Na suspeita de dengue, agilidade no tratamento é vital

Maioria das mortes seria evitada com assistência médica adequada

14 de março de 2024

Na suspeita de dengue, agilidade no tratamento é vital

De acordo com o Ministério da Saúde, 55,5% dos casos de dengue registrados no Brasil atingiram mulheres, e a faixa dos 20 aos 49 anos concentra 50,6% das doenças. Além disso, um a cada 125 casos se torna grave, e há uma morte (comprovada ou suspeita) a cada 1.230 registros.

Esses são alguns dados referentes a esta doença que já alcançou números recordes, com mais de 1,6 milhão de casos prováveis em 2024 no País.

Para quem apresentar sintomas da doença, como febre alta (acima de 39ºC), dor de cabeça, dores musculares, dor atrás dos olhos, dores nas articulações e prostração, a recomendação é procurar imediatamente um serviço de saúde, sem recorrer à automedicação. Isso porque analgésicos e antitérmicos, como aspirina e ácido acetilsalicílico (AAS), podem alterar a coagulação e agravar o quadro.

Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), explica que a equipe responsável por atender o paciente deve acompanhá-lo a cada 24 ou 48 horas para avaliar eventuais sinais de alarme de que a hidratação oral se tornou insuficiente, e, caso necessário, realizar a hidratação endovenosa.

Especialistas explicam que juma eventual piora do quadro costuma acontecer entre o terceiro e o sétimo dia de doença, após o declínio da febre, provocando dores abdominais intensas, vômitos persistentes, letargia, inchaço do fígado e sangramentos.