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Ações engajam na causa feminina para oferecer segurança às mulheres no transporte

Ações engajam na causa feminina para oferecer segurança às mulheres no transporte

Masha Raymers/Pexels/Agência 99

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 17 de março de 2023

Nos últimos anos, a segurança das mulheres se transformou em uma pauta cada vez mais urgente no Brasil. Dados divulgados no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por exemplo, demonstram que 2.451 casos de feminicídios foram registrados em 2021, além de 100.398 casos de estupro e estupro de vulnerável de vítimas do gênero feminino. Só no primeiro semestre de 2022, foram 699 registros de feminicídios.
Entre os diversos debates necessários envolvendo o tema estão formas de proteger as mulheres no transporte, seja ele público ou feito por meio de aplicativos. Uma pesquisa de opinião de 2022, realizada pela Rede Nossa São Paulo, em conjunto com a Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), constatou que 52% das paulistanas se sentem mais vulneráveis e correndo maior risco de assédio no transporte público. Na sequência, aparecem no levantamento as ruas (17%), seguido por bares e casas noturnas (9%).
Nesse contexto, tanto o poder público quanto o privado estão mobilizados em iniciativas para combater os diversos problemas relacionados com a segurança da mulher. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, corre o Projeto de Lei 3863/21 que tem como objetivo obrigar a administração pública a divulgar informações sobre o crime de importunação sexual em veículos e terminais de transporte coletivo e em outros lugares onde o delito é registrado com frequência. O PL aguarda a designação de delator na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Por sua vez, cidades brasileiras colocam em prática ações para preservar a segurança da mulher no transporte público. Em Santos (SP), por exemplo, a prefeitura permite que mulheres possam descer do ônibus municipal onde quiserem, todos os dias, entre 22 horas e 5 horas, dentro do trajeto. Em âmbito estadual, é possível utilizar o aplicativo SOS Mulher, disponível para Android ou IOS. As vítimas em situação de risco podem acionar a Polícia Militar apertando um botão.
Já no Rio de Janeiro, uma lei garante, desde 2017, um vagão exclusivo para mulheres nos trens e no metrô, cabendo à PM a fiscalização.

Ação positiva da iniciativa privada

Além das medidas adotadas pelo poder público, a iniciativa privada também atua para combater o problema. O aplicativo 99, por exemplo, investe em ações para promover maior segurança de suas usuárias.
A plataforma de tecnologia voltada à mobilidade urbana e conveniência, conta, por exemplo, como botão 99Mulher. Ao ativá-lo, as motoristas parceiras recebem somente chamadas de outras mulheres. Por sua vez, caso um passageiro homem utilize um perfil feminino para solicitar a corrida, a condutora pode recusar a corrida, sem sofrer sanções, e a orientação é que seja registrada denúncia. .
Outro diferencial da 99 é a utilização da tecnologia Artemis. Desenvolvida em parceria com a consultoria Think Eva, a solução conta com a Inteligência Artificial (IA) para rastrear automaticamente e identificar uma série de palavras e contextos que podem estar relacionadas a assédio deixadas nos comentários ao fim das corridas, aplicando as medidas cabíveis contra agressores e direcionando as vítimas para acolhimento e suporte.
Certamente, ainda há muito a ser feito para garantir a segurança das mulheres no transporte. Por isso, é importante que as autoridades invistamem ações de conscientização e treinamento para colaboradores, além de intensificarem a fiscalização e punição dos casos de violência contra as mulheres. Por sua vez, as empresas de transporte privado devem continuar buscando formas de promover maior segurança às usuárias. Essa união permitirá a construção de um ambiente mais igualitário, garantindo o direito de ir e vir das mulheres, com segurança e liberdade.

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