Agência 99
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 1 de fevereiro de 2022
Por Agência 99
Já imaginou faturar mais de R$ 5 mil em sete dias como motorista de aplicativo? Aliás, é possível imaginar como conquistar valores semelhantes, de forma sistemática, neste período de crise econômica em outras áreas?
Para muitos pode parecer mentira, mas Moisés de Freitas, de 28 anos, prova que é possível. Nessa missão, além de dedicação, organização e, claro, uma estratégia eficiente, são os fatores que o levam a tais ganhos. Ainda não acredita? Então conheça o “Mago da 99”.
É com esse apelido que Moises Freitas ficou conhecido em um primeiro momento em grupos de WhatsApp de condutores no Rio de Janeiro e, posteriormente, nas redes sociais. Hoje, o motorista pode ser considerado, também, um influenciador digital. Afinal, tem mais de 18 mil seguidores no Instagram e 3 mil no YouTube. Nos canais, ele divulga dicas e mostra, os comprovantes de rendimento, com o objetivo de inspirar outros motoristas e acaba com qualquer suspeita sobre a veracidade dos fatos.
Perfil empreendedor
Situação que ocorre na vida de boa parte dos brasileiros, os resultados positivos não surgiram do dia para a noite. Antes de ficar conhecido como o “Mago da 99”, Freitas precisou investir, trabalhar muito e tomar algumas decisões difíceis, substituindo as incertezas por conquistas.
Entre as escolhas, o motorista parceiro precisou abrir mão de um trabalho em regime CLT, para se dedicar em período integral à nova função. Antes disso, contrariou até mesmo a esposa e, com o dinheiro de uma demissão, deu entrada em um carro para começar a dirigir. “Se você esperar pelas condições perfeitas, nunca fará nada”, afirma.
Natural do Rio de Janeiro, o “Mago da 99” mudou a vida a partir do trabalho como motorista de aplicativo. Hoje, suas estratégias revelam uma nova forma de atuar. Usando somente a 99, empresa de tecnologia voltada à mobilidade urbana, ele chegou a fazer mais de R$ 5 mil em sete dias.
“Comecei a estudar minha forma de trabalhar. Não era só abrir o aplicativo e sair rodando. É preciso ter metas claras. Quanto ganhar por dia, quanto rodar e onde vão fazer a diferença”, diz.
Trajetória
A paixão por carros foi um dos motivadores para a guinada na carreira. O pai, proprietário de uma oficina mecânica, foi a grande referência. Desde os 15 anos, Freitas tinha vontade de dirigir e pensava em sua carteira de motorista.
Foi nessa época, também, que ele começou a trabalhar como menor aprendiz. Neste emprego, ele já demonstrava seu tino para organização e foco no futuro. Reservou o dinheiro para, aos 18 anos, tirar sua carteira de habilitação.
Quando acabou o período como menor aprendiz, ele foi contratado dentro da empresa como auxiliar administrativo terceirizado no centro do Rio de Janeiro. No entanto, a empresa perdeu o contrato e, com isso, precisou fazer cortes.
“Então, tive que procurar outros meios de trabalhar. Já estava com a minha esposa, um filho. Precisava encontrar outra coisa”, diz ele. Na época, com 21 anos, começou a trabalhar com móveis planejados, com um salário de cerca de R$ 1.200 por mês, que mal dava para as contas.
Nessa época, uma lei do Governo Federal permitiu o saque das contas inativas do FGTS. Foi quando Freitas decidiu fazer um investimento arriscado. “Peguei o dinheiro e resolvi dar entrada em um carro. Para minha surpresa, meu cadastro foi aprovado na hora e eu pude sair com o veículo. Minha esposa não aprovou, mas eu precisava de mais ganhos”, conta.
Início como motorista parceiro
Com uma parcela de mais da metade do salário, R$ 630, o carro era a única alternativa do rapaz para se livrar das dívidas. Após o cadastro ter sido aprovado em uma hora na 99, ele começou a rodar por aplicativo nos horários alternativos, finais de semana e quando não estava no emprego fixo.
No começo, o salário mal quitava as contas. “Lembro de um dia dos namorados que saí com a minha esposa com R$ 50. Era o que havia sobrado. Usamos até o mesmo bilhete de metrô para economizar na passagem”, afirma.
Com as contas caminhando para o lugar, foi a hora de testar até onde poderia ir com a sua paixão por carros. Em um dia de folga no trabalho com móveis planejados, ele atuou por oito horas como motorista com o aplicativo da 99.
A experiência serviu como um laboratório para decidir se poderia ou não abrir mão do emprego com carteira assinada. “Fiz as contas e percebi que eu precisava fazer R$ 55 por dia para poder deixar o trabalho registrado. Nesse dia, eu ganhei R$ 380 limpos na minha mão”, conta.
Faturando mais e com mais liberdade, foi a hora de deixar o trabalho e começar uma vida como autônomo. Com um acordo e o dinheiro recebido, ele fez mais: investiu em um outro carro, melhor, para alavancar seus ganhos.
Pandemia
Em 2020, já com três filhos e rodando em bairros como Centro, nas zonas Sul e Oeste do Rio de Janeiro e “trocando” ideias e estratégias de ganhos com outros motoristas em grupos de WhatsApp, ele já chamava a atenção por conta do seu desempenho.
Quando tudo estava caminhando bem, surgiu o coronavírus. E, com ele, as medidas preventivas e as restrições de circulação. Para os motoristas de aplicativo foi um balde de água fria.
Mesmo com as preocupações, Freitas não desanimou. “Entrou a pandemia e eu fiquei uns 15 dias estudando novas formas de trabalhar. Precisava mudar minha estratégia para conseguir ganhar o que ganhava antes”, conta.
Após perceber que ainda conseguiria recuperar o dinheiro que fazia antes, ele começou a colocar em prática a sua nova estratégia. “Fiz tipo um ponto perto de casa, em locais com grande movimentação. Olhava os horários de comércio, que as pessoas iam trabalhar. Chegava a fazer umas 40 corridas por dia”, lembra.
Animado, começou a postar os rendimentos e a motivar os demais motoristas em grupos de WhatsApp. Com isso, surgiu o apelido. “As pessoas falavam: isso aí é um mago da 99, não é possível”, destaca.
Sucesso nas redes sociais
O apelido pegou. E, para ajudar cada vez mais pessoas, Freitas criou um canal no Instagram e, posteriormente, no YouTube, onde dá dicas para os motoristas conseguirem aumentar a renda.
Com o profissionalismo e o sucesso, o Mago da 99 conquistou também o reconhecimento. Em 2021, ele participou de um evento com mais de 100 motoristas, onde conseguiu passar orientações pessoais e profissionais.
Além dos lucros como motorista da 99, Freitas também economiza na manutenção com o veículo. Isso por causa das parcerias com lojas de suspensão, lava-jato, óleo e até a seguradora.
“Recebo muitos abraços, gente que diz que mudou a vida delas. Eu também mudei a minha, mostrando que a vitória é possível com pouco. Eu saí de um salário de R$ 1.200. Hoje, consigo viajar com minha família. A organização e a vontade são a chave de tudo”, finaliza o “Mago da 99”.
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