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Advocacia do futuro com Dr. Aroldo Fernandes da Luz: será que o juiz será um algoritmo?
Por SAFTEC DIGITAL

Advocacia do futuro com Dr. Aroldo Fernandes da Luz: será que o juiz será um algoritmo?

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 23 de junho de 2025

A transformação digital no universo jurídico já não é uma possibilidade distante, mas uma realidade em constante evolução. Segundo o advogado Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a presença da tecnologia nos tribunais, na rotina dos escritórios e nos procedimentos processuais vem redesenhando as fronteiras da advocacia. Diante desse cenário, uma pergunta inquietante tem ganhado espaço nos debates sobre o futuro da profissão: o juiz do futuro será um algoritmo?

A inteligência artificial no Judiciário atual

Hoje, diversas cortes brasileiras já utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) para automatizar etapas do processo judicial. Sistemas como o Victor, do Supremo Tribunal Federal, e o Sinapses, do Conselho Nacional de Justiça, auxiliam no agrupamento de processos, triagem de demandas repetitivas e análise de jurisprudência. Essas tecnologias otimizam o tempo dos magistrados e aceleram o julgamento de ações.
De acordo com Dr. Aroldo Fernandes da Luz, esses sistemas são instrumentos de apoio e não substituem o raciocínio jurídico humano. Eles são projetados para oferecer mais agilidade e eficiência, mas as decisões judiciais continuam sendo tomadas por juízes de carne e osso.

Juiz-algoritmo: ficção ou futuro possível?

A ideia de um “juiz-algoritmo” pode parecer futurista, mas já desperta questionamentos éticos, jurídicos e sociais. Em alguns países, como Estônia e China, testes com algoritmos para resolução de litígios simples — como cobranças de pequeno valor — já estão em andamento. Nessas situações, a IA propõe uma solução baseada em padrões jurisprudenciais e dados pré-estabelecidos.
Conforme explica Dr. Aroldo Fernandes da Luz, embora a automação de determinadas decisões processuais possa se tornar uma tendência, a substituição completa da figura do juiz por uma máquina ainda esbarra em limitações técnicas e morais. Julgar envolve mais do que aplicar normas: exige sensibilidade, interpretação contextual, empatia e capacidade de ponderação, aspectos ainda inalcançáveis para qualquer algoritmo.

Os riscos da desumanização da justiça

A aplicação irrestrita de sistemas automatizados no julgamento de processos levanta sérios riscos de desumanização. Um algoritmo, por mais sofisticado que seja, funciona com base em parâmetros objetivos e pode reproduzir vieses ou discriminações existentes nos dados com os quais foi treinado. Além disso, a transparência e a explicação das decisões automatizadas ainda são desafios consideráveis.
Dr. Aroldo Fernandes da Luz ressalta que a justiça deve ser acessível, compreensível e sensível às complexidades humanas. A tecnologia pode ser uma grande aliada, mas jamais deve substituir os valores que sustentam o Estado de Direito.

Advocacia do futuro: novas competências para novos tempos

Diante da crescente presença da tecnologia, a advocacia do futuro exigirá habilidades que vão além do domínio jurídico tradicional. Conhecimentos em ciência de dados, ética digital, proteção de dados e funcionamento de sistemas de IA se tornarão cada vez mais relevantes.
O advogado que deseja se manter competitivo deverá desenvolver pensamento crítico sobre o uso da tecnologia, atuando como guardião dos direitos fundamentais no ambiente digital. Conforme observa Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a tecnologia pode ser usada para ampliar o acesso à justiça — mas somente se for conduzida por profissionais conscientes de sua responsabilidade social.

Conclusão: a tecnologia como aliada, não como substituta

A possibilidade de um “juiz-algoritmo” ainda está distante da realidade brasileira e, se vier a se concretizar em algum grau, exigirá um robusto arcabouço legal, ético e institucional. Até lá, o papel do juiz humano permanece insubstituível, especialmente em questões que envolvem valores, emoções e interpretações sutis da vida em sociedade.
Para a advocacia, o futuro não é um cenário de substituição, mas de transformação. A tecnologia não elimina o advogado, mas o desafia a se reinventar constantemente. E como destaca Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a essência da profissão continuará a ser a mesma: lutar pela justiça, compreender o ser humano e proteger seus direitos — com ou sem algoritmos no caminho.

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