os países emergentes na questão das energias renováveis. No G20, espero que o Brasil crie muitos mercados para isso. Temos muitos setores para descarbonizar, como o aéreo e o marítimo. O Brasil tem potencial também de minerais críticos, como o lítio e o cobalto, por exemplo”, afirmou Fatih Birol.
Antes da assinatura do Plano, o ministro Alexandre Silveira e o presidente da IEA se reuniram com presidentes e diretores das principais empresas de energia e combustíveis do país, onde foram destacados os potenciais e as políticas públicas realizadas pelo governo para atrair novos investimentos para o Brasil.
“Uma das mensagens que quero passar é em relação ao momento do Brasil, ao retornar ao palco internacional de forma muito forte. Isso será importante para os investidores no país, que tem um grande potencial energético. Vamos apoiar este ministério e o governo brasileiro para garantir que os objetivos sejam alcançados de forma muito rápida”, disse o presidente da IEA.
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