Café: você sabe a diferença entre drip coffee, moído e em cápsulas?

Cada versão influencia o frescor, o perfil sensorial e até a sensação de quem aprecia a bebida

Para muitos, ele marca o início do dia, acompanha pausas importantes e até cria pequenos rituais de prazer. E dentro desse universo tão presente, há diversas maneiras de preparar a bebida, cada uma com sua própria identidade e impacto no paladar. Essa diversidade também aparece no comportamento do público: segundo a pesquisa Coffee Lovers 2024, 76,3% preferem adquirir o produto em grãos, enquanto 5,7% escolhem a versão moída, 9,2% optam pelas cápsulas e 5,1% consomem drip, mostrando como frescor e estilo de preparo influenciam diretamente nas escolhas.

Para a especialista Vanessa Vilela, farmacêutica, bioquímica e CEO da Kapeh Cosméticos e Cafés Especiais, a grande distinção entre os tipos de café começa antes mesmo da infusão, na forma como o grão é cultivado. “Os cafés em grãos, avaliados acima de 80 pontos, conhecidos como os especiais, são muito diferentes do pó tradicional de mercado”, explica.

A seguir, a especialista desmistifica cada forma de preparo e ajuda você a entender, de maneira simples, quais são as diferenças reais, confira:

Moído

Vanessa destaca que esse tipo continua sendo uma escolha muito presente nos lares brasileiros justamente por sua praticidade. “Para muitos consumidores, a porta de entrada no universo, ele é fácil de usar, acessível. Além disso, hoje já existem marcas que trabalham com grãos melhores e torras mais cuidadosas, oferecendo uma experiência sensorial superior mesmo nesse formato”, afirma.

Segundo a profissional, a diferença principal está no frescor. “Quando o grão é moído, ele começa a oxidar rapidamente, o que reduz parte das notas aromáticas. Ainda assim, quando bem armazenado e consumido em um período curto, pode entregar uma xícara saborosa e agradável”, orienta.

Cápsulas

“O principal apelo é a conveniência, oferece o mesmo resultado todas as vezes, o que é excelente para quem busca rapidez, precisão e nenhuma chance de erro. Tudo já vem calculado, moagem, compactação e quantidade, garantindo um espresso estável com apenas um toque, mas exige ter uma máquina específica, que muitas vezes tem um custo mais alto”, relata.

Drip coffee

“É como ter um coado fresco, sem qualquer equipamento. Como o sachê só é aberto no momento do preparo, ele retém a fragrância do café e entrega uma xícara leve, limpa e cheia de nuances. É uma forma acessível de apreciar cafés especiais, seja no trabalho, em viagens ou no cotidiano”, explica. Ela reforça que esse método se destaca por unir simplicidade e qualidade, e também por representar uma evolução dentro do consumo moderno.

Para a especialista, a escolha ideal não deve seguir uma regra rígida, mas sim acompanhar o ritmo de vida e a percepção que cada pessoa busca naquele período. “Há momentos em que queremos o ritual do grão moído na hora; em outros, buscamos a agilidade da cápsula ou a leveza do drip. O mais interessante é que cada categoria proporciona um tipo de prazer distinto”, conclui.

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