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COP29:  Setor mineral brasileiro IBRAM compartilha desafios e oportunidades

COP29:  Setor mineral brasileiro IBRAM compartilha desafios e oportunidades

Iano Andrade / CNI / Agência Minera Brasil

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 14 de novembro de 2024

O Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) participa ativamente da 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, Azerbaijão.  A entidade porta voz da mineração no país, é representada por Alexandre Valadares Mello, diretor de Assuntos Associativos e Mudança do Clima.

Melo se reuniu com governador de Minas Gerais Romeu Zema, enfatizando a importância da mineração para o desenvolvimento econômico do estado. Melo destacou também a necessidade de tornar a atividade cada vez mais segura e ambientalmente responsável. O governador reafirmou o compromisso de Minas Gerais com a sustentabilidade: 'Queremos um estado sustentável e um estado referência em preservação ambiental'.

Ele participou do Minas Day da CPO 29, apresentando iniciativas do setor mineral voltadas ao combate às mudanças climáticas e de fórum sobre inovação para a ação climática global, onde foram discutidas as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias no campo das energias renováveis.

A agenda inclui ainda painel promovido pelo CNI sobre minerais críticos, onde ele destacou o papel do Brasil na transição energética global.  Melo disse durante o painel que a mudança para uma economia de baixo carbono não seria viável sem os chamados 'minerais críticos', como lítio, nióbio, terras-raras e cobre, essenciais para o desenvolvimento das tecnologias e equipamentos necessários para fontes limpas de energia.

Ele ressaltou que o Brasil possui uma janela estratégica de oportunidades e defendeu que, ao investir em um setor mineral sustentável, o país não apenas contribui para a preservação ambiental, mas também se posiciona como líder na construção de um futuro energético mais justo e equitativo.

O executivo do Ibram   também apontou desafios que precisam ser superados para que o Brasil aproveite todo o seu potencial mineral. Um dos principais obstáculos, segundo ele, é o limitado conhecimento sobre o subsolo brasileiro. Ele explicou que, em uma escala adequada de pesquisa mineral (1:50.000), apenas cerca de 3% do território nacional foi mapeado.  

Segundo Melo esse dado aponta a necessidade investimentos significativos para que o país possa avançar na produção de seus recursos minerais e atender à crescente demanda global por minerais essenciais à transição energética. O painel contou ainda com a participação de representantes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Vale e da Sigma Lithium.

Mello destacou que o setor mineral já está dando passos importantes para contribuir com essa redução de gases de efeito estufa, anunciando pelo governo brasileiro na COP. Ele mencionou um projeto de descarbonização apresentado pelo setor no ano passado, que visa transformar suas atividades industriais por meio da inovação de processos, modelos de visão sistêmica integrada e transição para fontes de energia renovável.

 O projeto é resultado de uma parceria entre o IBRAM, o Governo Britânico no Brasil e o Mining Hub – um espaço de inovação do setor mineral. A partir desse projeto de descarbonização setorial, o IBRAM acredita que a indústria mineral poderá avançar de maneira conjunta na transição energética, com benefícios diretos no combate aos impactos das mudanças climáticas.

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