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Brasil ganha protagonismo durante a 8ª Edição da Future Investment Initiative (FII8) em Riade

Brasil ganha protagonismo durante a 8ª Edição da Future Investment Initiative (FII8) em Riade

Mariana Roscoe / Sigma Lithium / Agência Minera Brasil

AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Conteúdo de responsabilidade da empresa 5 de novembro de 2024

Os desafios sociais e ambientais da indústria na transição energética foi um dos temas debatidos no evento

O Brasil teve participação durante a 8ª edição da Future Investment Initiative (FII8) em Riade, na Arabia Saudita. O evento ocorre anualmente com a participação de líderes mundiais e investidores para debater a criação de soluções sustentáveis para o futuro da economia global.

Representantes brasileiros dos setores de Energia e Mineração, destacaram seu interesse no desenvolvimento sustentável de recursos e em oportunidades de investimento internacional. Empresários do país estiveram envolvidos em diálogos focados em energias renováveis e indústrias limpas, temas que se alinham com as prioridades nacionais de desenvolvimento sustentável e proteção ambiental. Essas discussões oferecem uma plataforma para o Brasil exibir avanços em energia verde, especialmente no lítio e em outros materiais estratégicos essenciais para a transição energética global​.

Empresas nacionais como a Vale e Sigma Lithium dividiram um painel que amplificou o debate sobre a possibilidade de existir de fato indústrias limpas. Gustavo Pimenta, CEO da Vale, e Ana Cabral, CEO e Co-chairperson da Sigma Lithium, falaram sobre a importância dos minerais críticos para a transição energética.

Pimenta, afirmou que, embora o setor enfrente ciclos de alta e baixa, existe uma demanda sólida por metais básicos e cobre para uma economia sustentável. Com isso, a Vale planeja investir US$ 30 bilhões na próxima década.

Já Ana Cabral destacou a produção sustentável de lítio da empresa, que opera com zero emissão de carbono. Ela enfatizou a importância de normas ambientais rigorosas e rastreabilidade, defendendo que toda a cadeia de produção – de produtores a fabricantes de automóveis – é responsável por garantir práticas éticas e sustentáveis.

'Somos o terceiro produtor de lítio com menor custo no mundo e o único a operar com carbono zero, alcançado esse feito 27 anos antes da meta. Mantemos os mais altos padrões ambientais, incluindo zero uso de água potável, sem utilizações barragens de rejeitos e sem químicos tóxicos, e usamos 100% de energia renovável', disse acrescentado que o Brasil é uma das principais regiões de mineração do mundo com regulamentações rígidas que garantem sustentabilidade e responsabilidade social.

Gustavo Pimenta apontou ainda que a indústria precisa reduzir sua pegada de carbono nas operações, usando menos terra e água. 'Há grandes oportunidades para a indústria adotar mais tecnologias digitais e eficientes. A Vale, por exemplo, está desenvolvendo briquetes que ajudam nossos clientes a descarbonizarem suas operações, promovendo inovação tanto em nossas operações quanto no suporte à sustentabilidade de nossos clientes”.

Rastreabilidade garante licença para operar

Ana Cabral avaliou que a rastreabilidade na indústria do lítio para atestar padrões sustentáveis de produção é também responsabilidade de compradores e produtores.

'Todos são responsáveis. A falta de rastreabilidade pode comprometer a imagem da indústria. Em períodos de baixa de preços, parte da indústria recorre a práticas não sustentáveis como ocorreu com o cobalto. Os compradores finais, como fabricantes de automóveis, também têm responsabilidade em garantir produtos alinhados com a ética do consumidor. Precisamos assegurar o respeito aos padrões internacionais de atuação responsável em toda a cadeia de materiais de bateria, garantindo assim a licença para operar'.

Ana Cabral e Gustavo Pimenta representaram o Brasil na conferência que este ano desafiou os participantes do mundo todo a pensar além dos limites convencionais e explorar oportunidades de investimento em sustentabilidade e inovação tecnológica. A meta é resolver problemas globais como a escassez de infraestrutura e ameaças ambientais, equilibrando a lucratividade com sustentabilidade, além dos benefícios econômicos e sociais de uma transição para indústrias mais limpas.

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