A relação entre risco de crédito e rentabilidade em FIDCs, segundo a visão de Rodrigo Balassiano
AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 24 de junho de 2025
Rodrigo Balassiano explica que a dinâmica entre risco de crédito e rentabilidade em FIDCs é um dos principais fatores que determinam o sucesso ou fracasso desses fundos. Ao operar com recebíveis oriundos de diversas transações comerciais, os FIDCs oferecem uma estrutura flexível para empresas captarem recursos e para investidores acessarem ativos de renda fixa com retornos diferenciados. No entanto, essa rentabilidade está diretamente condicionada ao risco assumido.
Compreender essa correlação é essencial tanto para quem estrutura um fundo quanto para quem decide investir nele. A busca por maior rentabilidade exige cautela e uma análise criteriosa da carteira de crédito, da política de originação e da governança envolvida na operação.
Como o risco de crédito e rentabilidade em FIDCs se conectam
Em qualquer operação financeira, risco e retorno caminham juntos. No contexto dos FIDCs, essa relação é ainda mais sensível, pois o desempenho do fundo depende da adimplência dos direitos creditórios adquiridos. Recebíveis de maior qualidade — ou seja, com menor risco de inadimplência — oferecem retornos mais estáveis, porém menores. Por outro lado, carteiras compostas por créditos de maior risco exigem rentabilidades mais altas para compensar o possível aumento de perdas.
De acordo com Rodrigo Balassiano, essa lógica é o que define a atratividade e o posicionamento de cada FIDC no mercado. Fundos mais conservadores, que priorizam estabilidade, tendem a atrair investidores institucionais ou de perfil moderado. Já os fundos com maior exposição ao risco, se bem estruturados, podem oferecer ganhos acima da média para investidores mais arrojados.
A chave está em identificar o perfil de risco da carteira e garantir que a remuneração esteja adequada ao nível de exposição assumido.
Avaliação técnica do risco de crédito e rentabilidade em FIDCs
Avaliar corretamente o risco de crédito exige mais do que consultar histórico de inadimplência. É necessário entender o contexto do cedente, a estrutura do contrato, as garantias envolvidas e o comportamento do setor econômico ao qual o crédito pertence.
Rodrigo Balassiano ressalta que os fundos mais bem-sucedidos são aqueles que adotam modelos robustos de análise de risco e atuam de forma preventiva. Isso inclui o uso de tecnologias para scoring, a implementação de comitês técnicos independentes e o monitoramento contínuo da carteira.
Além disso, o fundo pode contar com estruturas de subordinação — como diferentes classes de cotas — para equilibrar o risco entre os investidores. Nesse modelo, as cotas subordinadas absorvem as primeiras perdas, protegendo as cotas seniores e tornando o fundo mais confiável para perfis conservadores.
Estratégias para alinhar risco de crédito e rentabilidade em FIDCs
A gestão ativa da carteira é fundamental para manter o equilíbrio entre risco e retorno. Diversificar a origem dos créditos, evitar concentração excessiva em um único setor e acompanhar os índices de inadimplência são práticas essenciais.
Segundo Rodrigo Balassiano, é possível estruturar políticas de originação alinhadas com o apetite de risco do fundo e ainda assim entregar resultados consistentes. Isso depende de uma análise criteriosa dos contratos e de uma governança eficiente, que seja capaz de agir com rapidez diante de alterações no comportamento de pagamento ou do cenário macroeconômico.
Outro aspecto relevante é a relação com o cedente. FIDCs que mantêm parcerias transparentes com empresas originadoras conseguem prever riscos com mais precisão e ajustar rapidamente os parâmetros de compra de crédito.
Conclusão: equilíbrio como fator de sucesso
A relação entre risco de crédito e rentabilidade em FIDCs é, antes de tudo, uma questão de equilíbrio. Rentabilidade elevada só é saudável quando acompanhada de mecanismos eficazes de controle e mitigação de riscos.
A experiência de Rodrigo Balassiano reforça que esse equilíbrio é possível quando há uma combinação de boa análise técnica, governança sólida e alinhamento entre gestores, investidores e originadores. Com essas bases, o FIDC se torna uma ferramenta poderosa de financiamento e investimento, sustentável ao longo do tempo.
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